02 - Second day: Hurt

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(Ariana Narrando)

Mamãe estava decidida que eu devia mudar. Mas talvez ela nem percebeu que eu mudei. Na escola era outra pessoa. Sofria bully! Graças a essa benigna decisão dela de nos mudar. Ela havia passado o jantar inteirinho brigando comigo. A detenção nos uniu mais. Digo no sentido das conversas de Mãe e filha.

Mais tarde, quando eu estava na cama, ela apareceu, me disse varias coisas motivadora como: “Nunca ligue para o que eles dizem”. Eu nunca havia ligado pra isso. O que eles diziam sobre mim, entrava por um ouvido e saia por outro.

- Filha, amanhã teremos que ir ao mercado depois da sua aula...

- Tá! Esse foi um pedido de “Não a dentenção”. Não tive culpa, eu disse. Se ela estiver monitorando os corredores hoje de novo. Com toda certeza irei chegar tarde.

- E porque ela ao invés de fazer isso, não te ajuda a procurar a sala?

- Mãe, acho que a senhora não acompanha a modernidade e a evolução da arrogância das pessoas. Bella só pensa nela. E no seu futuro, e no seu cabelo loiro doentio.

- Porque loiro doentio? –  Mamãe Questiona

- É Tão louro que dói a vista. Mamãe amanhã não irei. Por favor. Não me obrigue.

- Ariana, não posso deixar você faltar por causa dessa menina!

- Mãe, precisamos impor regras nessa casa, e uma delas será uma obedecer e analisar os pedidos da outra!

- Dorme, amanhã irei te acordar mais cedo ainda!

- Vivo num macabro e doentio manicômio – Mamãe me ignora e para na porta. Se vira para mim e com um piscar de olhos diz que me ama, sorri apagando a luz depois some no corredor. Eu queria faltar, e sim, irei arrumar uma forma de fazer isso!

O Truque do termômetro no abajur não servia mais, nem da bolsa d’água. Estava sem saídas, talvez fugir... me pego encarando a janela varias vezes, mas desleixada como sou e anã, iria chegar no solo só a farinha. Então decidi que irei, mas que falarei apenas com quem falar comigo, nesse caso ninguém.

O tedio tomou conta do meu ser, talvez Deus ouviu as minhas preces e me fez ficar mais preguiçosa ao ponto de nem levantar da cama. Apenas me espreguicei e vivi meu belo sono; que era bom demais para ser verdade. Alguns minutos depois mamãe surge com uma panela e uma colher, já pode imaginar a algazarra. Essa mulher ainda me mata.

- Qual o problem? Não gosta de batida? – Diz ela, sendo sarcástica.

- Adoro sua criatividade na hora de fazer maldade... as 05:30 da manhã

- Obrigada, estudei muito esses passos. Agora levanta. Não quero que Jordan se esqueça de você!

- Ele estará fazendo um grande favor pra mim se fizer esse milagre.

- Levanta! – Diz Joan, dando uma ultima e forte batida na panela e se retirando para a cozinha. 10 minutos depois, lá estava eu, com cara de que havia chupado sal da praia de satanás.

- Feliz? – digo.

- Emocionada. Levantou 06h, e agora vai me ajudar com o café!

- Não estamos num Reality Show, mamãe. Só vou comer um pão.

- Ariana, esta se matando aos poucos, é isso?

- Se eu disser que sim, vai me deixar ficar em casa?

- De jeito nenhum!

- ENTÃO QUERO MORRER!

Depois desse triste dilema, me encontro com Jordan. O motorista. Sento ao lado de Tinashe, que com toda certeza é a melhor pessoa dessa escola. Fala comigo e me ajuda, as  vezes cobra, mas nas outras vezes e grátis. E para a minha alegria, Bella não estava no comando do corredor. Não aguentava mais ver ela imitando a Regina George!

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