Capítulo 26 ✔

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Depois de muitos prazeres e gemidos e talvez um rápido cochilo, estou deitada na cama olhando Victor mexer em meu guarda-roupa.

—Está fazendo o que aí? — pergunto sonolenta.

—Conhecendo suas roupas, seu gosto. — diz concentrando nas minhas roupas, ele está apenas de cueca me dando uma bela visão de suas costas nuas musculosas e de sua bunda.

Victor continua mexendo em meu armário, quando ele abre minha gaveta de calcinha e sutiã  e fica paralisado por uns segundos, eu prendo o riso e analiso suas feições.

—Ei, é a minha cueca? — ele levanta no ar a cueca que peguei emprestada no dia em que ficamos em sua cabana.

Sim, eu nunca devolvi, nem a cueca nem o conjunto de moletom, e sim eu de vez em quando uso os dois.

—É sim, deixa aí. — me espreguiço na cama e ele sorri guardando a cueca. —Sabe que por mim você estaria aqui me beijando não é? — falo sorrindo e ele me olha de lado.

—Sei. Sua tarada. —continua mexendo em minha gaveta e depois pega meu sutiã preto de bojo e renda e coloca em frente ao seu peito, ele me olha com uma cara engraçada e eu caio na gargalhada, ele larga o sutiã e vem até mim.

—Gosto de te ver sorri. — diz se sentando a minha frente.

—Gosto que me faça sorrir. — Respondo me sentando também.

Victor me faz ser romântica e me sinto fraca as vezes, mas Elo diz que não é fraqueza eu demostrar sentimentos a ele como demostro a ela.

—Posso te perguntar uma coisa?— pergunto.

Estou martelando isso em minha cabeça a muito tempo não aguento mais esperar.

—Me conta porque você não gosta de matar pessoas? — olho para ele com cuidado.

—Porque eu não gosto. — seu tom é bravo, ele levanta da cama e vai para a janela.

—Victor você tem que me contar. — vou até ele e apoio minha mão em suas costas ele se vira abruptamente.

—E SE EU NÃO QUISER PORRA? — ele grita e eu me afasto a passos largos completamente assustada. —Desculpa, desculpa. — ele diz segurando minhas mãos completamente arrependido por gritar.

—Victor me conta o porquê. — seguro seus braços, ele tenta fugir mas a parede atrás dele não deixa e vejo uma luta interna.

—Me deixa Eloah. — ele diz entre dentes.

—Victor me conta, eu te contei minha vida toda, aliás nem fui eu foi Eloysa. — o prendo mais na parede.

—Você ouviu tudo naquele dia? — seus olhos marejam e eu concordo com a cabeça.

—Me conta amor. — sussurro.

Algumas lágrimas saem dos seus olhos e vejo o quanto ele luta com a decisão de contar ou não sua história, alguns minutos se passam até que ele começa a falar:

—No meu último ano de escola, eu optei por estudar a noite, e no último dia de aula eu fiquei até tarde por conta de uma festa e quando saí vi uma colega de classe gritando por ajuda, um cara a agarrava e tentava beijá-la. — uma lágrima corre de seus olhos e ele olha para outro lugar longe dos meus olhos. —Eu me aproximei e consegui afastar ela dos braços dele e mandei ela correr e assim ela fez, eu bati tanto no cara que ele acabou morrendo, na minha cabeça isso era certo, eu salvei alguém mas disseram que eu poderia ter salvo ela de várias formas e que a última era matar o seu agressor.

Ele chora e soluça forte e finalmente seus olhos encontram os meus.

—Falaram coisas horríveis na época, me chamaram de assassino. Eu salvei alguém e eles nem se lembraram. Eu tinha dezessete anos. — ele soluça e eu o abraço forte.

—Você fez o certo amor, você salvou alguém você é o herói. — o aperto mais e ele enxuga as lágrimas.

—Meus pais disseram que eu tinha que sair da cidade e como meu pai conhecia muitos contatos conseguiu que eu entrasse no exército sem fazer dezoito. E foi o meu pior pesadelo. Eu tenho pesadelos até hoje com isso as vezes. — eu o puxo até a cama fazendo com que ele se sente e eu também.

—Amor você fez o que tinha que fazer, você ajudou alguém e é nisso que tem que se agarrar, se tinha outras maneiras não importa, você salvou alguém e salvou muitas mais quando matou ele. — lágrimas rolam dos meus olhos e meu coração aperta.

—Você me entende? — ele sussurra.

—Claro que sim amor. — seus lábios estão em um vermelho vivo, me aproximo e o beijo lentamente, seus lábios, estão bem macios e um pouco salgado pelas lágrimas.


—Eu te amo Victor. —sussurro e beijo cada parte de seu rosto.

Ele me olha e pensa em responder alguma coisa porém se calar e deita em meu colo agarrando minha cintura, faço carinho em seus cabelos.

****

No final de tudo nem fomos treinar Lilian, Victor mandou uma mensagem para ela avisando que não iria.

O jantar foi regado a conversa porém não dá parte de Victor que ficou calado o tempo todo.

Já estamos de volta ao quarto e Victor ainda não disse uma palavra, quando me sentei na cama ele voltou a deitar em meu colo.

—Amor, porque não toma um banho e dorme um pouquinho? — digo a ele fazendo carinho em seus cabelos e rosto.

—Estou fedendo? — ele sorri fraco e eu rio alto.

—Não, mas é bom tomar um banho. Eu busco uma roupa pra você. — beijo seus cabelos e me levanto. —Já volto. — o deixo deitado e saio.

Saio no jardim e dou boa noite aos seguranças ando até o alojamento e quando entro causo surpresa a todos, dou boa noite e todos me respondem.

Subo as escadas e caminho em direção ao quarto de Victor, cada soldado tem o seu quarto com o nome na porta então não terei problemas em achar outro homem andando de toalhas por aqui.

O alojamento das mulheres ficam ao lado.

Abro a porta e entro no quarto de Victor vou até seu armário e vejo como ele é organizado.

Vejo que ele tem mais ternos do que roupas comuns, sua cama é bem arrumada e o quarto tem seu cheiro.

Pego uma calça de moletom e um terno para quando amanhecer, coloco tudo em uma bolsa e estou pronta para sair quando escuto um barulho no banheiro do quarto.

Deixo a bolsa em cima da cama de Victor e ando até o banheiro, abrindo a porta de uma vez.

—Eu não acredito nisso. — digo chocada e com raiva nos olhos.

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😮😱

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Visegimo sexto capítulo com atualizações 🌹

Eloah Rivera: A Rainha Da Máfia 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora