Congelando novamente?
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—Pensei que o inferno era mais escuro e quente. — digo ao abrir meus olhos e me deparar com uma luz extremamente forte e um frio que chega a doer meus ossos.
—Ela acordou. — ouço alguém gritar.
—Oh céus, cala a boca. — levo minas mãos a cabeça tentando afastar a dor.
Abro os olhos e dou de cara com Nicolas que me olha preocupado.
—O que foi? — pergunto o olhando séria.
—Nada. — ele sorri.
—Cadê Violetta? — pergunto preocupada, se eu não entrei no inferno ela com certeza também não entrou.
—Morta. Você matou ela, com um vidro blindado no peito. — fala meio enjoado e aponta para o próprio peito.
—Que bom. Cadê Eloysa?
Bem acho que só não é minha hora ainda.
—Está no quarto de Victor. Ele está se recuperando bem, só não consegue andar ainda o corte na perna foi feio. — ouvi esse nome me causar dor no peito, a mesma dor que Júlio me causava.
—Como me acharam? — pergunto.
—Robertinha achou, não sei como mas achou. — falou ele sorridente.
—Quando eu vou embora? — troco de assunto me sentando na cama e sentindo algumas dores.
—Hey, calma aí banana, você acabou de acordar. — ele sorri e eu também.
Um enfermeiro alto, magro e com uma cabeleira ruiva entra no quarto e vem me examinar ele faz pergunta sobre dores e mais algumas coisas. Respondo tudo sinceramente.
—Por quanto tempo eu apaguei? —pergunto para Nicolas assim que o enfermeiro se retira.
—Três dias. Os médicos disseram que foi seu corpo, aliás seu cérebro. Com o tanto de adrenalina, emoções fortes e o acidente ele pediu descanso.
—Entendi. — olho em volta.
Eloysa entra no quarto, seu aspecto está pálido e cansado, mas quando me vê seus olhos se iluminam e ela corre em minha direção.
—Mana que saudade. — ela me abraçar forte e eu sinto todas as dores.
—Calma bela flor, ela acabou de acordar e ainda sente dor. — Nicolas diz sorrindo e coloca suas mãos nos ombros de Elo.
—Também senti saudades. — pego a mão de Elo e beijo.
—Victor vai gostar de saber que acordou. — diz sorrindo, porém o meu some.
Ela não queria matá-lo?
—O que aconteceu? — Elo olha para Nicolas.
—Não sei quando falei dele ela fez essa mesma cara. — ele responde olhando para minha irmã.
—Eu ainda estou aqui tá? — aceno para eles porém sou ignorada.
Eles começam a levantar hipóteses de porque eu estar assim e esquecem totalmente de minha existência até eu bater palma (me arrependendo plenamente do ato) e eles me olharem.
—Não é nada, eu quero descansar, saiam. — digo já me deitando na cama.
—Ingrata. — ouço os dois falarem antes de saírem do quarto.
***
Passei o dia nesse quarto deitada vendo alguns programas na tv, agora já é de madrugada, o quarto está escuro e eu não penso em outra coisa a não ser o Victor.
Levanto da cama um pouco tonta e carrego comigo para o corredor a bolsa de soro.
No corredor encontro uma enfermeira e pergunto para que lado fica o quarto de Victor, ela olha a ficha de nomes em suas mãos e me diz que é no fim do corredor, ando até lá bem devagar, minhas pernas e costelas ainda doem um pouco.
A porta está entre aberta e posso ver Victor sentado lendo um livro. Seus óculos perfeitamente colocados em seus olhos me hipnotizam.
Entro no quarto e Victor me olha com alegria, em meu coração nada acontece.
—Como você está? — pergunta assim que me aproximo.
—Bem, na medida do possível. — forço um sorriso.
—Vem cá me da um beijo. E vamos conversar. — ele tenta pegar minha mão porém eu a puxo.
—Eu só vim te agradecer por ter feito isso pela Elo, bem não por ela de verdade já que era mentira o que Violetta falou. E por mim eu acho. — digo olhando para frente longe de seus olhos.
—Você sabe que eu disse tudo aquilo para poder sair não é, pra te proteger e proteger ela, eu sei que eu fui muito longe e eu peço perdão de joelhos se você quiser. Eu fiquei despedaçado em falar tudo aquilo. Ver naquele instante que você tinha medo de mim foi a pior coisa, ver que você pensou que eu encostaria um dedo em você foi mil vezes pior. Me perdoa Eloah. Eloysa já veio aqui e apertou todos os meus cortes e eu prefiro que ela venha de novo se você for me deixar. Eu amo você. — seus olhos enchem de lágrimas e os meus também.
O olho e vejo em seu pescoço uma marca de mordida e lembro de Violetta dizer que tinha o mordido.
—Ela mordeu você? — sussurro chocada.
—Não me deixa Eloah. — ele me olha com tristeza e mais lágrimas saem de seus olhos azuis.
—Desculpa Victor. Mas eu não consigo. Parece que eu congelei de novo e não sinto nada. — uma lágrima rola dos meus olhos e molha minha bochecha.
—Não faz isso comigo. — ele soluça e eu não sinto nada em ver aquilo.
—Desculpa, mas eu não posso. — saio de seu quarto e o escuto me gritar porém não olho para trás e sigo em direção ao meu quarto.
Entrando em meu quarto todo o choro que prendi no caminho veio e eu desabo, minha garganta dói com o soluço e eu me deito na cama olhando para a janela a minha frente e choro até que o sol apareça alaranjado entre as nuvens no horizonte.
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Chorei 😢
Vigésimo capítulo com atualizações
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Eloah Rivera: A Rainha Da Máfia 2.
RomanceEu apresento a vocês A Rainha Da Máfia 2: A Vingança. Depois de perceber que realmente gosta de Victor, Eloah se entrega a esse amor, porém quem disse que seria fácil? Eles enfrentaram grandes problemas o que colocará esse amor a prova o tempo todo...