Capítulo 14 ✔

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—Você disse que não gostava do vestido, então eu tirei. — dou de ombros.

—Eu acho que não vou conseguir dirigir. — sua voz sai embargada e seus olhos ficam escuros.

—Eu posso dirigir. —coloco meus dedos na maçaneta para abrir a porta, Victor pega em meu braço me impedindo.

Ele tenta fixar seus olhos nos meus mas não consegue, eles descem e viajam o meu corpo por inteiro.

—Bela vista? — suspiro.

—Maravilhosa. — seus olhos estão fixos em meus seios.

—Eu já falei o quanto eles são bonitos? — disse baixo ainda olhando meus seios.

—Já, uma vez. — sorrio ao ver confusão em seu olhar. —Foi quando Júlio te deu um tiro, estávamos no carro.

—Sempre pensei que aquilo tinha sido um sonho. — disse sorrindo de lado.

—Eu comprei um perfume novo. Sente. — Aproximo meu pescoço de seu nariz e ele me cheira bem devagar subindo até minha orelha, mordendo-a, me causando arrepios.

—Gosto de te ver arrepiar. — sua voz é rouca bem abaixo de minha orelha, me contorço no banco. Ele sorri de lado.

—Não veio no seu carro? — troco de assunto me afastando dele, vejo sua cara de perdido e quero rir mas não faço. Ele pisca diversas vezes confuso.

—Não, eu vim de táxi, olhei o rastreador do carro e segui. — ele ainda está meio perdido.

—Entendi, vamos pra casa? — ele me olha confuso mas começa a dirigir.

*****

A viajem está um silêncio total vejo o esforço de Victor em olhar para frente e se concentrar. Mas estou nessa vida para dificultar.

Estou rodando minha pulseira no dedo indicador fazendo minha melhor cara de paisagem. De propósito deixo a pulseira cair na parte de trás do carro.

—Ah que droga. — me viro no banco e deixo minha bunda para cima. Escuto Victor respirar fundo e pigarrear, me encosto um pouco em seu braço.

—Se você quiser matar nós dois é só pegar a arma na sua bolsa ou a do porta luvas ou a que está embaixo do seu banco. Tem a minha se quiser também. — ele diz com a voz rouca.

—O que? — me faço de desentendida e volto para frente para olhá-lo, estou de joelhos no banco, meus cabelos estão tampando um pouco do meu rosto. —Estou procurando minha pulseira. Você sabe quanto ela custou?

—Sabe que vai custar nossas vidas se você continuar com sua bunda pra cima não é? — ele me olha rápido e volta o olhar para a estrada escura iluminada apenas por postes.

—É só não olhar Victor. — volto a me empinar e a procurar de fato minha pulseira.

Ela sumiu de verdade.

—Meu Deus, porque tinha que ser tão pequena? —ouço Victor falar baixo.

—Está falando que minha bunda é pequena? — finjo indignação.

Eloah Rivera: A Rainha Da Máfia 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora