Capítulo 29

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A rocha, eu estava penetrando nela mais profundamente...

Eu não tinha pensado muito no que estava ao meu redor e já que um lado da bipolaridade - o lado que me queria - de Cinco assumiu o controle eu só pensei em aproveitá-lo.

Nossos lábios mal tinha se tocado, e eu mal tinha começado a aproveitar o êxtase daquele beijo, quando um assobio rompeu o ar.

Minha respiração sumiu e lembrei que tio Beto estava por ali. Droga. Tio Beto não tinha um momento mais inoportuno para sair do depósito.

Abri meus olhos e Cinco não estava mais comigo. Ele tinha voltado aos amendoins. Tio Beto surgiu, dizendo:

- Lize, sai dai. Esse não é lugar de sentar.

- Certo, Tio.

Desci.

Ele notou o pacote do outro lago do caixa.

- O presente de Ana finalmente chegou?

- É um perfume.

- Deixe-me ver. – Ele o apanhou. – Hum, é Francês. Ana viajou para França?

- Ela tem tempo agora que se divorciou e Igor está na Bolívia.

- Ana sempre com essa vontade de desbravar o mundo. Faz dois meses que ela não me liga....

Tio Beto se demorou olhando minha face.

- Está vermelha. O que aconteceu com você?

Ele colocou sua mão em minha testa.

- Não parece com febre. Está se sentindo bem? Se quiser pode ir mais cedo pra casa.

- Não, tio. Está tudo bem. Eu vou só ao banheiro um instante.

Ouvi tio Beto perguntar a Cinco enquanto eu caminhava rapidamente.

- O que aconteceu?

- Eu não faço a mínima ideia – mentiu.

Só quando cheguei ao banheiro conseguir respirar devidamente.

Liguei a torneira e joguei água no rosto.

Se não tivesse sido a rapidez de Cinco, tio Beto tinha nos pegado no flagra. Ainda não tinha se passado pela minha cabeça o que tio Beto faria se eu, tipo, começasse a namorar Cinco. Ele teve uma espécie de surto quando apareci com Túlio e o apresentei como meu namorado, e desde então eu não tinha namorado mais ninguém.

*

Finalmente o adorável domingo chegou. Eu iria ter aula de direção com Cinco e estava muito contente. Eu estava perfurando cada vez mais aquela Rocha Arrogante. Acordei bem cedo, vesti shorts jeans e uma blusa de cetim rosa. Coloquei em meus cabelos lisos - que somente chegava aos ombros- uma tiara. Nem comi no café da manhã preparado por tio Beto e não perdi tempo em cheguei à loja.

- Bom dia, Vampiro Arrogante – eu disse, de pé a beira da cama.

- Não! – ele reclamou. - Stupid Girl, é domingo, o que faz aqui?

- Se esqueceu que iria me ensinar a dirigir?

- Shit! É verdade. Péssima ideia eu tive – resmungou.

- Qual é?! Eu não sou tão desprezível assim. Bem, ontem você não achou.

- Ontem... – pronunciou, zangado.

- Por que você não assume logo?

- Eu vou tomar um banho, me espere no Fusca – retrucou, ignorando minha pergunta.

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