Capítulo 28

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Tio Beto fuçava o depósito – desconfiava que estivesse com suas estacas - e Cinco muito entretido com os pacotes de amendoins. Eu não iria demorar de toda forma, poderia deixar o caixa sozinho por uns segundos.

Sorrateiramente sair e cheguei à esquina sem nem um empecilho.

- O que foi?

O Track branco reluzente estava estacionado logo ali, Túlio ao lado dele. Ele vestia roupas de grife, tinha seus cabelos acobreados devidamente penteados e seu nariz estava com ataduras.

- Aquele cara não estar por perto, né?! - perguntou olhando de um lado para o outro.

- Não.

- Ele quebrou meu nariz, tive que passar por um procedimento cirúrgico.

- Diz logo o que você quer - disse, impaciente.

- O que você viu nele? - indagou sério.

- Isso é o URGENTE?

- Depois disso – ele indicou o nariz -, definitivamente posso dizer ele é um delinquente da pesada.

Cruzei os braços.

- E?

- Você não deveria está com ele.

- Eu não estou com ele... Ainda.

- Como você pode gostar de um sujeito assim? Você se rebaixou tanto. Como troca um cara extraordinário como eu por aquilo?

Gargalhei.

- Existem 3 equívocos na sua frase. Primeiro: Você não tem nada de extraordinário. Segundo: Eu não te troquei, porque eu nem estava com você, se não se lembra já faz uns 4 anos que terminamos. E em terceiro não chame ele de aquilo.

- Eu sou o cara perfeito pra você. Posso te dar o que quiser.

Como eu pude namorar esse cara?

- Perfeito? E você quer dizer o que? O dinheiro pode compra? Eu não sou uma vadia para ter etiqueta de preço, ok?

- Por que você é sempre cruel comigo?

Revirei os olhos. Eu odiava pessoas pretensiosas.

- Será que você não ver que você é um playboy convencido?!

- Vamos lá, Lize, saia comigo. Podemos dar um passei no meu carro agora se você quiser.

- Obrigada, mas eu já tenho um carro – disse irritada.

- Aquilo pode ser chamado de carro? - Ele riu debochado.

- Hoje você está impossível – vociferei.

Girei nos calcanhares. Estava de saco cheio do seu blá blá blá esnobe. Se ele tinha mais algo "urgente" a dizer que falasse para as paredes.

No percurso, assim que virei à esquina dei de cara com Cinco.

- Era aquele miserável não era?! - anunciou ele.

- Era, mas não foi nada de mais.

- Eu vou quebrar o que ele chama de cara – disse, serrando os punhos.

- Relaxa. - Toquei seu ombro. – Eu mesma já cuidei dele, eu não aguento aquela encheção de saco.

- Eu avisei para ele não se aproximar.

E naquele exato momento Túlio passou em seu carro pela rua mostrando o dedo do meio para Cinco até onde pode. Ele só fez isso porque achava que estava seguro em seu carro, duvidava que aquele covarde afronta-se Cinco de frente novamente.

- Eu vou matá-lo – esbravejou Cinco.

Nisso, deu um passo na direção do carro ao longe. Não duvidava que com as habilidades de vampiro ele pudesse alcançar Túlio facilmente. Coloquei as mãos em seu tórax tentando empurra-lo para trás.

- Cinco, ele já foi. Relaxa. Ele é um idiota.

Senti a agitação de sua pulsação se aclamar entre minhas mãos.

- Não tem o que se preocupar, eu só tenho olhos para você – eu disse.

Pelo bom senso contive a ânsia de gritar: me beije, me beije logo, me beije por amor de Deus.

Ele tirou minhas mãos de seu corpo.

- Stupid Girl, deixe de ser tão estúpida.

E começou a caminhar em direção a Castelo Conveniências.

- Vampiro Arrogante!

Ele imediatamente parou, girou o corpo e via fúria de seus olhos.

- Você está louca? Não diga isso alto no meio da rua – rosnou.

- Ficou zangadinho? Desculpa – zombei.

- Volta logo pra loja! – Apontou.

- E se eu não quiser? Bem, acho que eu deveria ter aceitar a oferta do Túlio ...

E algo surpreendente aconteceu. Ele me pegou pelas pernas e me jogou em seu ombro.

- Me põe no chão! – Dava socos em suas costas.

- E se eu não quiser?

Que droga, ele usou minha frase contra mim.

Visualizei pessoas olhando em nossa direção.

- Se não vai me pôr no chão, pelo mesmo seja mais ágil.

Ele fez questão de ir bem lentamente, aqueles segundo pareciam uma eternidade e o alivio me cobriu quando enfim ele entrou na loja.

Cinco me colocou sentada em cima do balcão do caixa. Graça a Deus não tinha clientes naquele momento. Minhas bochechas estavam fumegando.

Ele não se distanciou com pensei que faria. Pelo contrario, se posicionou entre minhas pernas e pôs-se a acariciar minha bochecha. Os jades me penetravam.

- Não gosto da ideia de você com aquele cara.

Seu olhar me dizia que eu era sua posse e isso me fez derreter. Encarei sua boca.

- O que está esperando? – provoquei.

Então um sorriso genuíno surgiu em seus lábios, mostrando suas presas. E eu o achei mais lindo que nunca. Mas não era só a beleza, era algo mais que eu sentia por ele que o fazia ficar tão incrível.

Meu coração foi a mais de mil à medida que ele diminuía o espaço entre nossos lábios.

Amo comentário e adoro teorias se puder deixe sua opinião, risos, revoltas, que achou a fala da Lize ridícula : o e o 5 lindo S2... me deixaria muito feliz ; )


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