O sol nasceu forte e brilhava como diamante no céu azul da Transilvânia, a chuva tinha cessado e os animais preservavam isso, os pássaros cantavam alegremente entre as árvores, e Rose estava sentada no gramado da fazenda, em baixo das árvores ela se perdia em pensamentos que somente aquela mente poderia distingui-los e anotava cada um deles em seu "diário de viagem" ,como ela gostava de chamar.
Entre as árvores no escuro da mata estava Dracu, observando Rose,que escrevia com tranquilidade sem nem ao menos notar a presença do conde, ele trazia nas mãos a carta que escrevera pra ela com seu pedido de desculpas por ser rude na noite passada...
Ele apertou fortemente o papel com as suas mãos exitando em entrega-lo, pela primeira vez na vida o conde sentiu a indecisão toma-lo de forma que nem mesmo ele compreendera.Rose On:
Querido diário, sinto-me perdida aqui nesse lugar, as pessoas aqui são difíceis de compreender, todas acreditam na maldade e firmam suas crenças em superstições, sei que a Transilvânia é muito famosa por suas histórias de guerra e tudo mais, mas porque não acreditam no bem? Porque não acreditam que tudo vai ocorrer muito bem?...chega não quero mais pensar nisso. Apesar de todas as coisas estranhas que as pessoas me falam eu estou muito feliz aqui,fui a um baile de máscaras num castelo maravilhoso, e o conde, ah o conde é lindo, tão bonito jovem assim como eu e nobre, educado ,um pouco estranho e rude ao mesmo tempo ,mas isso não esconde as qualidades dele. Talvez naquela noite eu também tenha faltado com respeito com ele, queria ter a chance de me desculpar.
Rose Off
Nas árvores Dracu ouvia cada pensamento dela, e não deixou de sorrir quando ouviu a parte a qual ela citava ele, em seus pensamentos confusos somente ele entendia a sua curiosidade de saber o porque todos citavam o mal.
E foi exatamente naquele momento que ele tomou coragem para entrega-la a carta que escrevera.Com a velocidade de um raio ele passou por ela deixando a carta ao seu lado e sumiu no mesmo segundo, sem deixa-la vê-lo, deixando apenas uma brisa leve bater em seu rosto.Rose On:
Estava escrevendo em meu diário quando sinto um vento ao meu lado e logo uma brisa, não vi nada e nem ninguém, olhei dos lados procurando o que teria causado isso mas nada encontro.
-Deve ter sido apenas um vento -digo pra mim mesma
Olho ao meu lado e vejo uma carta com um brasão peculiar "D" pego a carta e olho a mesma estudando bem vendo que era endereçada a mim, abro a mesma e começo a ler.
A carta:
Querida Rosemarie, minha consciência esta pesada pelo motivo de te-la tratado mal na noite passada, por favor peço-te que me perdoe pois a muito tempo não sei o que é conversar com alguém cheia de dúvidas e perguntas, não que seja ruim que a senhorita seja assim, pelo contrário minha cara, é uma qualidade maravilhosa, ser espontânea,linda e determinada como a senhorita, continue sendo sempre assim , uma doce e inocente mulher que ainda não viu os segredos mais obscuros do mundo. Tens o mundo aos seus pés madame e acredito que muitos nobres também estão aos seus pés, com todo respeito claro.A muito não sei o que é o amor,só sei que é um sentimento muito frágil que deve ser manuseado com cuidado, Peço-te perdão mais uma vez por essas simples palavras mas saiba que são do fundo do coração de um conde solitário.
Seu amigo: D
Li a carta com tal empolgação ao ver que era o selo do conde, e não deixei de sorrir, foi tão cheia de vida a carta que pude imagina-lo na minha frente.
Fiquei muito curiosa com a última parte, pois ele disse que a muito tempo não sabia o que era amar, aquilo devia ser horrível coitado...tão rico mas ao mesmo tempo solitário, deveria ser difícil conviver sozinho.
Abracei a carta contra o peito e olhei pro céu sorrindo, o conde de alguma forma conseguiu me encantar, no modo como falava do modo como agia e também do modo como escrevia.
Acordei do meu transe quando ouvi duque Filipe se aproximando tentei esconder a carta dentro do diário mais não deu tempo.-O que é isso madame? -perguntou Filipe
-É...é uma carta meu senhor -Disse com receio
-De quem? -perguntou ele
-Do conde Dracu -Respondi ainda receiosa
-Dracu agora envia cartas? -Disse ele e começou a rir de uma forma de zombaria
-Foi uma carta de desculpas -Digo um pouco grossa
-Carta de desculpas? Dracu e suas cartas de amor -Disse ele mudando totalmente a fisionomia -Se apaixona pela primeira mulher que ve na frente, ridículo -completou ele
-Não é verdade duque, ele só queria se desculpar por ter sido rude comigo -Digo tentando defender a mim e ao conde ao mesmo tempo
-Quem lhe entregou essa carta? -pergunto ele
Por um tempo enquanto eu estava lendo a carta não tinha pensado em quem a entregara, afinal nem eu sabia como tinha recebido aquela carta, só sabia que era do conde.
-Eu...eu não sei duque, ela estava ao meu lado no segundo que a vi -Digo confusa
-A carta apareceu ao seu lado magicamente, é isso que está dizendo? Não era a senhorita que não acreditava em tais coisas? -Rebateu ele com grosseria
-Eu..eu apenas não sei duque -respondo com certo medo, afinal a atitude dele mudara completamente em apenas alguns segundos
-acho que a senhorita está escondendo algo de mim, o que está apaixonada pelo conde é isso? -Gritou ele
-Não...-Digo com medo e quando ele grita me encolho perto da árvore -Por favor pare! -Completo e começo a chorar silenciosamente
-Esta apaixonada por aquele demônio -Gritou ele e tomou a carta com brutalidade da minha mão e rasgou a mesma ,pegou meu diário e rasgou algumas poucas. Páginas e a capa , jogou no chão e pisou em cima
Logo ele se retirou ainda com raiva, montou no cavalo e o esporeou com raiva saindo numa galopada sem rumo...
Pego os pedaços da carta do chão e meu diário rasgado e volto para dentro, entro no meu quarto e começo a chorar sem parar,me arrependi completamente de ter defendido o conde de tantas pessoas que falou mal dele, incluindo o próprio o conde.
Naquela noite não sai para jantar nem vi mais o duque. Juntei os pedaços da carta e tentei uni-los novamente mais sem sucesso, então apenas guardei os pedaços da mesma.
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O príncipe Das Trevas [Concluída]
FantasíaAprisionado por uma maldição, Dracu Vladimir é obrigado a viver nas sombras...com os pensamentos mais insanos e horripilantes.Temido por todos em seu reinado, tanto seus empregados e seus súditos que um dia o chamaram de nosso adorado rei, ninguém e...