Capítulo 21

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Kaira estava sentadinha na cama encarando a vela que ajudava a iluminar seu quarto, os pensamentos na cabeça dela vinham a mil, era muito para uma simples criança processar tamanha violência.

A porta se abriu devagar e Dracu entrou  no  quarto  da  menina  devagar, sua  postura  séria e  altiva deixou  a  garota  nervosa  com  o  que  estava  por  vim.
Ele  apenas  se  aproximou  e  se  sentou  ao  lado  da  filha e  olhou  ela.

-Não esta  mais  de  castigo -Disse  ele  e  sorriu

-Não? Porque  papai? -Perguntou ela  se  aproximando  dele  e  lhe  deu  um  beijo  no  rosto

-Porque  você é criança, e  toda  criança comete  alguns  errinhos -Disse  ele  e  sorriu  com  o  beijo  da  filha

-Então posso  ir  brincar  la  fora? -Perguntou ela

-Sim, depois  venha  a  sala, eu  e  sua  mãe temos  algo  pra  lhe  contar -Disse  ele  e  sorriu  ao  ver  a  menina  levantar  correndo  e  vestir  as  botinhas

-Ta  bem  papai -Disse  ela  e  saiu  correndo  pra  fora  do  quarto

Kaira  saiu  correndo e  Francis  a  brincar  no  jardim  enquanto  Greenfield tentava  arrumar  as  flores  no  canteiro

-Vamos Francis vamos brincar -Gritou ela e sorriu

-Você não estava de castigo pequena? -Perguntou Greenfield e logo sorriu quando a menina beijou o seu rosto

-Papai me deixou sair -Disse ela sorrindo

-Vamos Kaira eu descobri algo incrível, você ira amar -Disse Francis e correu em direção ao pasto

-Espera eu -gritou ela e correu

Mais tarde

Dracu estava sentado na sua sala em frente a mesa observando alguns papais, enquanto Rose sentada na cadeira ao lado da lareira costurava calmamente uma roupinha.
O som da porta foi ouvido e Dracu levantou a cabeça por impulso.

-Mas o que é isso? -perguntou ele se levantando

-Meu senhor tenho maz noticias -Disse um empregado

-Pois diga homem o que foi ?-Pergunto Dracu

-Fui informado por homens da guarda que um navio desconhecido se aproxima -Disse o Empregado

-Navio desconhecido?

-Sim meu senhor...o comandante da tropa identificou o capitão do navio -Disse o empregado suando

-E quem é o capitão -o conde Exigiu saber

-É...Filipe -Disse o empregado tremendo

-O que! -Disse Rose alarmada e se levantou

-Esta tudo bem minha querida, ele não vai chegar nem no porto -Disse Dracu indo até a esposa, logo ele fitou o empregado- Afunde o navio -Completou ele

-Mas meu senhor, não sabemos quantas pessoas a nele -Disse o empregado

-Se vocês não afundarem eu mesmo vou arrasta-lo pra baixo com as minhas mãos, agora va! -Disse Dracu nervoso

-Sim senhor -Disse o empregado e logo se retirou

Dracu foi até o outro lado da sala olhando a lareira e Rose o seguiu, colocando as mãos em seus ombros.

-Ele não vai ameaçar você novamente -Disse Dracu -Eu prometo

-Confio em você meu amor... -Disse ela e encostou a cabeça no ombro dele

-Vou acompanha-los ,quero ver com meus próprios olhos quando o navio afundar -Disse ele e logo se afastou

-Tudo bem...faça o que for preciso -Respondeu ela

Dracu se retirou e vestiu sua armadura, posicionou o escudo na lateral da sela de sombra e a espada na bainha, montou o cavalo e saiu junto as tropas.

A Transilvânia estava em paz a quatro anos, sem assassinatos e sem preocupações e não seria agora que ele iria deixar isso voltar de qualquer modo Filipe era a maldição da cidade.
Dracu estava tão preocupado e cego pela vingança que não se deu conta que havia um caçador na cidade, ele seguiu para o porto liderando as tropas e quando chegou no forte parou o cavalo e viu o navio se aproximando com as velas caídas a todo vapor e o vento estava ajudando.

-Carreguem os canhões -Ordenou ele -Atirem pra matar -Completou o mesmo dando uma volta com o cavalo

Os homens obedeceram e carregaram os canhões.

-O que é aquilo? -Perguntou um dos lobos abordo do navio

Filipe se aproximou da polpa e fitou o homem no cavalo, Dracu retirou o elmo deixando o vento bater em seu cabelo e o olhar dos dois mesmo ao longe, se encontraram cheios de ódio.

-É Vladimir...Carreguem os canhões agora -Disse Filipe

-Fogo! -Gritou Dracu e sombra se empinou nas patas traseiras

Os soldados abriram fogo contra o navio e logo puderam ouvir os canhões do navios também, uma bola de canhão atravessou um dos soldados e passou bem ao lado de Dracu como uma flecha por impulso Dracu se desviou e caiu do cavalo o estrondo que a bola fez ao se chocar com a parede do forte ensurdeceu Dracu e seu ouvido zumbiu.

-Abram fogo! -Gritou Filipe

E mais canhões foram disparados de ambos os lados..
Dracu se levantou e montou sombra, ele saiu galopando do forte.

-Vejam! O grande Vladimir está fugindo da luta -Disse um dos lobos a bordo do navio e logo ele caiu na risada e os outros  o acompanharam

Filipe por outro lado fitou bem a ponta da praia, ele conhecia Dracu e sabia que o conde podia morrer mas da guerra não fugiria, logo um cavalo enraivecido surgiu galopando como o vento na areia branca da praia e Dracu retirou a espada brilhante da bainha, Filipe subiu na polpa e pulou na água e nadou até a praia.
A distância do conde ele retirou a espada dele e correu na direção de Dracu, ele saltou e apontou a lâmina pro conde..

As espadas logo se choraram enquanto os outros homens se matavam entre si.

-Eh vou matar você seu desgraçado -Disse Filipe com raiva e atacou

-Eu escutei isso a quatro anos e no entanto você fugiu seu covarde -Disse Dracu e contra-atacou

-Estou de volta com um exercito maior que o seu -retrucou Filipe e golpeou o Conde

-Eu também, parece que isso vai ser divertido -Disse Dracu

Uma flecha atravessou o braço de Filipe e outra veio na direção de Dracu, mas o mesmo segurou-a antes dela atravessa-lo... Dracu olhou as marcas na flecha e viu que eram iguais as da estaca no vilarejo

-Essa não -Disse Dracu e assoviou, sombra veio correndo e o conde montou no cavalo e viu o caçador saindo dentre as árvores, ele foi até Filipe e golpeou o mesmo e o deixou jo chão..
Seus olhos caíram sobre o conde, um olhar de raiva e fúria misturados, ele sacou una besta e colocou uma estaca bem afiada..

-Vamos,vamos -Disse Dracu e o cavalo correu na direção oposta, Dracu sabia a hora de uma guerra e aquela não era a hora exata para derrotar o maldito caçador.

Solomon abaixou a besta e voltou o olhar a Filipe, que ja não estava mais la, Filipe aproveitou a oportunidade da distração e saiu correndo.
Solomon decepcionado virou as costas e foi embora, seu dia não foi nada produtivo mas ele estava determinado a qualquer coisa.

O príncipe Das Trevas [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora