O príncipe Das Trevas [Concluída]

Capítulo 29

Os frades chegaram a Transilvânia, liderados por Javier que montava um garanhão branco e ia na frente, aos eu lado estava Giuseppe.
O camponês levou os frades até sua estalagem, e ignorou os olhos curiosos do resto da vila que se perguntavam porque tantos homens assim?
Solomon ficou feliz em ver seus amigos novamente dispostos a ajuda-lo nessa missão, os frades conheceram Francis e se alegraram ao saber que Solomon tinha reencontrado o filho.

-pois muito bem meu amigo -Disse Javier enquanto comia a comida que a esposa de Giuseppe colocava na mesa -Nos diga, onde está o conde?

-Em seu castelo -Disse Solomon e abriu a cortina da cozinha que dava vista para o castelo ao longe

-Ja ficou cara a cara com ele? -Perguntou Javier

-Sim...-Disse Solomon -Ele é esperto, astuto e forte...tem um exército de lobos e outro de vampiros ,sua esposa é híbrida, e carrega um novo herdeiro -completa Solomon

-São muitas informações -Disse Javier -Como conseguiu?

-tenho um informante do lado de dentro...um dos lobos traiu o conde...na verdade, todos os lobos estão escravizados por ele...-Disse Solomon -Quando atacarmos eles não pensaram duas vezes e ajudaram a nós -Completa Solomon

-Mas são lobos...sabe que mesmo eles nos ajudando, temos que fazer a justiça -Disse Javier

-Sim...que a Justiça seja feita -Disse Solomon

-Atacaremos ao por do sol de amanhã -Disse Javier -Sem poupar sequer um deles

No castelo :

Dracu estava numa sala onde somente a lareira fazia barulho, O conde observava atentamente a floresta, os lobos cinzentos na floresta uivavam em sintonia uns com os outros, na mão de Dracu estava uma taça com sangue fresco, ele bebia de olhos fechados e sentia a brisa da noite gélida em seu rosto, enquanto escutava a canção que os lobos faziam...ele sorria enquanto navegava num tipo de transe vampiresco e ao seu redor somente as velas tremulavam ,as sombras dançavam a doce canção das trevas que os lobos compunham.
Barulhos vindo do andar de baixo chamou a atenção do conde, John entrou correndo na sala.

-Perdoa senhor...é a madame Rose, ela está tendo o bebê -Disse John

-Mas ainda és cedo -Disse Dracu  correndo para fora

Ele chegou no quarto e viu Rose em cima da cama ela gritava com a dor do parto ..

-Ela precisa do senhor mestre ! -Disse Greenfield ajudando a empregada

Dracu sem dizer nada apenas foi até ela e segurou sua mão, Rose fechou os olhos e minutos depois o choro do bebê foi ouvido,Dracu sorriu como ninguém, se levantou e foi até a empregada.

-É um menino Senhor -Disse ela feliz, ele envolveu a criança em seus braços e o olhou com todo carinho de um pai

-Meu pequeno Vlad -Disse Dracu baixinho e o entregou a Rose que sorriu para o menino

Dracu caminhou até a beirada da janela e seus olhos brilharam, os lobos da floresta uivaram os cavalos se agitaram como se saudassem a chegada do novo herdeiro, uma chuva fina começou a cair molhando a terra e distribuindo seu frescor pelas montanhas.

-Nos deixe a sós -Disse Rose aos empregados

Todos se retiraram, o olhar de Dracu se voltou a ela e ele se aproximou devagar.

-Quero pedir seu perdão por tudo o que fiz -Disse ela o olhando -Deixei meus instintos tomar conta por favor me perdoe -Completa ela

-Eu seria o homem mais miserável se não a perdoasse meu amor -Disse ele e acariciou seu rosto cuidadosamente

-Vlad então -Disse ela sorrindo...

-Uma homenagem ao meu avô, Vladislaus -Disse ele e sorriu brevemente

-Ela será um príncipe e tanto -Disse ela e começou a chorar

-Porque choras? -perguntou Dracu se sentando mais próximo dela

-Sin..sinto que algo ruim se aproxima...sonhei que o fogo e o sangue tomava conta deste castelo -Disse Ela a Dracu

-Foi somente um sonho... -Disse ele

-Assim espero -Disse ela e acariciou o rosto de seu garotinho

Rose e Dracu passaram a noite olhando seu pequeno príncipe, Rose dormira mas Dracu velava pelo sono dela e de seu filho, ele entrou na cabeça dela e conseguiu ver o que ela sonhava, tinha sangue fogo, morte e destruição por todo lugar. Rose se mexia várias e várias vezes incomodada pelo seu próprio sono.
O conde se aproximou da janela respirando calmamente, naquela noite ele era o homem mais feliz da terra, e poucas horas depois ele viu as montanhas sendo iluminadas pelo clarear do sol que vinha nascendo com lentidão mas com um brilho eficaz...
O rosto do conde se iluminou e ele sorriu brevemente, caminhou até ao lado da cama e observo seu pequeno príncipe dormindo tranquilo perto da mãe.

"Ela passara por muito, mortes, guerras mas jamais saiu do meu lado...eu a amo mais que tudo, e a meu filho também..."

O conde caiu na lembrança de Kaira, ele podia ve-la correndo pela manhã até sua cama dizendo que queria cavalgar com o pai... Os olhos dele se encheram de água ao lembrar da cena dela morta..

-acordado ? -perguntou  Rose  abrindo  os  olhos  e  olhando  Dracu

-Não dormi..-Disse  ele sorrindo  breve -logo o café estará na mesa -completa ele

Rose se levantou devagar e foi até o banheiro para  se  arrumar...

-Te esperarei la em baixo -Disse Dracu e se retirou do quarto junto com Vlad em seus braços

Os soldados na mesa se levantaram ao ver Dracu com o bebê e sorriram...
Rose desceu e ficou ao lado dele sorrindo para todos que vinham ver o futuro herdeiro.

-Ele é lindo Rose -Disse Lisette junto com John e sorriu

-Obrigada Lisette -Disse Rose e pegou Vlad dos braços do Conde e saiu conversando com a amiga

Dracu estava feliz naquela manhã, ele saiu com John para perto dos soldados, Dracu mandou servirem vinho em homenagem ao nascimento de seu filho, naquela manhã eles cantaram e beberam todos juntos, os sorrisos alegres em seus rostos dizia que eles estavam mais que felizes.
John dançava animadamente com Lisette pelo Salão enquanto os soldados faziam música com as palmas das mãos e batiam as botas no chão para que eles dançassem, Dracu tirou Rose para dançar enquanto Lisette segurava o menino...

Para todos eles foi o momento mais feliz da vida de todos, pois estavam todos juntos não importasse o tamanho das percas, sempre permaneciam juntos...
Naquela manhã não existia mal, nem guerras... Só existia a felicidade e sorrisos nos rostos deles..

Mas mal sabiam que ao cair da noite " A felicidade de cada um se transformaria em dor...e o dia de paz se tornaria... Guerra! "