26/04/1999
Nesse dia, nasceu Rolly Bianchi, uma menina saudável, com um sorriso que encantava a todos. Mas quem é essa menina? Sou eu, muito prazer! Nasci numa cidade chamada Turim, localizada na Itália, uma bela cidade, com um clima agradável e que no verão costuma atrair muitos turistas... Mas não é sobre isso que vou contar a vocês.Minha mãe se chama Kenzy Monteiro. Ela não é italiana, veio dos Estados Unidos para estudar Direito e trabalhar. Tinha apenas 21 anos quando conheceu Thauan Bianchi. Seus cabelos ruivos e olhos verdes logo chamaram a atenção do rapaz de 26 anos, que se apaixonou perdidamente por ela. Não demorou para que a convidasse para jantar. Por achá-lo atraente e educado, minha mãe aceitou, e daquele dia em diante, eles passaram a se ver todos os dias. Logo, Thauan pediu Kenzy em namoro, e ela aceitou com alegria. Eles começaram a construir uma vida juntos. Contudo, ela não sabia que seu amado escondia, e ainda esconde, um enorme segredo.
Com o passar dos anos, eu cresci e sempre fui muito apegada ao meu pai. No entanto, desde cedo, notei que ele tinha hábitos bastante incomuns. Sua dieta era extremamente controlada. Isso pode parecer insignificante, mas eu quase nunca o via comer. Quando o fazia, era sempre uma quantidade mínima de comida, e ele estava sempre cheio de energia. Outra coisa que me intrigava era o fato de ele ter demorado tanto para me levar ao trabalho dele. Eu vivia pedindo. Meu pai é cientista, e eu sempre fui curiosa. Minha mãe dizia que era normal ele ser reservado com relação ao trabalho. Anos mais tarde, entendi por quê.
Hoje, com 22 anos, levo uma vida "normal". Tenho amigos, um emprego, e os típicos problemas de uma jovem adulta. E, claro, tenho meus segredos também. A diferença é que eu não escolhi ter esses segredos. Quando eu tinha apenas 9 anos, meu pai finalmente me levou ao seu laboratório para passar o dia com ele. Disse que faríamos muitas experiências divertidas. Só não mencionou que eu seria a cobaia.
- Venha, deite aqui, filha, vai ser legal - disse meu pai. Ingenuamente, deitei na maca. Mas quando ele prendeu meus braços, comecei a tremer e pedi para que ele me soltasse.
- Pai, por favor, me solta, eu estou com medo! - falei com a voz trêmula e os olhos fechados. Ouvi apenas ele dizer que não iria doer, antes de sentir a agulha do sedativo. Logo apaguei, sem saber o que aconteceria a seguir.
Naquela tarde, meu pai implantou um chip no meu corpo, junto com outras substâncias que me deram superforça, hipervelocidade, resistência à dor e várias outras habilidades que ele também possui. A diferença é que ele nasceu assim. Já sabe como lidar com isso. Eu, por outro lado, ainda estou aprendendo, tentando controlar esses poderes para não machucar ninguém que eu amo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Outra Face De Um Imortal
RandomToda a história tem duas versões, a moeda tem dois lados, na balança tem dois pesos e na vida, as vezes as pessoas tem duas caras, principalmente as pessoas que convivem conosco todos os dias, essas são mais misteriosas, por mais que você pense que...