6. Carlos

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Deus realmente não gostava nada de mim, de todas as mulheres da face da terra aquela era a mais terrível, primeiro aquele maldito vestido de cor opaca que quase faziam seu seios pularem para fora e quando ela se ofereceu para servir o chá eu já sabia o que ela tinha em mente, estava estampado por de trás daquela falsa calma, uma perversidade que ela parecia guardar apenas para mim, mas não conseguia pensar em outra maneira de ter uma visão ampla daquele decote maravilhoso que não deixar que ela executasse o seu plano baixo de derramar chá em mim.
Para minha sorte o chá estava morno e não queimou-me mais do que a consciência de saber o que eu estava fazendo ali, por que eu estava deixando aquela mulher queimar me com chá apenas para ver parte de um seio? Por que tanto esforço para tão pouco, principalmente quando havia tantas outras tão disponíveis lá fora.
Estava decidido iria até o Templo e esqueceria minha bela e ardilosa noiva por mais uma noite.
Meu criado estava terminando o nó do lenço no meu pescoço quando ouvi os cascos dos cavalos na estrada principal, indiquei com a cabeça que ele visse quem chegava.
- E o Conde de Lajes senhor-ele disse e eu confirmei o que ele dizia, realmente aquela carruagem pertencia ao conde, mas o que ele vinha fazer ali se havia saído ha pouco quando deixou as damas em casa.
OH filho da puta!ele sabia o que o idiota vinha fazer ali, com certeza vinha arranjar um jeito de ficar sozinho com Mariana, longe dos olhos da condessa.
Ele desceu as escadas silenciosamente e encontrou o conde já parado na entrada do saguão desculpando-se pelo atraso e a falta de surpresa ou dos questionamentos das damas demonstrou que todas já sabiam que ele retornaria, mas não foi isso que fez seu sangue esquentar, foi a escolha de palavras do jovem conde, deixando brechas para que eu soubesse que eles costumavam chegar tarde quando estavam na companhia um do outro.
E como uma escolha estúpida sempre leva a outra lá estava eu com ela nos meus braços, com um de seus seios rijos contra minha mão, enquanto nos beijávamos no quarto escuro, minha intenção era apenas mostrar o quanto eu era superior ao Condezinho dela mais sentir ela tão indefesa e ofegante me dava vontade de possui-la ali mesmo sob a mesa de mogno do escritório dos fontes.
- MAIS UMA DOSE -eu gritei para a atendente do Templo, seja lá que tipo de rum eu estava bebendo eu precisava de um mais forte por que ainda não conseguia esquecer das formas dela sob meus braços.
A moça baixa de cabelos curtos e decote farto vinha em minha direção quando foi parada por ninguém menos que o próprio Conde de Lajes.
O que o maldito estava fazendo ali? não havia dado tempo para ele ter deixado Mariana na fazenda e voltado.
Ele sussurrou algo no ouvido da garçonete que sorriu assentiu e saiu.
O Conde parecia nervoso, não sabia onde por as mãos, e ajeitou o cabelo diversas vezes e até a moça voltar com uma caixa média nas mão e entregar a ele que saiu sem demora.
-Em que posso ser útil milorde ? - questionou a garçonete de forma maliciosa ao chegar a minha mesa pois eu dispensei a outra que apareceu em seu lugar e insistir que fosse atendido por ela
-Posso saber o que o Conde queria e para que?- questionei empurrando uma moeda de ouro para ela, a moça olhou para um lado e para o outro antes de esconder a moeda em baixo da mão
-O Conde de Lajes precisava de jantar para dois, com frutas e vinhos pois ia ficar até mais tarde na campainha de uma dama- Ela respondeu cochichando enquanto guardava a moeda entre os seios - deseja algo mais?
Eu não respondi, sentia uma vontade de socar a cara de alguém, e de preferência a do Conde de Lajes, cheguei até a entrada do Templo mais não havia mais sinal da carruagem dele ou de qualquer outra que já não estivesse ali quando eu cheguei.
Minha vontade inicial era de cavalgar o mais rápido possível até a fazenda e expor aqueles dois para a condessa, mais isso apenas apresaria um casamento entre o Conde e Mariana e isso estava longe do que eu desejava.

Ele devia visitar a Condessa de Figueiró na manhã seguinte, e averíguar o que realmente estava acontecendo ali, pois algo não se encaixava.

Ela parecia tão suscetível o meu beijo mais cedo e suspirando e gemendo em meus braços não era uma atitude comum de uma dama que está envolvida com outro homem, especialmente um de fama tão volátil como Alexandre.

Não sou sua QueridaOnde histórias criam vida. Descubra agora