7.Mariane

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-Tira a mão dele- eu ordenei, não me importava se ele era um duque aquele era o cavalo do meu pai e apenas Antony o montava desde que ele morreu, e ver aquele homem arrogante ali de alguma maneira manchava a memória dos dois homens que eu amava.

-Estava a sua procura senhorita- ele respondeu sem se virar, a mão ainda na crina do animal.

-Milorde tem algum problema de audição, eu pedi que se afaste do animal- jovem que cuidava do cavalo me olhou assustado eu jamais me alterava com alguém – um estábulo não é o lugar adequado para se receber um Duque.

Ele se virou lentamente com um olhar penetrante fixo em mim e caminhou há passos lentos até sentimentos de mim, meus joelhos falharam em imaginar que ele poderia repetir aquele maldito beijo que me tirou o rumo na casa dos Fontes. Eu já havia beijado outro homem antes mais o beijo dele tinha um ar possessivo que me deixava sem ar, e ansiar por mais.

-Jantar na carruagem de um homem solteiro estando comprometida com outro também não é adequado- ele sussurrou com os lábios próximos há minha orelha – é menos adequado ainda se esse homem em questão não for o seu noivo.

- Não sei do que o senhor estas a falar milorde- eu dei um passo atrás colocando as mãos para trás antes que elas me traíssem e mostrassem que eu tremia só dele estar perto de mais novamente.

- Não se faça de inocente minha querida- ele deu mais um passo há frente voltando a estar próximo de mais – por que por mais que a ingenuidade combine com esse belo rosto, não é a verdade.

- E o que seria a verdade ?- perguntei pausamente olhando fixamente para os olhos dele, estavam incrivelmente verdes naquela manhã e eu deveria me afastar o mais rápido que pudesse daquele belo rosto, que estava conseguindo me intimidar e me fazer querer coisas que eu não deveria mesmo, não com ele.

- Me diz a senhorita? O que há entre você é o conde de Lajes?- a pergunta saiu mais como uma acusação e um sorriso fácil saiu dos meus lábios.

- Alexandre, o cobiçado conde de Lajes, acha mesmo que somos amantes ou algo assim ? –perguntei me afastando dele.

- Acho que existe algo que eu ainda desconheço- o olhar dele era algo fascinante, algo que eu não conseguia decifrar.

-Bem o senhor é um homem adulto vou deixar que descubra sozinho- eu me virei para ir embora mas ele me segurou pelo braço com força me mantendo próxima há ele.

-Não me interessa se você esta fudendo com a colônia toda ou só com ele, eu esperava uma virgem feia mais parece que o destino me reservou uma surpresa, então você vai esquecer o seu condezinho de mer...- ele não conseguiu terminar a frase absurda que sairia por que em um movimento involuntário minha mão fechada acertou o rosto dele deixando a pele vermelha, assim como estava o meu rosto de raiva.

-Eu não vou, como foi mesmo que disse? Fuder com a colônia inteira, não eu não vou, eu serei mulher de um homem só e esse homem não é o senhor, milorde- eu estava gritando em alto e bom tom para quem quisesse ouvir, sem deixar espaço para que ele respondesse eu me retirei correndo para os fundos da propriedade.

Me escodi o máximo que pude mas quando o sol estava alto e eu já estava começando a suar em cima da arvore onde me abrigava Isabel me encontrou.

- Menina mariana desça dai ou deixarei a condessa atear fogo em seus romances incluindo o novo- ela rosnou com as mãos na cintura e forma ameaçadora, ela apertou os lábios e bufou antes falar- posso sugerir que ela venda os malditos cavalos proíba as aulas.

O ar faltou dos meus pulmões, o cavalo do papai era tudo que me restava dele e de Antony, ele era importante de mais pra mim, embora eu não o montasse ele era meu de alguma forma.

Não sou sua QueridaOnde histórias criam vida. Descubra agora