18-Carlos

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-Duque- eu queria dizer que não sabia quem me chamava, devia estar mais bêbado para aquela conversa.
Me levantei com a maior calma que consegui reunir para olhar para ele, bem que ele poderia me dá um motivo pra eu quebrar aquele rosto bonito dele.
-Posso ter um minuto do seu tempo?
- A não ser que tenha um par de seios mais bonito que o desta jovem não- respondi sorrindo para a mulher que me servia mais whisky.
-Eu não, mas os que você trouxe se passado por homem está lá fora precisando de uma carona para ir embora antes que se meta em uma confusão maior do que já está - ele disse baixo o suficiente apenas para que eu ouvisse.

-Deixou ela sozinha?- a leve embriagues que ameaçava me deixar feliz foi embora mais rápido que um piscar de olhos, ele sorria amplamente sem motivos.

- Ela não é mais uma criança, como suponho que tenha percebido- ele arqueou as sobrancelha e eu perdi completamente a razão segurando-o pelo colarinho num puxão.

- Me diz que o conde de Lajes não viu vocês?- sibilei um pouco mais alto que deveria, ele apenas franziu a testa em um gesto de confusão- e você deixou ela sozinha depois disso, seu idiota.

Muitos nos olhavam, era impossível evitar um escândalo, puxei o homem pelo terno para fora do salão, o idiota deu por si e pareceu acompanhar minha linha de raciocínio, seguindo em frete até um pergolado florido seguido por alguns banquinhos vazios.

-Ela estava aqui, eu a deixei sentada nesse banquinho- ele parecia desnorteado, seu rosto estava sem cor e antes que eu pudesse considerar se valeria o meu tempo uma briga naquele momento ele caminho para mais longe e eu o acompanhei- Alexandre foi com a prostituta para dentro da casa, vamos acha-los.

-Quem procuram? - perguntou o marques uns passos atrás de nos assim como alguns convidados com o olhar curioso.

- O cavalheiro que veio comigo, eu preciso o encontrar com urgência.

- Tenho certeza que ele esta muito ocupado nesse momento- ele respondeu com sarcasmo.

O ignorei e continuamos a busca pelos quartos, a cada porta aberta, um casal mais bêbado que o outro e menos chances de encontra-los, eu só queria encontra-los e o mais rápido possível.

Apos muitos cômodos e arvores do jardim Antony me encontrou no jardim, ele vinha acompanhado de mais duas pessoas um homem e uma mulher, quando a luz dos candelabros da varanda deixou que eu visse de quem se tratava Antony foi mais rápido se colocando na minha frente antes que e chegasse ha ele.

- Ele não está com ela- os anos de trabalho braçal o faziam mais forte, era claro que ele havia deixado que eu o segurasse mais cedo, Antony era mais forte e me segurava firme enquanto eu tinha vontade de arrebentar a cara deles dois, eles eraram os culpados por eu não saber onde ela estava, tinha um buraco comprimindo meu peito e me impedindo de respirar do jeito certo.

- A culpa é sua, se não tivesse a trago ela estaria segura em casa- brandou o conde tentando passar pelo Barão que se tornou uma barreira solida entre nos- Mari pode ser convincente mais eu pensei que você fosse um pouco mais inteligente.

- Serio mesmo- a moça de cabelos claros que veio com ele gargalhava - você é o amigo apaixonado - ela indicou Alex, que a olhou com furria- Você o pretendente rico- ela apontou pra mim - E você o cara de menor titulo que ela quer mais não pode ficar com ela, nossa três homens de olho na mesma garota conseguiram perder ela.

Ela gargalhava enquanto os homens a olhavam com fúria, eu ouvi um borborinho entre os criados na lateral da casa, eles brigavam entre si acusando uns aos outros, me aproximei para entender melhor do que se tratava, eles discutiam sobre um cavalo que foi retirado de uma charrete.

- Mariana- Antony sussurrou um passo atras de mim, ele tinha um sorriso de orgulho, olhei para trás onde a garota e o Conde também estavam próximo- Se ela tomar gosto pela cela de homens um de vocês vai estar e maus lençóis.

- Diz isso com esse sorriso bobo na cara, ela pode esta em perigo- esbravejei mais nenhum dos dois parecia se importar por uma dama esta cavalgando no meio da noite com um cavalo que não era o seu pessoal, e uma cela que não era a de mulheres.

-Garanto-lhe que ela não corre perigo algum por esta em cima de um cavalo, meu receio e que ela se habitue a cavalgar da maneira que vem fazendo - ele sorria como quem conta uma piada engraçadíssima.

- Serio mesmo ? O que ela viu em você? - Alexandre perguntou com uma expressão de repulsa.

-Com certeza não foi algo que ela tenha visto em você- respondeu desafiador, e como quem pede ganha ele estava de guarda aberta e o punho do conde acertou seu queixo, se fosse um homem menor teria caído mais ele mal cambaleou, devolvendo o soco que o conde desviou do primeiro mais foi atingido pelo segundo golpe no estômago .

- Meu Deus! devia impedir milorde - a garota levou a mão a boca suprimindo um gritinho histérico quando eles foram ao chão trocando socos e cotoveladas- Deviamos chamar alguem.

- Pago-lhe o dobro para que fique quieta- eu lhe disse retirando uma moeda de ouro do bolso interno do paleto e entregando a ela que me dirigiu um olhar cumplicie, aquilo era bom de mais para ser verdade, todos os socos que eu desejei dar no Conde o Barão estava executando, e de quebra uma vez ou outra ele recebia um de volta.

Quando ambos já pareciam bem machucados e eu já estava satisfeito com o show separei os dois empurrando cada um para um lado do gramado, tinham pequenos hematomas no rosto e sangue escorrendo em diversos pontos do rosto, em especial o conde.

-Agora que já brincaram de brigar um de nos deveria ir até a fazenda ver se ela chegou bem- sugeri enquanto eles se esforçavam para levantar .

- Eu não iria lá se fosse você- Antony já estava de pé e limpava um filete de sangue no supercílio - Ela soube de algo importante sobre a mãe e se eu bem a conheço elas devem estar conversando.

- O que ela soube?- o conde perguntou, ele estava bem mais machucado e com dificuldades para respirar.

- Isso não cabe a mim contar, mas se ela confiou em ti para traze-la a mim ao invés daquele rato que vive rastejando aos pês dela, creio que ela lhe contara - ele ajeitou o smoking o maximo que  deu e se virou para ir embora.

-Espere - pedi sentindo uma pontada de humilhação ao elevar a voz - o que decidiste?

- Amo Mariana- ele respondeu com pesar - mas a vida exige mais de mim, e dela e por isso a deixo para cuidar de minha noiva que necessita mais de minha proteção.

Antony não se virou ou se despediu, apenas partiu deixando-nos.

Não sou sua QueridaOnde histórias criam vida. Descubra agora