11- Mariana

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Uma esperança avassaladora percorria-me depois de tantos dias num escuro que se tornou meus dias, nunca me arrumei tão rápido em minha vida, só de imaginar que o duque poderia ficar mais que dois minutos em companhia de minha mãe e voltar a ser o crápula sem coração que eu conhecia meu corpo voltava a ficar fraco, ele era minha esperança, precisaria da influência de um duque para entrar na residência real sem chamar atenção dos aliados da minha mãe. Ser esposa do chefe de segurança deu a minha mãe muitos que deviam favores há ela, ou que deviam ao meu pai e ela mesma cobrava.

- Vamos milorde- eles conversavam na sala de chá, eu havia obedecido o que ele pediu pela primeira vez e usava o vestido amarelo ouro do dia que nos conhecemos, era estratégico claro mas deixaria que ele pensasse que estava obedecendo.

Minha mãe me olhou com desconfiança enquanto bebericava seu chá, ela podia ser muitas coisas, mas não era burra, não seria fácil convence-la que eu estava amando o duque do nada.

-Estás encantadora como no dia que a conheci- aqueles olhos verdes estavam fixos em mim, ele caminhava há passos lento em minha direção de um modo galante que me deixava sem graça independente de quantas vezes já tivesse visto ele fazer isso ainda me fazia ficar nervosa.

-Não pense que gosto mais de você que há horas atrás, apenas por uma dúzia de palavras bonitas, joias e livros- ergui o queixo e coloquei minha mão sob o braço estendido dele que me olhou com admiração brilhado através daqueles olhos verde jade.

-Mariana onde estas a educação que te dei? Isso são modos de tratar um Duque - ralhou a condessa- não aprendeste nada com as aulas.

- Perdoe-me - disse sem emoção antes e guiar o duque para fora.

-Se tudo der errado e tivermos que nos casarmos divertir-me-ei muito vendo você atuar para manter as aparências - ele disse sorrindo quando me ajudou a subir na carruagem.

- Sabes que jamais daria certo não sabe?- perguntei divertidamente.

- Por que não daria?- o olhar divertido foi substituído por um quente que me fez engolir seco- Nossos filhos seriam lindos, já imaginou um menina com a sua aparência e os meus olhos ?

- Eu e o Antony já fizemos isso mais vezes que eu consigo me lembrar- era uma verdade pra atingi-lo mais doeu em mim.

-Touché, mas acredito que se me parecesse um pouquinho que seja com ele terias me tratado melhor- ele disse com um pouco de ressentimento escondido sob tom divertido.

-Garanto-lhe que não lhe disse nada que não precisasse ouvir Duque- respondi desviando o olhar para a paisagem, o sol estava alto e o dia quente sem sinal de chuva, era agradável conhecer esse novo duque.

O silencio se instalou entre nos e durou as duas horas de viajem necessária até a residência real.

Acostumado aos costumes londrinos o duque entregou um cartão ao mordomo quando chegamos, e ao ser anunciado fomos recebido pelo atual chefe de relacionamentos internacionais, um homem rustico e frio de poucas palavras, não era o que precisávamos.

-Estive doente minha mãe ficou ocupada com minha recuperação e não pudemos retribuir a visita tão estimada dos membros dessa corte- disse docemente a ele que observou o Duque com atenção.

- O rei e o príncipe estão fora em uma breve viajem diplomática mas verei se a rainha e está bem disposta para recebe-la- ele respondeu com desconfiança.

- A condessa de Olivais e a Duquesa de Lafrões poderia informa-las que gostaríamos de vê-las caso a rainha não esteja se sentindo bem - mulheres eram mais fáceis de obter informações a condessa era bem susceptível a falar de mais quando estava na presença de homens mais jovem principalmente quando eles são tão atraentes, ele era alto de braços fortes e cabelos negros volumosos que combinavam com os olhos claros, não que eu achasse ele atraente de verdade, balancei a cabeça afastando aquele pensamento insano.

Não sou sua QueridaOnde histórias criam vida. Descubra agora