Palmadas

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HAI HAI minna-san como vai a vida? A minha tá mais ou menos, obrigada por perguntarem. O capítulo ficou maior que o costume ( me amem por isso) e até engraçado (pq eu sou louca e coloco comédia no meio da tragédia) eu sempre tenho muita coisa pra falar só que sempre esqueço quando tô escrevendo, enfim espero que gostem.

*****
Hinata

— Calma, nós não estamos no meio dessa confusão.— Kageyama falou delicadamente comigo ainda nos ombros.

— Não importa, voltem para o massacre, é o lugar de vocês.

— O dia hoje está sendo péssimo.— resmunguei contrariado.

— Qual o motivo de você está levando  esse cara nas costas?— eu não podia vê, mas o homem com certeza tinha uma cara confusa.

— Isso aqui?— falou forçando uma risada, me balançando e dando três passos para frente.— É uma menina.

— O que?— eu e o outro falamos em uníssono. Kageyama deu um tapa na minha bunda me censurando, vergonha me definia.

— Sim, é uma escrava mal criada que se veste como menino.— mais dois passos, a arma dele não estava mais apontada para nós. Ouvi um barulho que significava que ela estava apoiada no chão.

— Eu tenho uma dessas também!— falou eufórico.

Eu não acredito que ele tinha caído nessa. Ou ele era muito idiota ou fingia ser.

— Então sabe como é difícil educa-las.— o maldito suspirou e sacudiu a cabeça como se eu realmente fosse uma escrava.

— E como sei, a minha usa cuecas! Acredita nisso? Cuecas!— Kageyama deu mais dois passos grandes para frente.

— Uau, essa aqui ainda usa calcinhas, graças aos céus.

Não aguentei e esperneei. Aquele bastardo estava indo longe demais. Acontece que quando me remexi estávamos muito perto do homem e meu pé acabou indo de encontro com a sua cara, ele chiou de dor então Kageyama lhe acertou um soco no rosto e um chute com a perna, tudo isso ainda me segurando.

— Você podia ter esperado um pouco mais, a conversa estava ficando interessante.— seu tom era chateado.

— Me põe no chão seu idiota.— bati nas suas costas até ele me soltar.— Ficou louco? Ele estava armado! E se tivesse atirado?— apontei para o homem inconsciente no chão.

— A arma estava travada e ele não fazia a mínima ideia de como manusea-la.— fez pouco caso.— Ele é só um nobre que provavelmente atiraria no próprio pé.

— Como pode afirmar isso com tanta convicção?

— Vê as roupas? Todo esse ouro e prata pesam mais que você, que devo mencionar é muito leve. Tem certeza que está comendo direito?

— Não tente mudar de assunto.— bufei.— E não vá achando por um segundo que seja que vou esquecer do desacato que cometeu, fique sabendo que isso poderia causar sua decapitação.

— Foi só parte da atuação, pequeno príncipe, não se prenda aos detalhes. Se ele visse seu rosto provavelmente te reconheceria, chamaria reforços e estaríamos mortos agora. Devia me agradecer por bater na sua bunda, tornou tudo mais verídico.

Provavelmente era a adrenalina correndo nas minhas veias ou meu talento natural para me convencer de tudo que eu queria, que a primeira vista parece inútil já que só funciona em mim e geralmente as pessoas tentam convencer umas as outras e não a si mesmas, seja o que fosse me impedia de surtar, ter um ataque e correr atrás da minha família, não necessariamente nessa ordem. Na minha cabeça todo mundo estava bem e depois de repetir essa frase um milhão de vezes enquanto fazia meu caminho para fora do palácio, realmente comecei a acreditar.

Tryst (Kagehina)Onde histórias criam vida. Descubra agora