Hey minna, tô de volta. Não tenho muito o que falar, só que a fic tá na reta final, acho que só vai ter uns dois capítulos e o desfecho, amo vocês e aproveitem a leitura.
Hinata
É incrível como as pessoas nunca deixam de te surpreender. Um mês tinha se passado desde que fui salvo. Minhas feridas e meus machucados estavam completamente curados, eu já conseguia andar e fazer tudo normalmente. Minha mente não estava cem por cento já que eu ainda acordava gritando e esperneando toda noite, mas ninguém é perfeito. Tirando as noites em claro e ocasionais surtos com algumas lembranças difíceis, eu estava novinho em folha, mas aparentemente Kageyama não concordava com isso já que decretou que executaria sozinho MEU plano.
Não me leve a mal, eu apreciava e por vezes até me aproveitava da sua superproteção. O problema é que ele me tratava como uma boneca de porcelana, como se a qualquer segundo eu fosse quebrar. Eu nunca podia sair sozinho nem para entrada ou quintal, as janelas tinham grades, as chaves das portas ficavam todas no seu bolso e ele não deixava nada que pudesse ser potencialmente perigoso por perto, isso incluía espelhos, garfos e qualquer coisa de vidro. Isso começou quando eu sem querer confessei que ainda me sentia culpado por continuar vivo e num dos meus surtos tentei me matar com um dos cacos do espelho que quebrei. Tenso eu sei, mas eu não me sentia assim sempre, na maior parte do tempo conseguia viver normalmente, eram cada vez mais raros os momentos que tudo perdia o sentido, apesar de ver o rosto inexpressivo de Kentaro sempre que fechava os olhos.
Uma outra coisa que eu tinha percebido era a falta de atitude pela parte de Kageyama. Eu já tinha admitido que estava apaixonado por ele e vice-versa, mas por alguma razão ele sempre evitava o assunto. Tudo que consegui arrancar dele foi que eu era seu mate e sempre tinha sido a "outra pessoa". Ele não me diz quando ou como aconteceu e nem sequer me dar qualquer dica, além de não parecer fazer a mínima questão de fazer nenhum avanço na nossa relação. Não estou pedindo muito, estou? Uns beijos do cara que eu amo e que me ama também. Já tínhamos feito isso antes, não da maneira certa eu sei, mas de qualquer modo se é para ficar trancafiado nesse quarto de hospedaria limitando minhas interações com uma única pessoa, eu precisava de mais que essa coisa fraterna dessa pessoa
Tobio aparentemente não entendeu isso.
— Você consegue ver todas as cores? — questionei como quem não quer nada.
— Sim, você não?
— Não. — bufei. — São poucas as que são visíveis para mim, quase todas estão ligadas a você.
— É serio? — ele gargalhou.
— Não ria disso idiota, não tem nada de engraçado. — cruzei os braços.
— Claro que é engraçado. Fico imaginando você bem tranquilo e de repente eu chego literalmente colorindo a sua vida. — revirei os olhos.
— Depois que você apareceu, minha vida se tornou tudo, menos tranquila. Lá estava eu totalmente despreocupado então você aparece do nada todo pomposo com esses olhos azuis e tudo vira de cabeça para baixo. — eu ri. — Quase ficava louco para descobrir como se chamava a bendita cor.
— A primeira cor que viu foi a dos meus olhos? Que fofo. — apertou minha bochecha. — Isso é muito poético.
— Poético o caramba, eu fiquei desesperado achando que o tryst tinha errado, tudo isso por que você já tinha tido o seu e aparentemente não tinha sido comigo.
— Mas foi com você.
— Então por que não me conta como foi? — Kageyama ficou tenso ao meu lado.
— Eu não queria te contar antes por que esperava que você lembrasse. — ele suspirou. — Nós já nos conhecemos antes Hinata.
— Que? — perguntei confuso.

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Tryst (Kagehina)
Casuale"- Escute, pequeno, eu não te salvei de uma maldita revolta para você morrer desnutrido em um lugar qualquer. Querendo ou não tenho que te manter vivo, agora podemos fazer isso do jeito fácil, onde você obedientemente veste suas roupas e faz o que e...