Preparações

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Iai minna! Como estão? Enfim, só quero avisar que esse capitulo foi mais para o pessoal se encontrar, a partir do próximo nós já vamos para ação de verdade, espero que gostem e até depois.

-x-

Hinata

Quando eu era uma criança que ainda passava a maior parte do tempo brincando, gostava de me imaginar com um superpoder fantástico, algo como voar ou ficar gigante. A medida que o tempo foi passando descobri que esse tipo de coisa não era possível, não que isso tenha evitado que eu desejasse ainda mais, tinha essa coisa meio doentia comigo, quanto mais eu não podia ter algo, mais eu queria aquela coisa. Enfim, o ponto que quero chegar é que hoje seria um ótimo dia para descobrir que eu podia fazer alguma coisa extraordinária como soltar fogo, aliás não seria só ótimo, seria ideal.

Não que isso tivesse acontecido, se eu realmente tivesse um superpoder seria o de atrair uma superconfusão.

— Você acha que eles vão soltar a gente? — perguntei para o moreno ao meu lado.

— Nós temos sorte de ainda estarmos vivos, liberdade já é pedir demais. — quem me respondeu foi o loiro.

Resumidamente o que aconteceu foi que nossa fuga foi meio que frustrada pelas enormes portas fechadas e os guardas do lado de dentro lutando para mantê-las assim, provavelmente quem empurrava do lado de fora eram os rebeldes e eu desconfiava que eles gostavam da gente tanto quanto gostávamos deles, o que não era muita coisa. De qualquer modo decidimos pegar outra rota e sair pelo lugar que Kageyama tinha me levado embora da outra vez.

A ideia era boa, o que estragou foi somente mais rebeldes infiltrados que nos interceptaram, amarraram e obrigaram a seguir caminhada com eles.

— O que eu nunca entendi é o motivo da revolta deles. — foi Yamaguchi que se pronunciou. — Por que vocês lutam?

A única resposta foi o silêncio. Essa era uma boa pergunta na verdade, nunca tinha parado para pensar no porquê eles faziam isso.

O grupo que nos levava era composto por três homens robustos e duas mulheres com um ar selvagem, eles eram bons de briga pois sem muito esforço conseguiram deixar Tobio e Tsukishima no chão, claro que a vitória não foi muito honesta visto que eles colocaram uma adaga no pescoço do esverdeado (sim, graças a alguns vômitos dias atrás eu aprendi o que era verde).

— Queremos a cura milagrosa. — uma das mulheres falou recebendo uma cotovelada da outra. — Ai, eles vão ficar sabendo de qualquer jeito!

­— Cura milagrosa? Do que estão falando? — perguntei confuso.

— Vocês estão falando sério? Isso não passa de uma lenda! — Tsukishima se manifestou.

— Não é lenda, nós sabemos que ela existe e está escondida em algum reino, só precisamos descobrir qual.­— a mulher falou novamente, ela era baixa e tinha metade da cabeça raspada, sua pele era escura e ela vestia trapos.

— A qualquer momento alguém pode começar a explicar — Kageyama falou. ­— Não é como se tivéssemos outro lugar para ir.

— Há algum tempo eu ouvi falar de um homem qualquer que nunca havia encontrado sua alma gêmea e era frustrado por conta disso, aparentemente ele era um alquimista ou algo do gênero e era fascinado pela ideia de ver as cores, mas como nunca aconteceu com ele o cara simplesmente enlouqueceu e se trancou em casa por anos. Um belo dia ele resolveu sair e dizer para as pessoas que tinha encontrado a cura para o tryst, ele chamou de cura milagrosa e estava distribuindo para todos que não queriam encontrar seu soulmate.

— O que? Como assim cura para o tryst? — franzi a testa. — Isso é impossível.

Na minha cabeça eu só conseguia pensar em como exatamente alguém curava algo que não era uma doença.

Tryst (Kagehina)Onde histórias criam vida. Descubra agora