Morno e Fácil

3K 310 484
                                    


Aí gente, eu tô quase chorando. Sim, é o último capítulo e não, eu não fiz um epílogo, no fim eu achei que não precisava. Eu tô muito triste por que poxa, é muito difícil dar adeus a tudo isso aqui, dizer tchau pra vocês e principalmente para os personagens me dói muito, sou péssima com esse tipo de coisa, eu queria agradecer muito todos que acompanharam Tryst, os que estão comigo desde o início e os chegaram depois, os que comentavam em todos os capítulos me cobrando e me dando força por que é sério, quase não consegui terminar a história, mas toda vez que eu pensava em desistir tinha um abençoado ou abençoada que vinha falar comigo, me mandar mensagem, perguntar o que estava acontecendo e isso foi sem dúvida umas das coisas que mais me impulsionou a continuar a fic. Muito obrigada a todos, eu amo muito vocês de verdade.
-x-

Hinata

No fim eu tive que mudar meu nome de qualquer jeito, não que não tenha tentando arduamente, os meses que antecederam meu casamento foram os mais difíceis, primeiro que convencer meu pai levou toda a minha força de vontade, eu só consegui resolver essa parte com ajuda da minha mãe, depois teve a questão dos preparativos que me deixavam ocupado e acabavam por me distrair do meu objetivo principal, não que isso me impedisse de arrastar Kageyama para cada canto escuro do castelo para tentar mudar sua opinião, muitas vezes eu quase consegui, mas sempre tinha alguma infeliz alma que interrompia bem na hora. Infelizmente meu pai compartilhava da ideia de Kageyama, então não dormiríamos no mesmo quarto enquanto a cerimônia não ocorresse.

— Se anime Hinata, amanhã é sua despedida de solteiro, eu já preparei tudo você vai amar! — Nishinoya falou batendo no meu ombro. 

Minha animação não poderia está menor, apesar de não está lidando com as questões técnicas do casamento, meu pai deixou bem claro que quem teria que falar com o povo e com nossos aliados seria eu o que significava está ocupado em bailes ou fora do reino todos os dias o que me dava bastante dor de cabeça e tempo praticamente nulo para ficar a sós com meu noivo, que por sua vez organizava a festa, lista de convidados e tudo que era preciso com ajuda da minha mãe.

— Não podemos pular essa parte? — falei cansado. — Eu nunca imaginei que casar daria tanto trabalho, eu só quero dormir até o grande dia chegar.

Meu amigo revirou os olhos.

— É claro que não! Se tudo correr bem você vai passar o resto da vida com uma única pessoa, e não que isso seja ruim ou qualquer coisa assim, na verdade é ótimo, mas de um jeito ou de outro você vai ver a cara dele todos os dias o que significa dormir com a mesma pessoa todos os dias, então é bom aproveitar bem antes.

— Todos os dias? — meu suspiro foi bem evidente. — Faz tempo que eu luto por um mísero dia.

Noya fez uma careta e eu expliquei a minha triste situação.

— Você vai casar sem fazer o teste antes? Pelos deuses eu jurava que vocês já tinham...quer dizer vocês tiveram várias oportunidades, eu e Asahi transamos no dia que nos conhecemos, aliás foi assim que meu pai nos pegou, mas não que isso seja tão importante assim, afinal vocês são alma-gêmeas e tal então vão ter literalmente o resto da vida para isso, de qualquer modo sobre a sua festa...

Noya continuou falando, mas eu nem estava mais escutando, na minha cabeça um plano já estava se formando, eu tinha mais dois dias para alcançar minha meta de não casar virgem e essa poderia ser minha última chance de conseguir. Com um suspiro me forcei a prestar atenção no que meu amigo dizia para enfim arquitetar todas as etapas do meu plano.

O amanhã custou a chegar, todo o castelo estava em comoção com os preparativos para o grande dia, eu finalmente fui liberado das minhas funções políticas para relaxar antes do casamento, o que certamente eu não iria fazer. Era tradição que um dia antes do casamento os noivos não poderiam se vê, regra essa que eu pretendia felizmente quebrar. O dia passou sem muitos acontecimentos, alguns servos gentilmente me faziam massagens e entoavam cantos de sorte e paz de espírito, quando a noite chegou pedi que se retirassem e dei instruções a um específico antes de sorrateiramente sair do meu quarto e trancar a porta.

Tryst (Kagehina)Onde histórias criam vida. Descubra agora