MARCOLLO FOI LEVADO à delegacia de maneira rude, com os policiais o empurrando e gritando, que ele era um assassino. Nada daquilo era verdade, pensou. Aquela situação não se passava de uma armadilha, que na certa, ele havia caído. Ah, mas ele se vingaria.
Se vingaria de uma maneira tão cruel, assim como aquela pessoa fez com ele. É claro que ele tinha muitos inimigos. Pessoas que o odiavam por ter aquela imensa fortuna, por tê-la conquistado de maneira árdua, depois de uma grande tragédia que havia acontecido aos seus pais. Desolado, ele se agarrou aos estudos de maneira a enterrar lembranças do passado.
Todos os seus amigos sabiam de seu passado. Os segredos que guardava do mundo acerca de sua infância e da adolescência perturbada. Ele fechou-se para o mundo, seus amigos e a imprensa principalmente, sabiam apenas o suficiente sobre seu passado. Mesmo antes de ser preso, já tinha seu círculo social com seus cinco amigos, Leon, Thomas, Trevor, Christophe e Antoine.
Contudo, em Christophe, ele depositava em toda sua esperança em ser absolvido. Ele seria sua salvação. Marcollo não hesitaria em pagar bons honorários advocatícios a ele, mesmo que ele não quisesse, a fim de tirá-lo detrás das grades. Ele sabia que tinha uma grande chance de ser preso. Tudo naquela cena de crime o apontava como culpado, de um jeito que não restaria dúvidas.
A fim de não se encrencar mais, ele não resistiu à prisão na hora que os policiais o algemaram. Apenas permaneceu quieto, sabendo que tinha um excelente advogado que tinha que contatar, para defendê-lo daquela grave acusação. Como havia sido tolo! Por que foi sair de sua casa, do conforto da mulher que esteve em seus braços, para verificar a fachada de sua casa? Porque ele era humano, raciocinou, e sentiu um imenso perigo rondando sua suntuosa mansão.
Antes de aprofundar mais em seus pensamentos, ele continuou seguindo pelo caminho que levava à delegacia. Com uma dúzia de policiais ao seu lado, ele se encaminhou pela pequena escada do prédio, depois de ter desembarcado da Lamborghini azul da guarda policial.
Um homem com a aparência muito autoritária estava com os cotovelos apoiados em uma mesa e olhava com extremo desprezo. Como se fosse um assassino, Marcollo refletiu amargamente. Ele se aproximou da mesa, sentindo um aperto doloroso por suas mãos estarem algemadas. O delegado fez um gesto para que se sentasse na mesa ali próxima, de modo que ficassem frente a frente.
- Um homicídio... - O delegado fez uma pausa. – Com essa descrição, é o primeiro caso assim que eu vejo em anos que trabalho para a polícia.
Marcollo permaneceu calado. Apenas olhou para ele, como se suplicasse que era inocente.
- Teremos que interrogá-lo, Marcollo. Depois, uma audiência será marcada e seu futuro será decidido pelo júri. Não tem nada a declarar? - Inquiriu, com as sobrancelhas arqueadas.
- Não, senhor. Não tenho nada a declarar pois sou inocente. Não matei Dante Nicolosi.
- Como? Não matou Dante Nicolosi? A arma foi encontrada na sua mão e como assim não matou?! - O delegado praticamente gritava com Marcollo. Quem acreditaria nele?
- O assassino deu uma pancada na minha cabeça. Penso que ele colocou a arma na minha mão enquanto eu estava inconsciente.
- Acha que isso é algum tipo de brincadeira? Você sabe da gravidade deste crime? - O delegado era bruto e estúpido com que considerava criminoso.
- Claro que sei. E farei de tudo para me defender. Não sou culpado disso. Juro pela minha vida.
- Veremos, então. Todas as evidências indicam a autoria do crime para você!
- Eu gostaria de contatar meu advogado. - Marcollo pediu. Que Christophe o ajudasse.
- Saiba que não está em posição de pedir nada. É claro que ligaremos para seu advogado. Todos têm direito à defesa, mesmo os que cometem os piores delitos. Qual o nome de seu advogado?
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A Herdeira Perdida - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 3 (COMPLETO)
Roman d'amourAtenção: livro não está revisado! Futuramente, passará por uma nova revisão e edição! "Homens poderosos, afetados por paixões arrebatadoras". Marcollo Bulgarelli, um engenheiro de petróleo temido nos negócios, é injustamente preso por assassinato ap...