Capítulo 13

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— VOCÊ O QUÊ? — Lina grita e coloco a mão em sua boca tampando-a.

— Fala baixo, meu pai não pode saber disso por enquanto. — digo sussurrando para ela.

— Tudo bem, me desculpe. — diz sussurrando também.

— Na reunião eu disse para aqueles sem coração que eu vou me casar com o Henry. — repito oque eu havia dito antes da doida da Lina gritar.

— Mas por quê? — Mari pergunta.

— Porque ele me ajudou e agora eu preciso ajudá-lo. — digo e elas me olhar balançando a cabeça compreendendo oque eu disse. 

— Quando vocês vão se casar? — Lina me pergunta.

— Provavelmente depois da cirurgia do meu pai. — respondo. 

— Você é forte, você vai conseguir superar mais essa. — diz Lina

— Se Deus quiser eu vou sim. — digo.

Ficamos conversando por mais algumas horas até que a meninas resolveram ir embora, eu tomei meu banho, jantei e fui dormir cedo. 

(...)

Hoje eu acordei às cinco horas da manhã pra me arrumar a mala do meu pai, pois hoje ele já será internado, na segunda será operado e o John levou meus pais. Às sete e meia da manhã, me arrumei e nem tomei café da manhã, pois eu tenho que ir correndo pra empresa pra discutir sobre o casamento com o Henry antes de ir para o hospital.

Chego em frente a porta da sala de Henry e bato na porta, ouço o mesmo dizer um "entra" e assim eu faço.

— Bom dia Henry! Vim para discutirmos sobre o casamento. — digo o mesmo volta a sua atenção que antes estava na tela do computador para mim.

— Bom dia Sarah! Claro, sente-se. — diz apontando para a cadeira vaga em frente à sua mesa.

— Então, quando você pretende realizar a cerimônia? — pergunto. 

— Por mim eu já me casaria ainda esse final de semana. — diz e acabo arregalando os olhos. — Calma, mas eu pensei melhor e é melhor deixamos para depois da cirurgia do seu pai. — diz rindo da cara de boba que eu fiz.

— Ufa, que bom então. — digo soltando o ar que eu havia prendido. — Por mim, pode ser. 

— O que você acha de nos casarmos no sábado? — pergunta.

— Por mim tudo bem, quanto antes casarmos melhor será. — respondo e o mesmo balança a cabeça concordando. 

— Tudo bem então! Você já contou pra sua família? — pergunta e eu balanço a cabeça negando. 

— Só John ficou sabendo, eu estou pensando em contar para os meus pais hoje. — respondo e o mesmo concorda. — Você já contou a sua família? — pergunto e o mesmo também balança a cabeça negando.

— Só o Lucas sabe também, eu estou querendo contar a eles esse final de semana. — respondo e é a minha vez de balançar a cabeça concordando.

Ficamos alguns minutos em total silêncio, mas foi possível ouvir a respiração acelerada de Henry. Com certeza ele também deve estar super nervoso com esse casamento repentino. 

— Se você não tiver nenhuma reunião hoje, teria como você ir comigo no hospital pra te apresentar a minha família? — pergunto cortando o silêncio. 

— Claro, posso sim. Só espero que o seu irmão e o seu pai não queiram me matar. — responde rindo.

— Fique tranquilo, eles não farão isso. — digo rindo da sua cara de medo. 

— Quando você quiser, podemos ir. — diz. 

— Então vamos indo. — digo. 

Saímos da empresa, entramos no carro de Henry e fomo direto para o hospital. Chegando no hospital, fui direto para a sala do doutor Augusto, ele me explica mais sobre como será realizada a cirurgia na segunda - feira. Saio da sala do doutor e vou para o quarto onde meu pai está.

— Assim que eu contar aos meus pais, eu venho aqui te chamar. — digo para Henry antes de entrar no quarto.

— Tudo bem. Não tem pra onde fugir mesmo. — diz sorrindo e eu retribuo o sorriso.

Entro no quarto e encontro meu pai deitado na cama com um monte de cabos em seu corpo, e vê-lo nessa situação só me deu muita vontade de chorar, mas me contive. 

— Oi mãe, oi pai. — digo indo em direção à cama.

— Oi minha querida. — diz minha mãe e eu deposito um beijo em seu rosto e lhe abraço.

— Oi minha princesinha.  — diz meu pai. Desde sempre ele me chama de "minha princesinha" e eu amo quando ele me chama assim.

— Como o senhor está? — pergunto lhe dando um abraço mesmo ele não podendo se levantar.

— Estou bem graças ao nosso bom Deus. — responde e eu sei que ele não está nada bem, mas mesmo assim eu concordo balançando a cabeça.

— Não precisa se preocupar com nada minha princesinha, o pai sabe que na segunda eu serei operado e eu creio que Jesus o médico dos médicos estará naquela sala de cirurgia. — diz sorrindo e tocando em minha mão.

— Eu também creio pai. — digo sorrindo para o mesmo. — Mãe, pai. — digo e os mesmos me olham. — Vocês se lembram quando eu disse que o meu chefe havia me pedido para casar com ele? — pergunto.

— Lembramos sim! — minha responde e o meu balança a cabeça quem sim. 

— Então, ontem teve outra reunião e eu aceitei a me casar com ele. — digo e os dois me olham com um semblante sério.

— Foi por vontade própria ou ele te forçou? — meu pai pergunta ainda sério. 

— Por vontade própria pai, eu mesma que quis aceitar a me casar com ele. — respondo. 

— Mas você o ama? — minha mãe pergunta me pegando completamente desprevenida. 

— Bom, eu não vou dizer que o amo, pois amar é um sentimento muito profundo. Mas eu estou apaixonada por ele e ele me trata muito bem. — respondo.

— Minha princesinha me prometa uma coisa. — diz meu pai colocando suas mãos em cima da minha.

— Pode dizer pai. — digo a ele.

— Independente se você se casar com esse tal de Henry e independente do que acontecer na minha cirurgia você irá ser feliz, muito feliz. — diz e sinto meus olhos embaçarem. — Me prometa também que você nunca irá desistir dos seus sonhos por ninguém. — diz meu pai com lágrimas nos olhos.

— Pai o senhor vai sair bem da cirurgia. — digo a ele sentindo minha voz embargada.

— Só me prometa minha princesinha. — diz meu pai.

— Tudo bem pai! Eu prometo. — digo e o mesmo sorri.

— Certo, vamos parar de falar sobre isso. — diz minha mãe sorrindo e limpando o rosto. — Quando que iremos conhecer o seu noivo? — pergunta. 

— Hoje mesmo mãe, ele está lá fora me esperando. — digo. 

— Pois então mande ele entrar. — minha mãe diz e eu vou vou para o lado de fora chamá-lo.

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