— Sarah?! — chamo-a mas a mesma não responde e muito menos abre os olhos. — Ai meu Deus isso não pode estar acontecendo, não pode estar acontecendo novamente. — toco em seu pescoço e consigo sentir sua pulsação.
Penso no que fazer com a mesma, olho para os lados e as ruas estão completamente desertas, e nem sequer tem movimento de táxi. Olho para Sarah e vejo os hematomas aparecendo em seu rosto lindo e frágil, seguido de sangue que escorre pelo seu nariz.
— Ai droga. — digo após pega-la em meu colo e sentir uma dor sem explicação em todo o meu corpo, mas não me preocupo com isso e corro com ela até um hospital que tem à umas duas ou três ruas daqui, tomando todo o cuidado para que não venhamos cair.
É nessas horas que percebo que todos os anos que estive fazendo academia, valeu a pena, mas Sarah é leve, muito leve por sinal. Parece que quanto mais eu corro com ela em meus braços, mas eu não saio do lugar, parece que eu estou correndo em uma daquelas esteiras de academia e, isso só me deixa ainda mais com medo, medo de que mais uma vez eu perca alguém muito importante para mim.
— ALGUÉM AJUDA ELA. — grito assim que eu entro no hospital, com Sarah ainda desacordada. Logo aparece um monte de enfermeiros e enfermeiras.
— TRAGA UMA MACA AGORA E ALGUÉM CHAME O DOUTOR PAULO. — grita uma senhora que sugiro ser a enfermeira chefe.
— Ela... eu não consegui sentir a pulsação dela. — digo tentando recuperar o fôlego.
A senhora me olha e pressiona levemente o seu dedo indicador e o dedo médio na lateral do pescoço da Sarah. Logo um outro enfermeiro aparece com uma maca.
— Ela tem pulsação, meio fraca, mas tem. — diz e sinto um alívio.
— Precisamos levá-la agora senhor. — diz e outro enfermeiro pega Sarah de meu colo e a coloca sobre a maca.
— Mas...ela...ela vai ficar bem né? — pergunto mas não obtenho resposta.
Eles empurram a maca da Sarah para dentro do corredor e eu sigo eles. Quando chega na ala de operação do centro cirúrgico, eles continuam levando a Sarah, mas me barram na porta.
— O senhor não pode passar daqui. — diz uma das enfermeiras.
— Tudo bem! Mas ela vai ficar bem, não vai? — pergunto novamente.
— Sim, ela vai ficar bem. — responde e da as costas para mim.
— Senhor, por favor me siga, o senhor precisa de curativos. — diz uma enfermeira surgindo ao meu lado.
— Não precisa! Eu estou bem. Eu preciso ligar para alguém. — digo seguindo até a recepção e a enfermeira continua me seguindo.
— Senhor na sua testa tem um corte profundo, o senhor precisa de curativos.
— MAS QUE DROGA, EU JÁ DISSE QUE ESTOU BEM! — grito fazendo com que a mesma se assuste e abaixe a cabeça. — Me desculpe! Eu só preciso fazer uma ligação e depois você pode fazer o curativo. — digo me desculpando com a mesma, ela balança a cabeça concordando e volto a andar.
Vou até a recepção e ligo para a família de Sarah e também para a minha. Vou até o banheiro e entro em uma cabine, subo minha camisa que antes estava limpa e agora está completamente suja e com respingos de sangue, e vejo alguns hematomas que estão se formando ao lado direito do meu tórax, na região da minha costela. Abaixo minha camisa e saio do banheiro, voltando para o corredor.
Encontro a enfermeira e a mesma me leva até uma sala onde a mesma faz uns curativos em meu rosto e eu não precisei levar pontos na testa. A enfermeira termina e eu saio da sala, assim que eu volto para a recepção encontro os pais de Sarah, logo atrás deles estão meus pais, e atrás deles John, Lina, Mari, Tiana, Lucas, Edward, Dave e Nicholas.
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Planos de Deus
Romance⚠️LIVRO SEM REVISÃO⚠️ Sarah e Henry, duas almas com propósitos e caminhos diferentes, mas que serão unidas através dos Planos de Deus. Henry: uma pessoa com mágoas profundas em seu coração e Sarah: um instrumento que será usado por Deus para chegar...