Bônus Henry

149 20 4
                                    

Abro meus olhos e vejo meus pais um de cada lado da cama.

— Finalmente você acordou. — disse meu pai.

—  Estava ficando preocupada. — diz minha e me acerta um tapa na minha cabeça.

—  Aí, por que a senhora me bateu? — perguntei alisando a região que levei o tapa.

—  Porque eu pensei que podia ter te perdido. — minha mãe diz com os olhos brilhando.

—  Oh mãe, não precisa chorar e nem se preocupar, eu estou bem agora, eu estou aqui. — digo e estendendo meus braços pra poder abraça-la.

—  A gente vai deixar você um pouco sozinho, acredito que seja isso que você quer. — diz meu pai e eu concordo, eles se despedem de mim e saem do quarto, me deixando só.

Fico sozinho por uns dez minutos, até que vejo a porta ser aberta devagar e Sarah entrar de costas.

— Pode abrir tudo, eu não estou dormindo. — digo e vejo ela dar um pulinho de susto, a mesma vira a cabeça e me olha com um olhar assustado. 

— Ham...ok. — ela diz fechando a porta do quarto e vem em minha direção. — Você está bem? — pergunta se sentando em uma das poltronas que se encontra a alguns metros de distancia da cama.

— Estou, e você está bem? — pergunto me sentando na cama.

— Graças a Deus estou bem também. — responde. 

— Que bom então. — digo olhando para ela, mas desvio o olhar para a parede branca a minha frente e ficamos alguns minutos em completo silêncio. — Me desculpa.

— Pelo o que? — pergunta.

— Por não ter te protegido daqueles bandidos. — respondo novamente sentindo toda a raiva e medo que eu senti. 

Raiva pelo oque aqueles desgraçados planejavam em fazer com a Sarah e por eles terem a tocado e terem a ferido e medo de mais uma vez perder uma pessoa importante pra mim, uma pessoa que eu amo.

— Você não tem que pedir desculpas Henry, você me protegeu e acredito que se você não estivesse lá, poderia ter acontecido algo pior comigo. — diz tocando em minha mas eu afasto a mesma.

— Posso te fazer uma pergunta? — pergunto a encarando sério.

— Claro! — responde.

— Você está apaixonada por mim? — pergunto e a mesma me olha com um olhar surpreso, ela abre e fecha a boca inúmeras vezes, provavelmente tentando formular uma resposta. 

— E você está? — pergunta. 

Dessa vez sou eu quem a olho surpreso, eu não esperava que ela me fizesse tal pergunta e acabo  desviando o olhar do dela.

— Eu queria não estar. Agora responde a minha pergunta. — respondo olhando para ela novamente.

— Estou! — é a única que a mesma consegue responder. 

Merda! Isso não podia ter acontecido. 

— Você não pode Sarah. — saio da cama e vou para perto da janela ficando de costas para Sarah.

— E por que não? — pergunta.

— Você não entenderia. — me viro para a mesma e olho diretamente em seus olhos.

— Então me explica. — diz se levantando e vindo para mais perto de mim.

— Todas, todas as pessoas por quem já me apaixonei, no final se machucaram. 

Planos de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora