Capítulo 11

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Acordo com o lindo som irritante do despertador, me despeço da minha linda cama e me levanto indo para o banheiro pra fazer as minhas higienes matinais. Saio do banheiro, me arrumo, pego minhas coisas e desço para a cozinha. 

— Bom dia John! — digo assim que chego na cozinha e o encontro sentado na cadeira olhando para o nada. 

— Bom dia! — diz bocejando. 

— Cadê o pai e a mãe? — pegando a jarra de suco e despejando o líquido em meu copo. 

— Já devem estar descendo. — diz e novamente boceja. 

— Nossa quanto sono heim. — digo e o mesmo sorri sem mostrar os dentes. 

— Não dormi muito bem está noite. — diz. 

— Bom dia meus amores! — diz minha mãe depositando um beijo na cabeça de John e depois na minha. 

— Bom dia mãe! —  John e eu respondemos juntos. 

— Bom dia filhote, bom dia filhota! — diz meu pai também beijando as nossas cabeças. 

— Bom dia pai! — digo. 

— Bom dia coroa! — diz John sorrindo e o meu pai lhe acerta um tapa na cabeça fazendo o mesmo rir ainda mais. 

— Já te disse que coroa é o pai de teus filhos. — diz meu pai se sentando ao lado da minha mãe e depositando um beijo em sua testa. 

Eu sempre admirei muito esse  amor que meu pai e minha mãe sentem um pelo outro. O casamento deles é composto por muito amor e companheirismo e, é esse tipo de casamento que eu quero ter um dia. Eu quero me casar por amor mas a noite inteira eu fiquei pensando em Henry, ele não merece ver a empresa de seu pai ser dirigida por um estranho. 

— Tá pensando em quê filhota? — pergunta meu pai. 

— Nada demais pai. — digo sorrindo para o mesmo. 

Mais um dia tomamos o nosso café da manhã regado de conversas e risadas. Me despeço de meus pais e de John e saio de casa pegando um táxi para ir pra empresa.

Chego na empresa, pago o taxista e desço do carro. Entro na empresa e vou direto para a cozinha onde encontro Lina e Mari fofocando e tomando café. 

— Qual é a novidade do dia? — pergunto e elas dão um pulinho pelo susto. 

— Ai que susto doida. — diz Mari colocando a mão em seu peito. 

— Se quiser me matar do coração já fala logo. — diz Lina e eu começo a rir. 

— Desculpa meninas. — digo ainda rindo. 

— Mari estava dizendo que... — Lina começa a dizer mas é cortada por Mari. 

— Eu quase beijei o Lucas, na verdade ele que quase me beijou, duas vezes ainda. — diz Mari e vejo suas bochechas corarem. 

— E por quê você disse "quase"? — pergunto fazendo aspas. 

— Porque eu me afastei nas duas vezes. — responde Mari. 

— Mas você não queria o beijo? — pergunta Lina e Mari balança a cabeça que sim. — Então por que você se afastou? 

— Na primeira vez eu não sei, mas na segunda vez ele estava meio embriagado. — responde. 

Conversamos por mais alguns minutos, me despedi delas e fui para a sala de Henry. Bato na porta e ouço ele dizer alguma coisa mas não consigo entender o quê. 

— Nossa como vocês são insuportá... — diz Henry abrindo a porta mas assim que me vê para de falar. — Sarah? O que você está fazendo aqui, não estava de folga? — pergunta e logo sinto o cheiro de álcool.  

— Eu vim assinar o papel da minha licença. — respondo.

— Ah sim! Entre. — diz e o encaro.

— Você está bêbado? — pergunto o empurrando para dentro da sua sala.

— Não, quem te disse isso? — pergunta e vai cambaleando até a sua mesa. 

— Seu mal hálito! Como você pôde ter bebido sabendo que daqui a trinta minutos você tem que ir pra uma reunião? — pergunto e o mesmo vem até mim e me abraça.

— Oque você está fazendo? — pergunto tentando afastá-lo mas ele me abraça ainda mais forte.

— Só me deixa te abraçar um pouco. — diz e eu decido não contrariar o mesmo.

Ficamos assim por exatamente uns cinco minutos até que a porta se abre e Eliza entra na sala. 

— Henry, oh eu não sabia que vocês estavam... — diz Eliza ao entrar na sala.

— Não estávamos fazendo nada, já estou de saída. — digo desfazendo o abraço. — Sua reunião é daqui a vinte e cinco minutos, é melhor que você esteja são até lá. — digo para Henry, vou até a porta,  e saio da sala.

Vou até minha sala para pegar uns pertences pessoais para levar pra minha casa, coloco - os dentro da minha bolsa, me sento na cadeira e fico olhando para o teto.  Alguns minutos depois decido ir até a sala de Henry para ver se o mesmo já está sóbrio. 

— Henry, já está na ho... — digo entrando na sala e me arrependo no segundo seguinte por não ter batido na porta antes de entrar.

Vejo Eliza no colo de Henry e assim que o mesmo me vê ele empurra Eliza fazendo com que a mesma caia de bunda no chão, o que me da uma imensa vontade de rir, mas me contenho. 

— Me desculpe, eu não sabia que vocês estavam... — não consigo nem terminar a frase de tamanha vergonha que estou sentindo nesse momento.

— Sarah não é oque você está pensando. — diz Henry se levantando e vindo em minha direção. 

— Só queria te falar que já está na hora da sua reunião. — digo e saio da sala batendo a porta em seguida.

Coloco a mão em meu peito e sinto o meu coração acelerado, só então me lembro de soltar o ar que antes eu havia prendido e antes que eu vá para o elevador ouço Henry dizer:

— Mas que droga. — diz e sinto um barulho vindo da parede.

Volto para a minha sala, pego minha bolsa e saio da sala dando de cara com Eliza e assim que me vê ela da um sorrisinho. Aí meu Cristo eu acho que essa mulher me ama, só pode. 

— Pois não?! — digo.

— Sinto muito que você tenha tido que presenciar aquilo minha querida. — diz sorrindo. 

— Não precisa se desculpar minha querida. — digo sorrindo de volta.

— Sabe... — diz e vem para mais de perto de mim. — Estávamos nos divertindo, mas aí você apareceu e estragou toda a diversão. 

— Percebi mesmo a diversão quando o Henry lhe empurrou e você caiu de bunda no chão. — digo e vejo seu sorriso sumir. — Era só isso? — pergunto e a mesma não diz nada. — Então, passar bem. — viro de costas para a mesma e vou até o elevador torcendo para que o mesmo esteja desocupado.

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