Capítulo 9

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Assim que saí da empresa, peguei um táxi e fui direto para o hospital. Hoje meu pai irá fazer alguns exames e se tudo correr bem, ele vai ser internado hoje para que seja feito a cirurgia.

— Como foi os exames John? — pergunto me sentando na cadeira vaga ao seu lado na sala de espera.

— Eles ainda não saíram da sala de exames, mas creio eu que esteja tudo certo. — diz e apenas balanço a cabeça em concordância.

— Tirou folga hoje? — pergunto.

— Tirei pra poder trazer o pai e também porque eu preciso de uns dias de paz, sem o caos que acontece na empresa. — diz rindo. — Só tenho que passar lá depois pra assinar.

— Eu te entendo, eu também vou ver se consigo pegar. Preciso muito descansar a minha mente. — digo e ele sorri sem mostrar os dentes.

Meus pais aparecem na sala de recepção com o Doutor Augusto explicando algo para eles, ele nos vê e nos cumprimenta saindo da sala e nos deixando a sós.

— E ai? — John pergunta se levantando e nossos pais vem até nós.

— Deu tudo certo, amanhã de manhã eu já vou ser internado e como amanhã é sexta, a cirurgia só irá acontecer na segunda. — meu pai responde com um semblante cansado.

— Tudo bem então, eu vou voltar para a empresa e vou ver se consigo pegar uns dias de folga pra ficar com vocês. — digo e eles assentem.

— Então podemos ir pra casa? — minha mãe pergunta.

— Podemos sim minha querida. —meu pai responde pegando na mão da minha mãe e saímos do hospital. 

— Entra aí Sarah, eu te deixo na empresa. — John diz abrindo a porta do seu carro, entramos e seguimos para a Johnson Company.

Foi o tempo certo de eu chegar na empresa e meu horário de almoço acabar. Me despeço de meus pais e de John, saio do carro e entro na empresa.

— Como foi? — Lina pergunta assim que apareço na cozinha.

— Meu pai vai ser internado amanhã e será operado na segunda. — respondo e me sento em uma cadeiras vagas.

— Se Deus quiser, vai dar tudo certo minha amiga. — Mari diz tocando na minha mão por cima da mesa.

— Eu creio que sim. Eu vou conversar com Henry e ver se consigo pegar uns dias de folga pra ficar com a minha família.

— Vai ser bom mesmo. — Mari diz.

— É bom que você foca apenas em sua família. — Lina diz e balanço a cabeça em concordância.

— Vou subir lá então. — digo me despedindo delas e pego o elevador.

Toco na porta da sala de Henry e ouço ele dizer um "entra" e assim eu faço. Abro a porta e vejo Eliza com uma cara de choro, a mesma me olha com raiva, passa esbarrando em meu obro e saí da sala.

— O que houve? — pergunto assim que fecho a porta atrás de mim.

— Nada demais. — ele responde apontando para a cadeira vaga a sua frente e me sento na mesma.

— O que traz a sua ilustre presença à minha sala? — pergunta e dou um sorriso.

— Eu queria conversar contigo e te pedir algo. — digo.

— Pois então eu sou todo ouvidos, pode me pedir oque quiser. — diz e sorri sem mostrar os dentes.

— Meu pai vai ser internado amanhã e será operado na segunda, eu gostaria de tirar uns dias de folga pra ficar com a minha família. — digo e o mesmo me olha sério. 

— Por mim tudo bem, pode tirar quantos dias você achar que é necessário. — diz e me da um sorriso confortante.

— Muito obrigada Henry. — digo sorrindo para o mesmo. 

— O dinheiro já foi transferido, depois você só da uma olhada pra ver se caiu na sua conta. — diz.

— Mais uma vez muito obrigada mesmo, de coração. 

— Não há de quê. Era só isso? — pergunta e assinto. 

— Era sim, eu vou voltar para a minha sala. — digo me levantando, me despeço do mesmo e saio de sua sala indo em direção à minha.

(...)

Para a minha felicidade até que as horas passaram rápido e agora estou dentro de um táxi indo para a minha casa. Subo direto para o meu quarto, tomo um banho, coloco uma roupa de dormir e vou para o quarto de John.

— John! — chamo-o e o mesmo sai do banheiro. 

— Pois não?! 

— Eu consegui o dinheiro que precisávamos e já paguei a cirurgia do nosso pai. — digo a ele.

— Como? — me olha intrigado. — Você não vendeu nenhum rim seu não né? — pergunta fazendo uma cara engraçada.

— Não bobão. — digo rindo e o mesmo também sorri e pega uma maçã que havia em cima de sua mesa dando uma mordida na mesma. — Consegui com meu chefe. — digo e o mesmo para de comer na hora.

— Com o senhor James? 

— Não foi com o senhor James e sim com o filho mais velho dele. Henry é o meu chefe agora. — digo.

— Por que ele te daria quinze mil dólares? — me pergunta curioso.

— Então...— digo me ajeitando na cadeira, por algum motivo eu estava com medo de contar a ele a razão, pois eu sei o quão ciumento meu irmão é.

— Então...? — diz dando espaço para que eu continuasse.

— Eu aceitei a proposta que ele me fez. — digo com a voz baixa.

— Que proposta Sarah? — me pergunta e eu não respondo.

Me levanto, saio do quarto dele e vou até a cozinha com John ao meu encalço.

— Que proposta Sarah? — me pergunta de novo.

— Como Henry não nasceu nos Estados Unidos segundo as regras da empresa, ele não pode ser chefe a não ser que se ele se case dentro de um mês com uma americana. Então ele me fez a proposta de se casar com ele e eu aceitei.

— Você oque Sarah Carter? — me pergunta e quando ele me chama assim já até sei que ele está bravo.

— Olha eu contei pra ele sobre o câncer e a cirurgia de nosso pai, eu aceitei o acordo e em troca pedi os quinze mil dólares. — digo e ele me olha diminuindo a raiva.

— Sarah tudo oque eu quero é o seu bem e nós dois sabemos a fama que ele tem na cidade. — disse me abraçando e eu retribuo o abraço.

— Eu sei, mas eu aceitei e ele não. — digo e o mesmo desfaz o abraço me olhando sem entender nada.

— Como? 

— Quando ele soube o porque eu pedi quinze mil dólares em troca de me casar com ele, ele disse que não podia se aproveitar de mim nesse momento tão difícil que estamos vivendo, então ele não aceitou que eu me casasse com ele. 

— Ata, menos mal então. Agora ele conseguiu um ponto comigo. — diz sorrindo e eu sorrio também.

Ficamos conversando sobre mais alguns assuntos irrelevantes e voltamos para o nosso quarto.

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