Capítulo 17

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Dois dias se passaram desde que meu pai foi operado, mas ele ainda vai precisar ficar mais alguns dias no hospital. Bom, quarta - feira eu voltei a trabalhar e John também precisou voltar, mas no nosso horário de almoço e depois que saímos do trabalho a gente vai para o hospital para ficar com os nossos pais. Hoje já é sexta - feira e amanhã que é sábado, será o nosso casamento e de verdade, eu estou ansiosa e com medo. 

Antes de sair do meu quarto, me ajoelho e faço uma oração agradecendo a Deus por mais um dia de vida. Me levanto e vou para a cozinha pegar alguma fruta para comer no caminho pro trabalho. John precisou sair mais cedo, então eu terei que um táxi e pedir para ele passar na casa de Mari. 

—  Bom dia Lina. —  diz Mari e eu assim que chegamos na empresa e fomos para a cozinha.

—  Bom dia florzinhas!  —  diz ela sorrindo e damos um abraço coletivo. —  Sara o Henry quer você na sala dele e Mari o Lucas quer falar com você. —  continua Lina.

—  Ai meu Deus oque será que ele quer comigo? —  diz Mari. Nos despedimos uma da outra e fomos para a sala de nossos chefes. 

—  Pois não senhor... digo,  Henry?! —  digo indo em direção a sua mesa após entrar em sua sala.

—  Eu queria conversar com você sobre o nosso casamento. —  diz ele meio desconfortável e com um semblante sério. 

—  A sim claro. —  digo me sentando na cadeira a frente de sua mesa. 

Tô vendo que vai ser a mesma ladainha de sempre, mas é bom, bom não é ótimo, maravilhoso saber que ele se preocupa com o meu ser. 

—  Então eu quero dizer que eu não posso me casar com você. —  diz ele em um fôlego só. Um ponto pra mim.

—  Por que? —  pergunto com a voz mansa.

—  Porque não seria justo eu me casar com você. Eu te respeito muito Sarah e eu não posso fazer isso. —  diz ele se levantando e vindo em minha direção.

— Seria injusto você se casar comigo por eu não ser da mesma classe social que você e por não ser tão atraente quanto as outras mulheres que você já saiu? —  pergunto começando a perder a minha humilde paciência. 

—  O que? Não! Não é nada disso e você é completamente doida em pensar assim. —  diz se agachando em frente a cadeira onde estou sentada. 

—  Se você diz. — digo. 

— E é a verdade. — diz e o olho de canto de olho. 

—  Se você não se casar você não vai mais poder ser o chefe desta empresa. — digo e ele sorri, e eu não entendo o porque do sorriso dele.

—  Olha eu fico muito feliz por você se preocupar e, você está certa, se eu não me casar eu não vou mais poder ser o chefe desta empresa, mas o Lucas vai. —  disse ele.

—  Pera! O que você disse? — pergunto.

—  Lucas é meu irmão, e também é herdeiro desta empresa. Ele é de naturalidade americana, então não teria problema dele tomar posse do cargo. Eu não posso te forçar a se casar comigo, eu não quero que lá na frente você se arrependa. — diz e por impulso acabo batendo na mesa mas não tão forte. 

— Mas que merda Henry, você é surdo ou o quê? —  pergunto irritada me levantando e o mesmo me olha assustado. — Eu não já te falei que eu não aceitei por obrigação? Eu não vou me arrepender dessa escolha que EU fiz. — digo enfatizando a palavra "eu" e apontando para mim mesma. 

A semana inteira foi essa mesma ladainha dele dizendo que não podia aceitar que eu me casasse com ele, porque não queria que eu me arrependesse ou que eu me sentisse obrigada. Eu fico feliz que ele se preocupe comigo, mas de verdade todo esse falatório já estava me dando nos nervos.

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