Lágrimas e Palavras Ditam o Futuro...

19 6 0
                                    

...é muito mais que uma história simples de vingança.

Edward e Anthony trabalhavam muito na fazenda nos dias da semana. O inverno estava chegando e Simon Rock era totalmente composta por fazendas, de onde toda a sustentabilidade vem. Com exceção de Phill que compra os ingredientes para sustentar a lanchonete em Westhill.
Enquanto Edward pulverizava a plantação com o Fazendeiro dos Ares, Anthony ajudava sua mãe na cozinha, uma vez que Rose ainda não estava recuperada. Só faz alguns dias que seu filho morreu e ela ainda insiste em dizer que o vê e que fala com ela. Anthony ainda sente a perda também, por mais que ainda esteja lutando para superar. "Está tudo bem. O assassino foi pego. Não descontei toda minha raiva no desgraçado naquele dia, mas ele está preso. Está tudo acabado agora." Pensava. Mas sempre sentia o vazio que Derek o deixou. Um vazio que nem dez filhos preenchiriam, por mais que os ame, sempre ia sobrar um espacinho ali.

- Não, saia. Deixe meu passarinho em paz. - Dizia Rose.
- Vá falar com ela, meu filho. Talvez ela esteja precisando de você. - Disse. Anthony apenas se virou e foi em direção a Rose.
- Amor ? Sou eu...
- Ahh, eu sempre soube que não era você meu amor. - "Eu não consigo" pensou Anthony. Era duro para ele ver sua esposa daquele jeito, fora de si. Uma loucura estranha que se estabeleceu, tristeza e dor. Uma dor que era sentida em todas as suas versões alternativas se houvesse um multiverso.

- E se o que as pessoas disseram fosse verdade ? Que era tudo minha culpa ? Não consigo olhar pra ela e pensar que eu podia fazer alguma coisa e não fiz. - Diz Anthony para sua mãe depois de se levantar do sofá.
- O que ? Anthony meu filho a culpa não foi sua. Você fez o que pôde.
- Não, mamãe, eu não fiz. Eu não fiz nada na verdade. Se eu tivesse feito meu filho estaria aqui e minha mulher estava sã. Aquele acidente...
- Anthony, já chega! - Sua mãe na tábua de cortar carne com o cabo da faca - O assassino de seu filho está preso e vai passar a vida que lhe resta dentro de uma cela escura e fria enquanto você pode dar a volta por cima assim como você superou aquele acidente.
- Eu pensei que tinha superado.
- Meu pequeno passarinho, você tá aqui ? - Rose se levanta e vai até a porta. - Oh, não. Não voe para perto do fogo, volte. A fumaça pode sufocar você e pode se queimar. - Rose grita na porta. Edward vem subindo com um pouco de tranquilidade.
- Rose, minha querida, com licença. Gente, há um incêndio, vejam. Parece ser no Quarteto. - A fumaça é visível da Fazenda e possivelmente visível de Simon Rock também. - Dá para ver a fumaça daqui.
- Tudo bem, Eddie, entre. Vamos comer.
- Deve está passando no canal de notícias. Esses ratos da mídia são rápidos para transmitirem catástrofes. Lembra de Curadan, querida ? A usina explodiu e meio minuto depois de eu...
- Edward.
- Você ? - Anthony perguntou.
- Olha aí. Como eu havia previsto.

"Estamos transmitindo ao vivo do Quarteto um incêndio em um ônibus penitenciário que transportava treze detentos para a Prisão de Saint Andrion. Jack Banefield, um cidadão de Simon Rock, declarou: - Os presos estão sendo queimados vivos agora. Espero que os bombeiros cheguem a tempo. São pessoas más, mas ainda são pessoas.
Outro cidadão, Kevin Highgreed, foi quem acionou a polícia e os bombeiros, e disse ter visto duas caminhonetes suspeitas indo sem sentido Leste, para Amberton: - Vi duas caminhonetes marrons com as placas retiradas, mas não liguei tanto por causa do incêndio..."

- Ok, Eddie. Desligue isso e venha logo comer, homem.

"...o depoimento deste cidadão nos leva a crer na possibilidade de que houve um fugitivo e que ele não agiu sozinho. É possível ver marcas de pneus dos dois lados do ônibus. Umas em direção a porta e outras, do lado direito, fazendo uma curva antes de chegar ao ônibus..."

- Eu não estou com fome.
- Eu vou lá. - Anthony disse.
- Eu também vou, quero ver esses vagabundos queimando.
- EDWARD! Que coisa! - Elza atira sua toalhinha em Ed - Tá certo, mas tome cuidado.
-Eu vou, meu amor.
-Não estava falando com você, Eddie. - O homem olhou para ela com uma cara de constrangido que não tinha tamanho. Elza se dirige até Anthony - Era com você que eu estava falando, meu ursinho carinhoso.
- Não sou mais um garotinho, mãe. E muito menos gordo. Dá um tempo. - então saiu pela porta da frente sorrindo sem jeito. O bom humor ali era presente, alguma hora teria que estar.
- É ele, meu passarinho. Saia daqui! Vai! vai! vai! - começou Rose.
- Shhh, calma meu amor. Já passou. Venha comer. - Disse Elza tentando acalmar a mulher enquanto via os dois homens de sua vida indo em direção a caminhonete brincando e empurrando um ao outro.

O Assassino: Derek Overwise Onde histórias criam vida. Descubra agora