Reencontro - Parte 1

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Derek acabou de chegar em Whitesnake e já estava com a cabeça voltada para Greengarden novamente. Ele queria conseguir algumas armas o mais rápido possível para ir atrás de seu objetivo. Mas Adam, apesar de ser seu amigo, ainda era um obstáculo. Contudo, era questão de tempo até que ele se juntasse ao Grande Plano que Derek havia articulado e contado para ele.

Mesmo após alguns "nãos", Derek tentou mais uma vez e conseguiu, então, convencer o homem de trinta e cinco anos.

Derek é um homem frio - todos vocês sabem disso - e não liga muito pra o que os outros pensam. Pouco importava pra ele se matar era errado. Para ele, o mundo, fora construído por loucos de todos os níveis: Loucos bons, Loucos malfeitores e os Loucos comuns. Todos eram loucos aos olhos de Derek, mas a loucura - para ele - tinha os seus níveis. Albert Einstein era um louco aos olhos dele. Quem em sã consciência conquistaria o que ele conquistou ? Pensava. Só um louco varrido.
Mas Derek é um tipo de louco que não obedece nenhuma lei. É o tipo de louco que age, de vez em quando, por impulso - "De vez em quando" - do tipo que não liga pro sofrimento das famílias que perderam os seus filhos, netos, sobrinhos ou qualquer outro adolescente que Derek teria matado.
Após muita conversa, eles se levantam da mesa, saem da casa e entram na caminhonete de Adam que estava estacionada numa espécie de celeiro que servia como garagem para o veículo. Já passava das cinco da tarde.

- Hoje você irá conhecer os meus amigos. Talvez eles possam te ajudar com o seu tal "Grande Plano". - Derek ainda não havia contado para Adam que ele é o autor dos crimes bárbaros que trouxe um clima horrível de terror e medo não só para Greengarden, mas para todo o interior do Estado de Alboro.
- Nenhuma gracinha, Adam. Não estou para brincadeiras. - Disse o assassino.
- Fique tranquilo, lá é um lugar legal. Você vai gostar. Garanto.

Alguns minutos depois

Uma garrafa voou pelo bar, passando da mesa de sinuca até atingir a parede. Se Derek andasse mais um pouco, a garrafa o atingiria. É um lugar legal. Lembrou Derek das palavras de Adam. Mais para frente do bar uma briga está acontecendo, não se sabe o motivo mas as palavras "Minha" e "mulher" eram as mais ouvidas por quem estava no bar. Fora o som de uma vitrola que tocava a aclamada música "Ring of Fire" de Johnny Cash, de resto o lugar era uma droga. Derek era um doido varrido, mas não gostava de muita algazarra. E ele já estava ficando nervoso.

- Gente! - Gritou Adam - Este aqui é o meu amigo Derek. Ele é novo por aqui, apesar de ser um antigo morador daqui.
- "A cobra sempre retorna ao ninho" - Disse Bob Dylan, o dono do bar. Primeira coisas: aquele era o bordão dos moradores de Whitesnake e dos Whitesnake Warriors. Segunda coisa: Bob Dylan. A mãe dele amava o cara, por isso, colocou o nome dele em seu filho. - Bem-vindo de volta, Guerreiro. Semper Fi. - Todos repetem "Semper Fi" levantando suas garrafas de cerveja e seus cigarros. Até mesmo os que estavam brigando pararam para a famosa saudação dos Cobras Brancas.
- Vamos, Derek. Sente-se. Beba. Você está em casa. - Derek então se senta devagar olhando ao redor. Uns o encaravam, outros cochichavam e ele pensava que estavam falando dele, por isso cerra o punho direito. Duas coisas poderiam significar: ou ele estava feliz ou estava com raiva. Porém, com certeza ele não estava feliz. Nem um pouco...
- DEREK OVERWISE! Ou melhor dizendo Derek OVERDOSE. Sou eu, Lars. Do colégio Black Mountain. Quanto tempo, cara. - ele toca no ombro de Derek com a mão grudenta de cerveja.
- Eu lembro de você. - Disse ele tirando a mão de cima de seus ombros, ainda olhando para a mesa. - Lembro de todo mundo.
- Hehe, ei galera esse aqui é o Derek Overdose. O desgraçado cheirou tanto pó naquela noite que quase morreu.
- Pare de me chamar assim. Estou avisando, se continuar não vai acabar bem pra você. Por enquanto ainda estou pedindo.
- Ah qual é Derek Overdose, é só uma brincadeira.
- Pare de me chamar assim. - Ele pega uma garrafa e a aperta com força. - Estou avisando.
- Ah, tudo bem. - O homem se vira e vai embora. - Foi bom te ver de novo, Derek Overdo... - A garrafa atinge sua cabeça antes dele completar a frase. - Aí, seu filho da... - Ele coloca a mão na cabeça e sente o sangue escorrer. Ao ver sua mão cheia de sangue ele começa a gargalhar. O que é estranho. O mais estranho é que até mesmo Derek começa a rir. Mas não gargalha. O que será que ele achou engraçado ? O sangue ou a risada escrota do Lars ? Ou era uma risada psicótica ? A última é a mais provável.

O Assassino: Derek Overwise Onde histórias criam vida. Descubra agora