Capítulo 18 - Como é?

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1 semana depois

Acordo com o cheiro do café da manhã vindo da cozinha. Como eu senti falta disso quando ela não estava aqui. Quando você tem apenas um café ruim pela manhã, sua disposição para acordar é pior ainda. O cheiro hipnotizante me tira da cama e me leva até a cozinha, onde vejo minha mãe arrumando a mesa.

- Bom dia, Cat – ela abre um grande sorriso. Nunca vou entender de onde a minha mãe tira tanta felicidade cedo de manhã.

- Bom dia, mãe. O cheiro do café me derrubou da cama. Esse é o melhor despertador do mundo – sorrio de volta para ela e lhe dou um abraço.

- Fico feliz em ajudar – ela responde. Depois da conversa que tivemos, assim que ela descobriu sobre os brincos, nossa relação voltou ao normal. Ela também não tem andado estranha como antes. No fim, talvez foi tudo da minha cabeça.

Tomamos café juntas, ela fala sobre seu trabalho, eu falo sobre a universidade. Aquela conversa normal de um café da manhã. Depois que termino, lhe dou tchau - pois ela já estava arrumada para sair em seguida - e vou direto para o banheiro tomar banho para ir estudar.

Minutos antes de ficar pronta, recebo uma mensagem de Gael no celular. Ele avisa que já está lá embaixo me esperando para irmos juntos. Ele tem me levado para a universidade quase todos os dias, mesmo que ele não necessariamente tenha que estar lá sempre. Acho que isso se deve fato de que esse momento é uma garantia que a gente vai se ver todos os dias. Gael anda muito ocupado, assim como eu, com a aproximação do fim do semestre.

- Oi – eu o cumprimento assim que entro no carro. Hoje ele está usando uma camisa branca e óculos escuros. Meu próprio James Dean.

- Oi, amor – ele se inclina para me beijar. – Como estão as coisas hoje? Você vai estar ocupada à noite?

- Acho que não – respondo.

- Então você está formalmente convidada para ir jantar comigo hoje naquele restaurante novo de comida italiana – ele me convida com aquele sorriso estampado no rosto que me impede de responder qualquer outra coisa além de "sim".

- Então eu formalmente digo sim.

Gael me deixa no campus e me dirijo até minha sala. Encontro Gabi já sentada no seu lugar e tomo a cadeira ao seu lado.

- Não acredito que eu cheguei na hora para essa aula – Gabi reclama assim que eu me sento.

- Eu adoro seu mal humor toda manhã. Faz com que eu me sinto melhor – digo.

- Por que assim você não é a única ranzinza? – ela questiona.

- Exatamente.

Paramos de conversar quando o professor entra na sala. A aula passa se arrastando, me vejo implorando para que o final chegue logo. O que só vem depois de 84 anos cravados.

- É isso pessoal, se alguém tiver alguma dúvida sobre o trabalho, pode falar comigo. Até a próxima – o professor finalmente finaliza os horários do dia.

- Eu estava prestes a ficar de joelhos e implorar pela piedade do Senhor – Gabi brinca quando saímos.

- Eu acho que Ele viu nosso sofrimento e se adiantou – respondo sorrindo.

- Vamos sair para almoçar? Preciso te falar uma coisa.

- Essa frase sempre me dá arrepios, o que você aprontou, Gabriela?

- Cat, você sabe que eu não procuro problemas, eles que acabam me achando.

- Eles têm um ótimo senso de localização, então.

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