1.16; blue and green with a little tint of pink

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Louis' POV

Casa.

É estranho quantas definições diferentes uma palavra pode ter.

Eu acabei de me despedir da minha casa e família, mas quando o trem parar, eu estarei em casa de novo, apenas numa diferente.

O sol esconde-se por detrás das árvores balançantes, claramente fugindo da lua que abre caminho ao longe. Que tipo de relação estranha a sua. Tipo a minha e de Harry. Nós somos uma versão alternativa do sol e da lua.

A paisagem em movimento para de forma súbita, antes de um homem com voz abafada anunciar que chegámos ao nosso destino.

Agarro na sacola de prendas já abertas — Um casaco vintage da Adidas, de Lottie; um livro que me roubará cinquenta anos de vida sobre a vida de Nijinky, de Fizzy e um vinil de The Neighbourhood, da minha mãe, e eu agradeço a atenção que mamãe consegue dar a todos os filhos, porque é difícil se lembrar de todas as bandas que eu gosto minimamente. As gêmeas insistiram que um abraço seu era melhor do que qualquer bem material — e desvio-me de todos os corpos apressados e desorientados para encontrar as suas famílias neste feriado com agilidade.

Tomo mais cuidado com o presente de Harry, que se encontra no topo de todos os outros. Quando desembrulhei a câmera Polaroid em frente às minhas irmãs, escusado será dizer que os gritos foram infernais. Especialmente quando me obrigaram a ler o bilhete que o acompanhava — Vi você olhando para a minha na estante e pensei que seria o presente ideal. Memórias e fotografias digitais podem ser apagadas, mas polaroids não. Todo o amor, h. xxx — em voz alta.

Assim que desço na plataforma e entro em contato com o vento gélido que me arrepia até aos ossos, enfrento a missão de encontrar o meu grupo de amigos na multidão, o que deve ser fácil. Quer dizer Gigi tem dois metros, Zayn está onde a multidão de garotas esiver e Eleanor ama chamar a atenção. O quão difícil pode ser?

No fundo escuro da estação, um grupo de jovens mantêm-se entretidos pelos seus celulares, costas contra a parede de tijolos. Caminho até eles fazendo o mínimo de barulho possível.

— Será que vocês viram uma loira mandona, um garoto de eyeliner, uma garota dramática e um cara que parece um urso por aqui? — Questiono assim que perto o suficiente para tal. As suas cabeças sobem rápido, quase causando uma lesão nos seus pescoços.

— Lou!

— Caralho, ainda agora chegou e já falou merda. Mas Louis!

— Tommo, feliz aniversário!

— Enfia o mandona no cu!

Os quatro emaranham pelo meu corpo a cima, me prendendo num abraço de grupo apertado.

— Vá chega de abraços que a gente tem uma boate gay para ir. Vamos! — Eleanor apressa, praticamente nos empurrando para fora da estação. É tradição irmos a uma boate gay no meu aniversário com todos os membros da companhia, mesmo se a maior parte são heterossexuais sem graça.

Adentramos o carro preto de Zayn, que Gigi lhe ofereceu há uns bons anos atrás, e eu tomo o banco do meio — sim, por ser mais pequeno — enquanto Eleanor e Liam me cercam. Zayn faz-se à estrada, e todos embarcam numa conversa sobre as expectativas desta noite.

— Sim, mas primeiro vamos a casa do Lou. Ele precisa trocar de roupa. — Gigi traça um itinerário ao que todos concordam. Menos eu.

— Hey, o que tem a minha roupa? — Pergunto indignado, olhando em volta para as suas roupas justas e maquilhagens nos seus rostos.

— Não me leve a mal, essa... suéter felpuda parece ser confortável, mas nós vamos para uma boate, por amor de deus! — Eleanor suporta a amiga, ao que Zayn e Liam se limitam a concordar com a cabeça. Suspiro levemente ao revirar os olhos.

melodrama; l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora