capιтυlo doze.

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No exato momento em que me virei para olhar o que tanto os três estavam olhando com sorrisos no rosto, senti meu cérebro explodir. Um calafrio percorreu meu corpo e logo, o coração acelerado pareceu querer quebrar por inteiro.

O que ela estava fazendo aqui?

— Mãe, essa é a... — Taeil se levantou, foi ate a garota, ficando ao seu lado e lhe olhou com aquele sorriso enorme nos lábios. — Jisoo.

— Jisoo. — Falei em sintonia.

— Oi... — A garota falou com o semblante nervoso. Suas bochechas estavam rosadas e não tirava os olhos de mim.

— Bom, nem preciso apresentar vocês duas, não é? Já se conhecem há muito tempo, então-

— Por quê? — Perguntei incrédula, enquanto fitava a cara de sonsa que Jisoo fazia.

— Eu ia te avisar... Ate liguei para você, mas você não me atendeu. Me desc-

— Como você tem coragem de vir aqui depois de tudo que me falou? De tudo que me chamou? Como você... — Olhei para os dois. — Por que fez isso?

— Me desculpa... Podemos falar sobre isso outra hora? — Jisoo encarou brevemente o chão, percebi suas bochechas vermelhas, deveria estar envergonhada.

Taeil franziu o cenho confuso e olhou para Jisoo, um tanto curioso. Papai e Susan apenas nos olhavam de relance, confusos e curiosos ao mesmo tempo.

Dei de ombros e coloquei um pouco de kimbap e arroz em meu prato. Papai fez o mesmo, tentando ignorar o clima pesado que havia ficado.

Susan pigarreou.

— Então, Jisoo... Você trabalha com o que?

— Oh, sou modelo e nos tempos vagos, trabalho com marketing. Tenho uma loja de roupas também. — Falou enquanto pegava a tigela de bulgogi das mãos de Taeil e colocava em seu prato.

Estiquei meus hashi em direção a grelha que continha o delicioso Galbi que papai fazia e peguei um pedaço, levando de imediato até a boca. Suspirei.

— Que incrível! — Susan sorriu — Aonde fica sua loja? Passarei mais tarde lá para dar uma olhada, se permitir.

— Vai ser um grande prazer! Quando a senhora tiver tempo, é só ir. Irei atende-la com bom gosto. E caso não estiver, é só falar com Mikasa, ela é meu braço direito.

Senti meu estômago revirar.

— Ira gostar das roupas, mamãe. Jisoo tem ótimo gosto! — Taeil falou com um sorriso nos lábios e um brilho nos olhos.

Jisoo sorria como se nada estivesse acontecendo. Como se eu não estivesse ali. Como se tudo o que ela fez, tivesse desaparecido. Como se estivesse tudo bem, ela estar com Taeil.

— Eu costumava ser seu braço direito. — Sussurrei.

Jisoo virou seu rosto em minha direção e fechou seu semblante. Taeil e Susan fingiram não ouvir, para não acabar em discussão.

— Ouvi dizer que abriu um pub novo aqui perto, vocês viram? — Papai perguntou aleatoriamente.

— Não vou na concorrência.

— Não é concorrência, Susan. É novidade.

— É óbvio que é concorrência.

— Sua cafeteria não é um pub. — Papai revirou os olhos.

De novo isso!

— Fica aberta até tarde, ok?! Vendemos bebidas alcoólicas, então, é concorrência.

Como sempre: Susan e papai brigando por conta dessa cafeteria maldita.

Taeil deu uma risada. Jisoo pareceu confusa, mas acabou por rir desajeitadamente.

— Sabia que Jennie trabalha comigo? É uma ótima funcionaria.

— Ahn... Sim, sabia sim.

— Poderia trabalhar na sua loja também, o que acha? O turno dela termina cedo, poderia te ajudar.

— E quem disse que eu quero ajuda-la? — Ergui a sobrancelha.

Meu pai lançou um olhar intimidador em minha direção, apenas dei de ombros.

— Jennie! — Taeil me repreendeu.

Meu sangue ferveu.

— Ta tudo bem. Seria um prazer ter Jennie comigo, mas creio, que já tenhamos bastante funcionários no momento. — Deu um sorriso forçado.

— Ainda fala com Taehyung?

Jisoo franziu o cenho e suspirou.

— Raramente.

— Vocês se conhecem? Por que você conhece Taehyung?

— Somos amigos de infância. Nos conhecemos na escola. — Jisoo falou com a voz um tanto trêmula.

— Ele já sabia?

Jisoo negou.

— Não contei a ele. Como disse: falo raramente com ele. Sei que se falasse para Taehyung, ele falaria para voce.

— Você não sabe de nada.

Papai soltou os hashi na mesa.

— Já chega, Jennie. Resolvam as diferenças de vocês depois, eu quero almoçar em paz.

Arregalei meus olhos ironicamente e joguei os hashi no prato, em seguida levantei minhas mãos na altura dos ombros, como se me rendesse e dei um sorriso forçado.

— Ótimo, pois eu estava pensando a mesma coisa. Tchau.

Me levantei da cadeira um tanto zonza, com tudo o que havia acontecido, acabou me deixando atordoada. Era informação demais para processar.

Oras, minha cabeça não era um processador I9 da 8° geração para processar e absorver tantas informações tudo de uma vez só.

Chutava alguns pedregulhos que apareciam pelo caminho, enquanto caminhava naquela vasta e isolada rua. Com as mãos dentro dos bolsos do casaco, comecei a contar até cinco, tentando manter a calma naquele dia tão nublado e chuvoso. Enquanto tentava tranquilizar minha respiração, vi algo que me deixou mais atordoada ainda. A respiração pesou novamente e antes dedos que contavam de cinco em cinco, se espremiam dentro da pequena palma da mão que possuía, imitando o movimento certo de quando alguem vai para dar um soco em outra pessoa.

Peguei rapidamente meu celular, indo até a conversa de Taehyung e digitar de forma confusa, algumas palavras ainda mais confusa. Mas, Taehyung não iria ver agora.

Taehyung estava a apenas alguns dois ou três metros de distancia de mim. Com Jungkook, o garoto que havia conhecido na cafeteria meses atrás, quando ainda não havia conhecido Yoongi.

E é claro, com Yoongi.

Liguei para Taehyung, um tanto incerta do que estava fazendo. As mãos trêmulas que segurava o celular próximo aos meus tímpanos, pareciam querer falhar a qualquer momento. Minhas pernas pareciam bambus em vendaval.

Porém, quem se importa?

Precisava de respostas!

→🍥←

Oioi, tudo bem com vocês?

Venham aqui, sentam-se comigo e me contem: vocês estão gostando da fanfic? Quero sinceridade! Gostam mesmo do rumo que a fanfic esta levando?

Me contem, é importante saber o que vocês acham.

E: desculpem a demora.

Ate logo!

 "Jennie Is Calling" [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora