Capítulo 11

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Depois de uma noite de Natal animada acordamos cedo no dia de Natal. Levanto-me e vou tomar um duche. Enquanto lavo o meu cabelo a porta do duche abre e o Rui entra.

- Queres companhia Princesa?

Tomamos o duche com direito a muitas caricias. Logo que terminamos oiço bater á porta e eu vou abrir, é a Stelle.

- Bom dia filha...

- Bom dia Stelle. Porque bateste?

- Não queria interromper nada. - diz a rir. Só mesmo a Stelle para me dizer algo e me envergonhar logo de manhã. 

Acordamos as crianças, damos-lhes banho e tomamos todos o pequeno almoço. Ás 9 horas saimos de casa em direcção a Genebra para apanharmos o avião, seguimos nos 2 carros, o Rui com a Stelle e os Gémeos no carro do Rui e eu com a Mia e a bagagem no meu. Fazer o Check-in com 3 crianças tão pequenas e as malas não é fácil, eu levo o carrinho com os gémeos e a mala do Rui, a Stelle leva o carrinho com a Mia e a sua mala, o Rui leva a minha mala dos gémeos e a minha e da Mia. Depois do check-in feito e no portão de embarque nós 6 somos os primeiros a entrar no avião. Por sorte lembrei-me e quando comprei os bilhetes aluguei também um carro de 7 lugares que estará á nossa espera no aeroporto de Lisboa. Depois de acomodar as crianças e de nos acomodarmos podemos relaxar um pouco. A Mia vai comigo, o Diogo com a Stelle e a Maria com o Rui. Descolamos e as crianças adormecem e nós podemos descontrair. A Stelle adormece também, O Rui olha para mim e pergunta.

- Como te estás a sentir  ao voltar a casa?

- Estranha. Já me tinha acostumado a estar na clandestinidade, depois de tudo o que me aconteceu. Mas é sempre bom voltar a casa. E tu? 

- Na boa, não me faz diferença. E o que pensas fazer?

- Se o Dr Francisco aceitar a responsabilidade, fica com o filho dele, o Rodrigo á frente da empresa. Só não a vendo pois o meu pai vivia para aquela empresa, apesar de saber que eu nunca iria ficar á frente dela. Vamos ver... Mas não tenho intenção de sair da Suiça, foi lá que fui bem acolhida para além de amar o que faço na Rega, mais ainda do que quando trabalhava no Santa Maria.

Depois da nossa conversa o Rui uniu as nossas mãos e adormecemos com os nossos meninos. Acordo com a voz do comandante a informar que vamos aterrar. Acordo o Rui e a Stelle e assim que aterramos esperamos os passageiros sairem para então sairmos nós com os meninos. Quando estamos a sair na porta das chegadas vejo o Dr Francisco e a D. Clotilde á nossa espera e dirijo-me a eles. A D. Clotilde abraça-me e choramos enquanto o Francisco se apresenta ao Rui e á Stelle. Depois de todos apresentados e cumprimentados eu dirijo-me á empresa de aluguer para apanhar o carro. Depois da burocracia tratada o Rui vai buscar o carro ao parque e apanha-nos na entrada e seguimos para Cascais. Assim que o carro entra no condominio é inevitável que as lágrimas caiam, a ultima vez que vi a minha casa foi na noite que fugi daqui, depois do Pedro me ter agredido e violentado. Assim que chegamos perto do portão o Francisco abre-o com o comando e entra com o carro no acesso á casa, seguido pelo Rui com o nosso carro.

- Filha, tens de ter força.- diz a Stelle.- Esquece as coisas ruins, lembra apenas as coisas boas que passaste aqui com os teus pais. Se não o fizeres aquele monstro vai ganhar.

Penso no que ela acabou de dizer e sei que ela tem razão. Olho para a minha casa como se estivesse a chegar apenas e tento isolar as imagens que me vêm do Pedro.

 Olho para a minha casa como se estivesse a chegar apenas e tento isolar as imagens que me vêm do Pedro

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