Capítulo 12

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Acordo cedo e levanto-me, coloco a banheira a encher, sais e entro naquela agua espectacular, fecho os olhos e deixo me relaxar... Sinto a água mexer e abro os olhos, o Rui está ali ao lado, eu chego me á frente e ele senta se atras de mim, abraçando me.

- Dormiste bem princesa?

- Sim, e tu meu bem?

- Contigo durmo sempre bem.- diz e beija-me a nuca.

Depois de um banho tão relaxante vamos apanhar as crianças, damos-lhes um banho e descemos. A Stelle está na cozinha com a Catarina, estão as 2 em amena cavaqueira.  Depois de tomarmos o pequeno almoço seguimos os 2 para Sintra, onde fica a empresa do meu pai. Assim que lá chegámos seguimos para a sala do meu pai, o Francisco e o Rodrigo já lá estão bem como a D. Lucilia, a antiga secretária do meu pai e que também ela tinha sido despedida pelo Pedro. A que o Pedro contratou fugiu quando se soube da morte dele. Assim que entramos a D. Lucilia, uma senhora com 50 e poucos anos, viuva,  levantou-se e correu a abraçar-me enquanto chorava.

- Menina Rita, - diz entre soluços- quantas saudades. Pensei que nunca mais a veria por causa daquele maldito. - Depois de lhe apresentar o Rui sentá-mos todos e o Francisco começou a falar.

- Então Rita, chamei também a Lucilia pois ela conhece esta empresa, fornecedores, tudo, tão bem como o teu pai conhecia pois ela estava com ele desde o inicio. Quando ela foi afastada pelo Pedro eu fiz questão de ir buscá-la para o meu escritório e foi ela que me ajudou para que a empresa não caisse neste tempo todo. Para além disso conseguimos arranjar maneira do irmão da Lucinda começar aqui a trabalhar e foi-nos ajudando.- Passa-me então uma pasta para as mãos.- Aqui tens os relatórios detalhados da conta para onde ele retirou o dinheiro, saldos, movimentos. Tens também relatórios de actividade, dos empreendimentos que estão em andamento e dos que aguardam luz verde para avançar. Para além disso acho que era bom amanhã terça feira marcarmos uma reunião com todos os funcionários aqui na empresa á tarde, antes deles sairem. Saem mais cedo das obras e reunimos aqui. Acho que deviamos reunir com os engenheiros primeiro, depois os encarregados a seguir ao almoço e por fim então os trabalhadores, que dizem? Quando voltas á Suiça Rita?

- Vamos no Sábado de manhã, o voo sai as 08:35. Segunda eu e o Rui começamos a trabalhar ás 8 da manhã.

- Trabalham juntos?- Pergunta a Lucilia e o Rui responde. 

- Sim, a Rita já lá trabalha, eu começo Segunda.

- Então também é médico Rui?- pergunta ela

- Não, eu sou piloto. Estive nas lajes como piloto recuperador e depois estive na PJ. Na Suiça estive na Polícia atá ao mês passado e vou voltar agora para os Helicópteros.

- E vão trabalhar os 2 juntos?

- Não, o chefe prefere que fiquemos em helis diferentes por causa das crianças...- E assim continuou a conversa deles enquanto eu olhava os papéis á minha frente. Passado algum tempo falei então.

- Francisco, quanto é necessário transferir para a conta da empresa, do dinheiro que está na Suiça e que o Pedro roubou? Por mim posso apenas alterar a titularidade ou então fazer a transferência do valor total...

- Não é necessário. . Na conta da empresa temos perto de 3 milhões, estamos á vontade. O dinheiro que lá está é teu. Para além de que ainda tens a conta corrente dos teus pais que tem 68 000€ e a conta a prazo deles com perto de 600 000€. 

- A unica vida que eu quero é voltar para o meu trabalho, a minha casa e a minha vida na Suiça. Eu nunca precisei de luxos para viver e não será agora. Por isso mesmo vou fazer uma coisa, vou investir 3 milhões, 1 milhão por cada uma das crianças e eles entram como sócios. A gestão será feita pelo Rodrigo como Administrador da empresa e será assessorado pelo Francisco e pela Lucinda. Gostaria ainda de passar 10% da empresa para si Francisco e 5% para o Rodrigo e 5% para a Lucilia. Ficarão assim 20% divididos por vocês 3, 10 % para cada criança, 40% para mim e 10% para o Rui, sendo que ninguém pode vender a não ser a outro sócio. Como temos parte do dinheiro na Suiça podemos abrir uma filial lá e eu e o Rui, se ele aceitar, podemos administrar as coisas lá.  O que dizem?- digo tudo num só fôlego para não me arrepender... De repente o Francisco começa a rir, quer dizer, a gargalhar e todos olhamos para ele.

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