Capítulo 13

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Assim que entramos no escritório o Francisco pede-nos para nos sentar-mos todos e começa a contar o que realmente aconteceu á uns anos atrás.

- Então Rita, quando a casa foi construída, o teu pai por precaução pediu para ser construida esta parte á parte. Esta parte não está especificada nas plantas pois na altura o teu pai já era um empresário conhecido e então pediu ao Josué que foi nosso colega de faculdade para cá passar e ver o que dava para fazer sem causar muito alarido. Sabes que os funcionários que trabalharam nesta casa foram todos seleccionados e apenas 2 tinham autorização para trabalhar nesta zona da casa, foi feito um acordo com eles e aumentado os seus salários para isto ser feito sem ninguém perceber e foi construído fora de horas. O Pedro sabia que eles estavam a fazer alguma coisa para o teu pai mas nunca conseguiu saber o quê, eles foram orientados pelo Josué e ninguém tinha autorização para se aproximar. O teu pai dizia que queria fazer um escritório especial e que quem sabe pudesse vir a ser um consultório. Isto foi pensado desde o primeiro momento, tanto que todos os que aqui trabalharam pensam que debaixo da casa está tudo cheio de betão, e na maioria realmente está, para disfarçar. Quando o escritório ficou completo o Josué concluiu a parte de segurança com códigos, só implantou a digital quando houve o acidente na obra de Algés e morreram 2 funcionários. - Uma idéia passa-me pela cabeça e interrompo-o.

- Esses 2 funcionários por acaso foram os que construiram esta parte, ou estou enganada?

- Estás certa. Quando o teu pai soube do acidente e da morte deles entrou em contacto comigo e com o Josué e falou com as famílias dos homens, soube que eles andavam a ser pressionados mas eles nem ás suas famílias tinham contado o que tinha sido feito aqui, e quando uns dias depois do funeral tentaram raptar o filho de um deles o teu pai arranjou-lhes casa e emprego em sitios bastante longe, deu-lhes muito dinheiro e eles desapareceram para sua própria segurança. Com todos esses acontecimentos ele remodelou com o Josué a sala de pânico e implementou-lhe a segurança. Ao manter te aqui em casa o Pedro esperava que tu fugisses para a sala e ele assim iria descobri-la, só não sabia que tu não tinhas conhecimento dela. Nessa altura já a PJ andava a investigar o Pedro, ele ainda tentou encontrar uns documentos que o incriminavam mas o teu pai já os tinha guardado aqui. Todos os papéis que o teu pai guardava no cofre do escritório vieram para este da cave e o Josué colocou um aparelho que neutraliza qualquer câmara ou escuta aqui. Assim que os teus pais morreram o Pedro encontrou o aparelho e desapareceu com ele. Só não contou que não soubesses desta sala. Nestes sacos selados tem dinheiro e eu vou passar a noite a analisar estes papéis para não haver surpresas amanhã na reunião. Alguma novidade eu informo-te antes da reunião, o que dizes?

- Claro. Os papéis da nova sociedade estão prontos. Vamos assinar todos enquanto eu ligo ao meu colega do notário para os vir reconhecer. - Ele faz a ligação enquanto todos nós assinamos os papéis e passado uns minutos um homem entra ali, faz o reconhecimento, passa-nos as certidões e está tudo tratado. Saímos do escritório e vamos jantar. Depois do jantar e de conversa e muitas gargalhadas, excepto para mim pois algumas das gargalhadas eram sobre coisas que eu aprontava, fomos deitar. 

No outro dia acordámos cedo e ás 07 horas eu e o Rui entrávamos na empresa. A Lucilia, o Francisco e o Rodrigo entraram logo de seguida e encontraram-nos na sala da presidência. O Francisco mostrou-nos alguns papéis e decidimos que havia mudanças a fazer, alguns ali tinham sido leais ao Pedro e acabaram por ser demitidos, assim como algumas pessoas que se mostraram contra a nova gerência acabaram por se demitir. O Francisco irá assumir o lugar de Presidente da empresa. O Rodrigo assumirá a Vice-Presidência.  O irmão da Lucilia, Ricardo,  engenheiro civil, a trabalhar aqui disfarçado ficará responsável por toda a secção de arquitectura e construção. Ele ainda nos recomendou um colega dele que irá connosco para a Suiça e assumirá lá o mesmo posto. A Lucilia irá também connosco para a Suiça para assumir a Vice-Presidência e ficará connosco. Depois de falar com a Stelle sobre tudo isto decidimos que eu irei subir para casa do Rui com a Mia e a Lucília ficará na minha casa que como tem 2 quartos, irá dividir temporariamente a casa com o Engenheiro Roberto, se ele aceitar a nossa proposta, claro. Depois de vir falar connosco, assinou contracto e como é divorciado e não tem filhos nem, segundo ele, nada que o prenda a Portugal, viajará connosco sábado. A Lucilia é viúva, então tal como o Roberto prefere viajar já connosco. Passámos o resto de Quarta e a Quinta enfiados na empresa, até porque eu e o Rui precisávamos de nos inteirar de tudo para que as coisas funcionassem quando abrissemos a filial na Suiça.

A sexta feira veio com sol, apesar do frio. Decidimos ir passear hoje, irmos até Carcavelos ou ao Tamariz. Acabámos por dar uma volta pela costa até á Ericeira onde acabámos por almoçar. Na volta passámos por Mafra e seguimos em direcção a Sintra, comemos uns travesseiros e quando chegámos a casa a noite tinha acabado de cair. Fui com o Rui comprar jantar enquanto a Catarina e a Stelle davam uma sopa e banho ás crianças. Jantámos um arroz de marisco acompanhado de um vinho branco bem fresco e no fim de deixarmos tudo arrumado fomos dormir. 

Ás 5 horas o meu despertador tocou e acordei o Rui, tomámos um duche e depois de fecharmos as malas fomos acordar as crianças. Enquanto o Rui lhes deu banho eu fechei a mala deles e desci as nossas malas. A Catarina e a Stelle já tinham preparado o pequeno almoço, depois a Catarina passa por aqui para arrumar as coisas e ás 6 e meia chegámos ao aeroporto. Já todos estavam á nossa espera, o Rodrigo, o Francisco, a D Clotilde, a Lucilia, o Roberto e o Ricardo. Depois de entregar o carro e despachar a bagagem fomos beber um café e por fim despedimo-nos. Eu e a Catarina foi aquela choradeira, mas agora não precisamos ter medo e poderemos nos ver quando quisermos. Levantámos voo ás 9 horas e chegamos a Genebra ao meio dia e meia, hora Suiça. Voltámos na mesma ordem que viemos, o Rui com os gémeos e a Stelle, eu com a Mia e agora com a Lucília e o Roberto. Parámos para almoçar e chegámos a casa perto das 6 da tarde, a Stelle ficou com as crianças e a fazer o jantar. Acabámos por pensar em mudar-mos as coisas dele para a minha casa pois já estamos mais acostumados á minha casa. Com a ajuda da Lucília e do Roberto temos tudo pronto em menos de 2 horas. Jantámos na minha casa e falámos sobre algumas ideias para a criação da filial. Combinámos amanhã les mostrar-mos as redondezas e fomos deitar. Já deitados o Rui puxou-me para o seu peito.

- Tens mesmo a certeza disto Rita?

- Sim Rui. É o melhor a fazer. 

- Agora minha Rita, sabes o que é mesmo certo a fazer?

Vira-me então ficando com metade do seu corpo em cima do meu. Coloca uma mão na minha cara olhando nos meus olhos. Sinto os seus lábios encostar nos meus, primeiro muito leves, ganhando força e pressão conforme ele vai aprofundando o beijo. A sua mão passeia agora pelo meu corpo, apertando os meus seios, descendo depois á minha intimidade onde os seus dedos brincam, deixando-me completamente molhada e a desejar mais, retiro a minha tshirt e logo depois a sua, ele retira a nossa roupa intima , leva os seus lábios pelo mesmo caminho que levou a mão, mordisca os meus mamilos enquanto a sua mão continua a doce tortura na minha intimidade. Logo substitui os seus dedos pela lingua fazendo o meu corpo soltar descargas elétricas e eu perco o meu controle e entrego-me a este prazer tão forte. Logo o sinto penetrar-me e sinto o meu corpo convulsivar novamente de prazer. Logo depois de ele ter o seu prazer e me fazer ter o meu novamente ele mantem-se sobre mim enquanto me dá pequenos beijos pelo rosto.

- Amo-te muito Rita, nunca senti por ninguém o que sinto por ti.

- Eu também te amo muito.- respondo

- Será cedo demais para te pedir para seres minha mulher?

- Mas eu já sou tua Rui, ainda não tinhas percebido?

- Já... Casa comigo, casas?

- Tens a certeza disso Rui?

- Nunca tive tanta certeza nem nunca quis tanto algo como isso... E então, que me dizes? Casas comigo?

- Sim, caso contigo.- digo. 

E avançamos para o segundo round, adormecendo já de madrugada, exaustos. 

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