Capítulo 6

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Emma

Passaram-se três dias desde a última vez que falei com Theo. Após a informação de que iria embora Theo não entrou mais em contato.

Aquilo certamente estava me deixando bastante aflita e preocupada. Já tivemos outras discussões bobas, mas nenhuma delas Theo passou tanto tempo sem ao menos dá um rápido telefonema.

Era muito egoísmo deixar Theo fora dos meus planos, sendo que sempre estive presente nos dele.

— Emma, você já está pronta?

Mamãe falou adentrando no quarto.

— Estou! Mais antes preciso falar com Theo. Ele já deu alguma notícia?

Perguntei-lhe com aflição.

— Ele deve está muito magoado. Talvez só está botando a cabeça no lugar.

Mamãe informou.

— Você tem razão! Jamais imaginei que Theo seria tão afetado com minha mudança.

Senti meus olhos encheram de lágrimas.

— Não fique assim querida. Você sabe que ele sempre foi muito apegado a você e não estava preparado para digerir essa informação.

Não teria como reagir de outra forma.

— Vou ligar para ele.

Falei firme, limpando uma lágrima solitária.

Peguei o celular que estava acima do criado mudo e procurei na lista de contato o nome Theo, e apareceu nada mais que um unicórnio, aonde deveria está uma foto dele. Sorri com aquela imagem. Obviamente ele era único.

As ligações estavam caindo apenas na caixa postal, algo que era muito estranho, tentei diversas vezes e a voz do outro lado da linha apenas repetia a mesma coisa.

Minha cabeça doeu com a certeza de que algo havia acontecido. Então resolvi ligar para a casa de seus pais. O telefone apenas chamava e ninguém atendia.

Algo estava acontecendo. E se Theo não estivesse bem, eu jamais me perdoaria por isso.

— Conseguiu falar com ele Emma?

Mamãe perguntou entrando no quarto novamente, mas dessa vez trazia consigo uma bandeja com o café da manhã.

— Eu não tô conseguindo! Está dando caixa postal. Você acha que algo grave possa ter acontecido?

Perguntei-lhe com certo receio de sua resposta.

— Não pense em algo do tipo, o celular deve está apenas desligado. Faltam apenas algumas horas para o seu vôo partir.

Mamãe me alertou.

— Enquanto eu não falar com Theo, não irei a lugar algum! Preciso ter a certeza de que ele está bem.

Minha voz saiu como um sussurro.

— Você precisa se alimentar. Assim que termina levarei você até a casa dos pais de Theo.

O nó que havia se formado em minha garganta impossibilita qualquer alimento descer.

— Não. Precisamos ir agora mesmo.

Peguei apenas o celular, colocando-o no bolso da calça e desci as escadas o mais rápido que poderia. Mamãe descia logo atrás.

— Vá com calma Emma! Você tem que chegar viva.

Mamãe me repreendeu e isso fez com que eu apenas acelerasse mais os passos.

Dentro do carro minhas mãos trêmulas dificultavam que eu colocasse o cinto de segurança.

Mais que merda estava acontecendo.

Você precisa se acalmar, não deve ter acontecido nada demais, você está apenas criando paranóias em sua cabeça.

Mamãe dizia as palavras em um tom calmo e suave.

— Eu sinto que não está nada bem. Eu sei que algo aconteceu e tudo por culpa minha, culpa do meu egoísmo.

Mamãe apenas me encarou e não disse mais nada, apenas deu partida no carro. Conforme íamos se aproximando da casa dos pais do Theo meu coração acelerava descontrolado. O carro havia parado a alguns metros de distância e o silêncio apenas pairava no ar, o único som que podia ser ouvido era o som de nossas respiração.

— Você quer que eu te acompanhe até lá?

Mamãe perguntou quebrando o silêncio.

— Tudo bem, eu posso fazer isso sozinha.

Desci do carro e caminhei vagarosamente até a varanda da casa, no canto da parede havia algumas plantas mortas, que deveriam ter morrido por falta de água. A pintura da casa era velha e tinha algumas partes descascadas. Me perguntei se era ali mesmo que Theo morava.

Havia anos que eu não vinha na casa do Theo, ele não me permitia! Dizia que a casa não tinha uma aparência boa, e que eu não iria gostar do que ia encontrar do lado de dentro. Nunca o questionei por isso, apenas atendi ao seu pedido, afinal de contas Theo passava boa parte do seu tempo na casa dos meus pais.

Hesitei alguns segundos antes de bater na porta. Dei mais algumas batidas e escutei alguns passos antes da porta ser aberta.

E lá estava uma figura feminina me encarando. Era a mãe do Theo, seus olhos azuis e cabelos louros a denunciou. A mulher tinha uma aparência cansada, e grandes marcas roxas ao redor dos olhos, algumas marcas roxas em um dos seus braços informava que ela havia sofrido algum tipo de agressão, e teria sido recente.

— Olá, o que você deseja?

A mulher perguntou com certa curiosidade.

— Gostaria de falar com o Theo, tentei ligar diversas vezes mais ele não atende então pensei...

Fui interrompida.

— Pensou errado!

Uma figura masculina havia aparecido, empurrando a mulher para atrás de si e escancarado a porta. Mesmo com os cabelos grandes e a barba por fazer reconheci Henryk.

— Boa tarde senhor Henryk. Por favor você poderia dá notícias sobre o Theo? É que... preciso muito falar com ele.

Tentei soar calma, mais minha voz trêmula denunciava meu nervosismo.

— Chegou tarde demais princesa. Coloquei aquela aberração no olho da rua.

Meu coração batia forte, e comecei a soar frio.

— V- você, não pode. Ele é seu filho.

Tentei argumentar

— Olha aqui garota, essa casa é minha, e sou eu quem decide, sobre quem fica ou não.

Henryk me respondeu rudemente, e logo em seguida me deu às costas.

— A única aberração aqui é você seu mosntro!

Disse sentido uma enxurrada de lágrimas banharem o meu rosto. E Henryk apenas olhou para trás e deu um sorriso encardido.

— Me desculpa, eu sinto muito! não pude fazer nada! Ele...ele.

A mãe de Theo tentou se explicar com uma expressão triste. Mas foi puxada para dentro com brutalidade.

Caminhei até o carro com o coração na mão.

— O que aconteceu Emma? Por que está assim?

Apenas permanecia em silêncio.

— Vamos Emma diga alguma coisa.

— E- ele está na rua, ele foi expulso de casa e eu não estava lá para lhe amparar.

Mas que tipo de pais eram aqueles? Tiveram a coragem de expulsar seu próprio filho de casa, pelo fato dele ser gay.

Hello pessoinhas lindas do meu Tum Tum. ❤❤
Espero que estejam gostando dessa história, não esqueçam de deixar seus votinhos e comentários isso me incentiva muito.

Dias de postagens toda terça e sexta. 😉

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