Capítulo 38

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Emma

É inacreditável a sensação de ter um pequeno ser humano crescendo dentro de você. A cada chute meus olhos transbordam em lágrimas. Essa sem sombras de dúvidas deve ser a melhor sensação do mundo. Saber que daqui uns meses terei minha bebê em meus braços me de alegria e também de medo. Tudo isso para mim, ainda é surreal.

Estou parada em um ponto de ônibus, pretende ir a casa de Adam! São sete da noite. Não vai demorar muito até que meu ônibus chegue. Theo odeia que eu saia durante à noite. Mas já não aguento ficar dentro daquele minúsculo apartamento, não que eu não goste do meu lar, ele é aconchegante. Mas precisava urgentemente sair.

O ônibus chega então adentro. Comprimento alguns passageiros e sento-me sozinha em um dos bancos. Hope começa a se mecher incansavelmente, toco em minha barriga e seus chutes não cessam.
Theo sempre fala que Hope será uma menina agitada e que irá esse portar como ele. Deus queira que não.

Estamos andando à alguns quarteirões, o ônibus aproxima -se da próxima parada. Uma figura parada ali, naquele ponto me causa enormes calafrios, o mesmo usa um jeans velho e uma camisa escura com capuz. O capuz cobre seu rosto, impedindo de ter uma visão melhor do seu rosto. Mas aquele porte físico me lembra uma pessoa. E essa pessoa me causou sofrimento. Estou tremendo só de cogitar a ideia de que seja Taylor!

- Com licença, moça. Mas você está se sentindo bem?- uma garota com cabelos tingidos em alguns tons de lilás e rosa se aproxima de mim com cautela. A mesma aparenta ter dezessete anos. Sua expressão é de pura preocupação.

- Estou!- minha voz falha.- É...eu só achei que tivesse visto um conhecido.- falo com certa dificuldade por conta  do nervosismo.

- Tem certeza? Seu rosto está pálida e suas mãos estão trêmulas. Isso não é nada bom! Você está grávida e isso pode fazer mal para o bebê.- sua preocupação está nítida em seu tom de voz.

- Eu vou ficar bem! Só preciso de um pouco de água.- passo a mão na barriga antes de olhar para o lugar onde estava olhando antes e não vejo ninguém.

A garota remexe em algo na sua bolsa e tira de lá uma garrafinha com água, me oferecendo logo em seguida.

Enquanto os outros passageiros não notam o meu nervosismo a garota me olha atentamente, como seu fosse desmaiar à qualquer momento. Os demais passageiros estão distraídos demais para me notar.

- Está melhor?- dou um leve aceno com a cabeça enquanto lhe devolvo a garrafinha.

- Muito obrigado!- sorrio para ela gentilmente e suspiro.

Minha mente deve estar criando paranoias. Aquele não pode ser o Taylor, é apenas fruto da minha imaginação. Taylor está longe e não tem o porquê de estar aqui.

- Você viu um fantasma ou algo do tipo lá fora? Porque eu olhei e não vi ninguém! - a mesma pergunta e logo depois dá de ombros.

- Pode ser! - dou de ombros também.

- Ver fantasma deve ser a melhor coisa que existe! Eu gostaria muito de ver um.- a garota fala empolgada.- Tudo sobre essas coisas me fascina! Eu gostaria muito de ser uma winchester e sair por aí caçando e fantasma demônios.- quantos anos essa garata tem? Me mantenho atenta a tudo que a mesma fala.

- Prefiro manter distância. - sorrio

- Você assiste supernatural? Eu sentaria muito no Dean, sentaria no Sam também! Mas sentaria mais ainda no Dean. Talvez nem tio Crowley escaparia da minha sentada. - como foi que essa garota conseguiu mudar de assunto tão repentinamente.

O bebê de Emma Onde histórias criam vida. Descubra agora