Capítulo 35 - A morte nunca vem solitária

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Na sala a família feliz chegava, Bárbara com o pequeno filho nos braços, Arturo, Mireya e Valentim, quando os sorrisos deles se acabou com uma sequência de disparo vindo da parte de cima da casa.

Arturo olhou para Valentim que entendeu, saiu e trouxe Rufino, tudo aconteceu rápido, quando Bárbara com o filho nos braços se deu conta, ela estava sendo levada para fora da casa pelo filho mais velho junto com Mireya, depois colocada no carro, e saíram dali.

Arturo e Rufino subiram, no corredor ouviram gritos de suplica de Catarina pedindo ajuda.

Cat: Falei para não chegar perto de mim, seu monstro, sai daqui!

Vic: Você atirou em mim mulher, e agora quer o que, quem vai te matar sou eu, e de verdade agira, maldita traidora!- falava segurando a arma que ela segurava apontada para ele, que sangrava com um tiro de raspão na perna e outro na lateral da barriga.

Cat: Traidor é você, me traiu, deixou o amor que eu tinha por você, se transformar em ódio, medo e repulsa, eu nunca te trai, sempre tive olhos, corpo e alma, só para você mais vi que isso não era verdadeiro, era só da minha parte, sai de cima de mim.

A porta do quarto se abriu dando luz a uma tragédia ainda maior, Rufino tirou Vicente de cima da senhora, e Arturo a ajudou a levantar, ela gritava horrores para Vicente.

Ruf: Senhor temos que ver um médico!

Vic: Traga um aqui, não vou sair da fazenda. – dizia ele se apoiando no empregado que o levava para o outro quarto.

Arturo: Calma senhora, agora está tudo bem! – ele tentava aclamar a sogra.

Cat: Onde está minha filha?

Arturo: Com seus netos indo para um lugar seguro, o mesmo que vou levar a senhora, depois do que aconteceu aqui, acho melhor ficarmos todos longe dessa fazenda.

Catarina assentiu, o abraçando, era realmente o melhor a se fazer. Arrumaram algumas coisas e saíram dali. Rufino avisou um médico, e encontrou Arturo fora da casa.

Art: Vamos para outro lugar, quando as coisas estiverem melhor elas voltam para acertas os ponteiros com o Velho Montereal!

Ruf: Esse ai, o Demônio vem buscar rapidinho, as coisas que fez e anda fazendo são de dar medo.

Art: Vai me dizer que sabia de tudo isso? – perguntou intrigado, sabia que o capataz era esperto, e quando queria um dinheiro a mais sempre fazia das suas.

Ruf: Saber que a senhora estava viva? Não, eu juro por Ela! – pegou a medalha da Virgem de Guadalupe e a beijou. – Agora que alguns foram mandando para o inferno a mando dele, isso eu sei. A finada Dona Teresa que o dia!

Art: Foi ele quem a matou, ou melhor, o acidente ele que causou? – perguntou espantando.

Ruf: Ela iria deixar tudo para o senhor Pedro, o testamenteiro, veio, eu mesmo fui buscar, mas a senhora teve uma indisposição no dia, então ele soube, dai o resto, bom ela está morta.

Art: Ele é o próprio Capeta!

Cat: Quem é o próprio? – perguntou entrando na sala onde os dois conversavam.

Ruf: Bom dia senhora, e com sua licença. – saiu deixando Arturo na sala para responder a pergunta da sogra.

Cat: Acho que entendi de quem vocês falavam, vai me levar para onde minha filha está?

Art: Sim, mas depois as levarei para um hotel!

Bárbara, estava aquentando o filho nos braços, com o nervosismo dela, ele não parava de chorar, até que ela sentou e deu o peito a ele. Valentim e Mireya se olharam.

Val: Mãe, isso ai tem leite? – ele fez uma cara de nojo.

Barb: você mamou até os 3 anos, foi uma luta para você largar, e mesmo assim a noite, vinha para minha cama e abria minha blusa buscando o seu leite. Então não faça essa cara de nojo. Dr. Miguel me deu uma injeção, está vindo aos poucos, mas José Eduardo, depois que mama toma uma mamadeira, não tudo mas está ajudando.

Eles ficaram ali por um tempo, Mireya e Valentin ficaram no quarto com o irmão, até que os três dormiram, Bárbara caminhava de um lado para o outro até que viu a porta se abrir

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Eles ficaram ali por um tempo, Mireya e Valentin ficaram no quarto com o irmão, até que os três dormiram, Bárbara caminhava de um lado para o outro até que viu a porta se abrir. Arturo entrou sozinho, respirou fundo, e depois abraçou a mulher.

Art: Sua mãe e seu pai estão bem, ela está no hotel, deixei Bento com ela, ninguém entra lá sem permissão. Ela quer te ver, mas achou melhor ir para lá do que vir aqui.

Bar: E ele?

Art: Uns arranhões, nada de mais, quando saímos um médico já estava com ele. Quer ir ver sua mãe, eu fico com o José!

Barb: Ele mamou e está trocado, está com os irmãos, acho que os três dormiram!

Art: Aqueles dois pervertidos estão na minha cama?

Barb: Deixa de ser bobo, eles estão com o pequeno, vão fazer nada. Vou avisar Valentim e vamos ver minha mãe.

***

Molina e Rubem conversaram durante horas, algumas provas foram entregues, Mariana em uma das sessões de terapia, contou muita coisa, inclusive das trocas dos bebês, e das mortes que Pedro causou, contou que Arturo, estava sofrendo ameaças por conta que deixou Rubem mexer no passado de Mariana e Pedro, e que ele deveria ter proteção, pois Pedro deixou rastros e comparsas.

Molina olhando tudo ficava ainda amais incrédulo com o tipo de pessoas que Pedro se metia, mas isso seria levando em conta, pois o mesmo já tinha alguns processos correndo pós mortem.

***

Na fazenda, Vicente foi atendido pelo médico, depois caminhou até o escritório, pegou alguns documentos em uma gaveta que estava trancada, pegou duas cartas, uma para Catarina e ou para a filha. Junto pegou a arma, colocou uma única bala, respirou fundo e atirou, um único tiro na boca, fazendo com que seu crânio explodisse espalhando os miolos por toda mesa e cortinas....

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