Capítulo 14 - Branquinho

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  "Enquanto não atravessarmos a nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades ... Para viver a dois , antes, é necessário ser um!" Fernando pessoa  

Bárbara estava em seu escritório junto com Norma, sua advogada e Arturo, ele estava ao telefone pedindo que olhe fosse enviado relatórios de como andava sua fazenda.

Norma: Ele tirou seu rumo novamente não foi?

Barb: Ele sempre foi meu Norte, acho que passei a vida toda na Espanha achando o que me contaram, nunca conversamos realmente sobre tudo, mas o pouco que nos falamos, eu vi que as curvas da vida, nos levaram a separação.

Norma: E como vai ser agora? Você comprou as dividas dele, temos que levantar o capital novamente, o rombo foi grande Bárbara, sei que daremos um jeito, mas se não tomar a decisão certa seu capital de investimento irá ficar mais que negativo.

Barb: Eu sei, falei com Marco, ele avisou que estava fazendo o que podia, mas quero dar a volta nisso o quanto antes, fale com Marco sobre o condomínio em Bilbao, eu não fico mais lá, e Valentim despois que terminou com Rebecca não quer nem saber de lá.

Norma: Esse é outro, ontem o vi conversando com aquele menino que te olha comendo, como se chama mesmo...

Barb: Raúl! Valentim estava com Raúl?

Norma: Esse mesmo, ele é gato, mas tem uma cara, que quando olha te vê nua, fico sem jeito com o olhar dele.

Barb: igual ao pai! Pedro é pai dele, preciso falar com Fina, agora que sei tudo, minha vontade era capar aquele... – ela é interrompida por uma moça que trabalhava na fazenda.

XX: Senhora, senhora. – entrou a moça esbaforida na sala. – Tem um delegado aí na sala e quer falar com a senhora.

Norma: Eu cuido disso. – falou se levantando.

Barb: Eu vou também, ele falou que o que queria Ruth?

Ruth: Não senhora, só pediu para eu lhe chamar.

Norma e Barbara saíram, mas ela fez sinal para Arturo que ainda estava no telefone, ele achou estranho a moça entrar e elas saírem, mas continuou sua conversa.

Arturo: Sim, eu sei que estou em dívidas com o banco José, mas eu preciso do capital, Bárbara Montereal está com as dívidas da minha fazenda, e quero pagar para não perder a fazenda.

José: Arturo, sei que nos conhecemos desde sempre, mas como seu gerente lhe aconselho deixar que a senhora Montereal, assuma a fazenda, não podemos mexer na herança de Mireya, sua mãe nos mata, e com uma faca cega.

Arturo: É você está certo como sempre. Mas caso eu consiga a autorização da minha mãe. – ele vira os olhos, achava o cumulo ter que pedir para mãe autorizar a retirada de dinheiro da conta familiar. – De quanto eu disporia para investimento?

José: Se dona Virginia deixar, seria... -ele faz uma pausa para os cálculos. – Seria de 350 mil.

Arturo: Ok vou falar com dona Virginia.

José: Boa sorte!- fala entre os dentes sorrindo do amigo.

Arturo: É vou precisar. Até mais José!

Na sala Norma chega na frente e dá da cara com o Delegado, ela ficou de boca aberta encantada com o Delegado. Bárbara chega a empurrar Norma para ela sair do transe...

Barb: Norma anda, vamos. – ela olha para os lindo olhos claros do delegado e sorri. – Não acredito, que você é o delegado da cidade, o menino mais encrenqueiro e fanfarão da cidade, agora é o que coloca ordem. Como você está meu amigo.

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