O resgate

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P.O.V Liz

Ari já estava sumida a dois dias. Fotos dela e do Charles foram espalhadas pela cidade pra talvez trazer alguma notícia sobre o paradeiro deles. Eu tinha certeza que tínhamos que agir o mais rápido possível, senão ele ia matá-la.
Eu não comia ou dormia desde que ela foi levada pelo Charles, me sentia morrendo por saber que meu amor estava sofrendo por minha causa.
O telefone tocou e meu pai atendeu.

Greg: Alô.(Pausa) Nós vamos também. (Pausa) Sei sim, estamos indo.

Ele desligou e começou a me puxar pelo braço.

Greg: Acharam ela. Vamos.

Corri com ele pro carro e ele pisou fundo no acelerador, assim que saímos de Los Angeles carros de polícia se juntaram a nós.
Chegamos em uma estrada deserta com galpões abandonados, descemos e os policiais se prepararam pra invadir.

P.O.V Ari

Acordei com água caindo sobre mim. Depois de tossir abri os olhos e vi Charles, segurando um balde agora vazio me olhava.

Charles: Acorda. Não tenho paciência pra te ouvir gemendo o tempo todo enquanto dorme não.

Eu não conseguia falar, ou me mexer. Não conseguia nada. Meu braço e minha perna tinham sido esmagados, não sei a quanto tempo eu estava sem comer e beber. Eu sentia gotas de suor escorrerem por meu rosto.

Charles: Vai me responder agora bonitinha? 

Eu não conseguia responder. Ele se aproximou e dei graças de ver a marreta do outro lado do galpão, mas ele tinha um bisturi na mão, que enfiou até o cabo na coxa da perna que não estava quebrada. Sem conseguir fazer mais nada gemi e fechei os olhos. 
Senti ele aproximando o rosto do meu e queria pedir pra ele me matar logo.

Charles: Você quer morrer não quer? Eu faço parar a dor. É só assumir que a Liz me ama e eu te mato rápido e sem dor.

Abri os olhos me deparando com aquele olhar assassino. Quando abro a boca pra mandar ele se foder ouço um grito.

Policial: Acabou Charles, você tá cercado. Sai com as mãos pra cima.

Charles: Filha da puta,  sua maldita.(Gritando) Só saio daqui quando ela estiver morta.

Ele se levanta e sinto ele chutar minhas costelas, depois minha cabeça. Vejo ele correr em direção a marreta e começar a voltar até mim. Ouço um tiro e vejo ele cair. A última coisa que vejo antes de apagar são pessoas vindo na minha direção.

P.O.V Liz.

Passei pelo corpo caído do Charles sem nem olhar, meus pai e dois policiais estavam atrás de mim. Cheguei até Ari que estava em um cobertor sujo e me ajoelhei ao seu lado.
Seus lábios e seus olhos estavam inchados, sua perna direita dobrada num ângulo estranho, assim como seu braço esquerdo,  e ambos estavam inchados.
Fiz que ia pega-la no colo, mas alguém me segurou.

Greg: Os bombeiros tão chegando. É melhor não mexer nela filha.

Fiquei ali enquanto colocavam Ari numa maca e levavam pra ambulância, onde começaram a prestar os primeiros socorros.
Logo dispararam em direção a cidade. Segurei sua mão direita que era um dos poucos lugares que parecia não estar machucado. Naquela ambulância, vendo ela daquele jeito eu chorei como nunca tinha chorado na vida.

Por trás das câmeras o amor...(concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora