Chapter Fourteen

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Nuha

Eu vi a trilha tão bem trabalhada, com belíssimas flores e gramado bem verde, as pedrinhas eram brilhantes, iria me levar para um lugar agradável, eu entro na trilha e sigo ela. Me sentindo mais livre de mim, ninguém me perseguindo ou prendendo. Ficaram todos para trás. Eu sigo na trilha. Não pertenço a mais ninguém. Eu sou finalmente livre, me sinto, finalmente livre.

"Não posso fazer nada por ela, mas sei que ela tem algo que pode destruir esse veneno. Ela tem amor e o veneno que aflige a alma é fraco com o amor e a vontade de ser livre que ela tem."

Eu acordo com essa voz feminina na cabeça. Assim que abro os olhos, minha cabeça dói pela claridade do sol e sinto uma enorme angústia, era um pesadelo. Eu com certeza tinha acabado de acordar de um terrível pesadelo. Eu analiso onde estava e era meu quarto, estava desapontada pois pensei, por um momento, que realmente havia conseguido fugir mas aliviada por está no quarto, pois meu pesadelo fora horrível e jamais desejaria está onde estive em meus sonhos. Um lugar que independente de minhas tentativas sempre me prendia e me enforcava, mas era apenas um sonho e eu fugi. Eu acordei.

Eu mexo na cama ajeitando meu corpo e passo a mão no rosto, estava tudo quieto, olho para porta que estava entreaberta e me surpreendo  pois eu havia trancado ela. Talvez, eles tenham outra chave, de qualquer forma, fui clara ao dizer na última noite que não queria ver ninguém. Respiro fundo e me estico pegando o copo com água ao meu lado e bebo mas assim que o líquido entra em minha boca o gosto azedo me faz cuspir. Olho para o copo tentando saber o que era mas parecia água, entretanto tinha um terrível gosto.

— Nuha? -Harry me chama e paraliso. Logo, a raiva que tinha dele volta e então o ignoro, mas escuto seus passos rápidos em minha direção me abraçando apertado. Sinto uma dor em meu ombro e gemo o que faz meu marido me soltar rapidamente. — Céus, te machuquei? -Pergunta e segura minha mão, eu olho. O que aconteceu?

— Doeu. -Confesso e olho para meu ombro o vendo tampado por curativos. — O que aconteceu comigo? -Pergunto e olho para Harry que muda sua expressão para uma triste.

— Nuha. -Harry suspira. — Você fugiu, não se lembra? -Pergunta.

— Então... -Engulo o seco e sinto a angústia voltar, uma vontade de chorar me lembrando da forma de como a serpente me apertou e a água me afogou. — Tudo aconteceu realmente? -Fungo. A tristeza e a angústia crescem mais e eu sinto as lágrimas escorrerem em meu rosto.

— Sim, Nuha. -Harry suspira e toca minha mão com receio. Eu não afasto e ele acaricia ela e a segura. — Eu te encontrei e te trouxe de volta. -Fala e fica calado me olhando surpreso e aliviado. Ele não se importava com o fato de saber que ainda tenho raiva dele. Uma raiva que me forço a sentir mas não sinto mais como sentia, não como na última vez que eu o vi.

— E cuidaram de mim? -Pergunto e o rapaz dos olhos verdes suspira.

—Te prepararam. -Harry fala e desvia o olhar do meu. — Cuidaram de você, de fato, mas que morresse tranquilamente. Você foi marcada por algum dos seres dos espíritos de Tharwa que evitam que as pessoas fujam e não há cura. -Explica e me espanto.

— Eu vou morrer?! -Pergunto e sinto minha boca secar e meu coração acelerar.

— Não! -Fala imediatamente. — Celeste, a feiticeira que me enfeitiçou disse que ninguém poderia cuidar de você para fornecer a cura, só você, uma vez que o veneno que a serpente deixou no seu corpo te mata de dentro para fora. -Harry aperta fraco minha mão. — Você conseguiu acabar com o efeito do veneno sozinha, por ter o que falta em Tharwa. O amor.

The Beast || H.S || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora