Chapter Thirteen

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Harry

Após mais uma noite de tormenta, volto a minha forma natural, ainda, como sempre, sentindo o vestígios das dores da noite anterior e do dia também. Nuha sentiu cada uma das correntes que a aprisionava, tal como a perda do nosso menino e saiu magoada, isso me feriu. Queria poder falar com ela antes de me tornar a fera mas ela se trancou no quarto e por lá ficou, sem querer ver ninguém, mesmo Safira que tentava fazer com que ela abrisse a porta para pode comer, ela se negou e passou o dia sofrendo suas mágoas. Eu, não fiquei tão diferente que ela, apesar, de eu não ter me trancando em um quarto, também sofri as mágoas e me arrependi de ter feito o que fiz com ela, como eu o fiz, de fato eu fui uma fera com ou sem a transformação. E todos os meus defeitos acertaram de forma certeira aquela garota brilhante, a quebrando.

Nuha, a bela garota que eu feri, tanto fisicamente quanto no seu interior. Deixei com que meu pior lado me dominasse e com isso, me ceguei, talvez a maldição tenha ajudado a todos esses defeitos se manifestarem em mim e me deixar pior do que era ou talvez eu me deixei convencer que era mesmo assim de todas as formas. E quebrei aquela garota que nada me fez e que sempre foi de certo modo obediente, compreensiva e inteligente comigo, ela se feriu gravemente. E eu não notei o quão maldoso e egoísta eu fui até ver o seu estado ontem. E sei, agora, que não importa o motivo que me levou a fazer o que fazer, essas desculpas jamais irão redimir minha culpa, pois eu fiz, eu feri e agora existem mágoas a serem sentidas pela última pessoa que merecia sentí-las.

Portanto, agora, não me importaria se Nuha ainda estiver trancada em seu quarto, eu estou completamente decidido a me desculpar e fazer algo para redimir meus erros. Irei fazer com que visite meu reino, talvez e com a ajuda de Celeste que com certeza não negaria o desejo a uma boa alma como a da minha esposa, mesmo que por uma noite. Tinha isso em mente, estava determinado a melhorar com Nuha e talvez com isso possa me redimir o suficiente para saber como encontrar a cura para essa infeliz maldição.

Eu me levanto e me enrolo na toalha que estava na porta do calabouço, eu estranho o fato de Louis não está na porta para abrir a mesma para mim, são raros os momentos que isso acontece. Eu dou três passos para trás, onde em uma pedra mal colocada de propósito existia e escondido lá embaixo, uma pequena caixa com uma chave reserva, então eu a pego e abro a porta, assim que saio vejo Louis descer as escadas com um olhar aflito. Franzo minha testa e milhares de pensamentos invadem minha mente imaginando horrores que podem ter acontecido.

— Louis, o que houve? -Pergunto e Louis se assusta percebendo que eu já não era mais fera.

— Oh, já se transformou. -Murmura e pega minhas vestimentas com rapidez e me entrega.

— Louis, me responda. O que houve? -Pergunto sério e Louis suspira.

— Nuha.

— O que houve com ela? -Pergunto preocupado, parando de me vestir, estando apenas faltando colocar minha camisa. Louis me olha e não responde. — Ela está doente? -Pergunto com medo da resposta. Céus, se ela tiver adoecido das mágoas que causei? Jamais irei me perdoar.

— Quem dera se estivesse doente, poderíamos está chamando médicos para a livrar da doença. -Louis fala triste e então abaixa o olhar e continua. — Nuha não está em seu quarto e em nenhum outro lugar do castelo. Achamos que ela fugiu. -Assim que Louis fala isso eu arregalo meus olhos.

— Como fugiu? Os guardas não viram nada?! -Pergunto e Louis suspira.

— Eles não ficam no jardim, pois o jardim é perigoso já que sereias ficam em um lago próximo. Seria um risco deixar os guardas perto das sereias. E Nuha, ela conhecia bem o caminho para o lago, segundo Safira, ela ia para o jardim e frequentemente ao lago.

The Beast || H.S || CompleteOnde histórias criam vida. Descubra agora