Capítulo 3

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Ele me olhou por um tempo com a expressão séria mas depois começou a rir como se eu estivesse lhe contando alguma piada. Revirei os olhos e lhe olhei com cara de tédio.

— Isso não é nenhuma piada, eu falo sério. – digo séria. Ele me olha e sessa o riso.

— Está falando sério mesmo?

— Estou. Eu sou a merda da filha do presidente.

— Cara! – ele se levanta de repente. – Como você pode estar numa situação dessas? Você tem dinheiro, e tipo MUITO dinheiro.

— Sim, eu tenho. Mas meu pai bloqueou tudo. Na verdade eu não deveria nem mesmo estar aqui, eu estava proibida de sair de casa.

— Por...?

— Porque minha vagina foi parar na capa de revista. – ele me olha espantado. – Por causa desse tipo de comportamento ele bloqueou minha conta bancária e me proibiu de tudo.

— Você é realmente louca! – ele diz passando as mãos pelos cabelos. – Você tem como pagar, eu não. Garota como foi se meter com gangue mexicana?

— Como eu ia saber que aquele cara era de uma gangue? – argumentei. – Arrumar dinheiro não vai ser tão fácil.

— Como não? Você é filha do presidente! – disse como se eu tivesse algum problema de audição.

— Chad, se meu pai descobre que eu estou metida nisso e isso pode manchar a imagem dele, ele me mata. Ele não quer me dar dinheiro, se souber que esses caras podem me matar é provável que ele me entregue de bandeija.

— Estamos fodidos! – ele exclama voltando a se sentar. 

No mesno instante, uma luz se acende em minha cabeça e sorrio.

— Você não tem trabalho, certo? – comecei lhe encarando.

— Não, já disse mil vezes. – respondeu mal humorado.

— Vem para casa comigo. – digo e ele me olha com o cenho franzido. – Seja meu segurança particular.

— O que?

— Meu pai quer outro segurança para mim e você é a pessoa perfeita.

— Garota, ele tem milhões de seguranças treinados ao dispor dele por lá, por que ele aceitaria logo eu?

— Porque você seria o único que conseguiria ficar lá. – sorrio. – Meu pai quer alguém que dure mais que três horas ao meu lado. Já passamos um dia juntos basicamente, pode me aturar. Na verdade ele não se importa nenhum pouco comigo mesmo.

— E o que isso tem a ver como o nosso problema? Quer dizer, seu problema. – corrigiu ele.

— O dinheiro que pagam lá em casa é bom o suficiente para você  conseguir pagar aquele homem. Mas como foi eu quem te coloquei nessa eu mesma consigo o dinheiro e divido. Você fica em casa como meu segurança, ganha dinheiro para arrumar um lugar para morar e ainda poder montar seu estúdio. – ele me olha parecendo pensar. – Com você lá meu pai vai perceber que eu estou mudando e vai liberar a minha conta. – sorri.

— Eu não sei ser um segurança. – coçou a nuca incerto.

— Você só precisa me acompanhar até alguns lugares, só precisa me proteger.

— Eu não sei fazer isso.

— Sabe sim, vai. Eu te ajudo e você me ajuda. Voltamos hoje para lá e ganhamos tempo para juntar o dinheiro. Ai você ganha sua grana, paga aquele homem, arranja um lugar para morar e nunca mais vai precisar me ver.

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