Capítulo 7

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A sexta-feira chegou como um relâmpago. Querendo ou não eu estava nervosa, eu não sei lidar com crianças.

Vá lá e não faça nenhuma besteira! Limpe a sua imagem e a minha. – meu amado pai instrui pelo telefone.

— Eu já entendi, o que acha que eu posso fazer com inocentes crianças? Conversar sobre a corrupção do país?

Eu não dúvido nada de você! – revirei os olhos e bufei. — Agora vá lá e faça o que tem que fazer.

— Me libera um dinheiro? Eu quero fazer umas compras em Nova York. – digo encarando seu robô assistente humano.

Se você se comportar como gente eu penso no caso. Passe para o Leonard. – bufei novamente e entreguei o celular para seu assistente. Ele diz algumas coisas e depois desliga.

— Se a senhorita se comportar como foi combinado com o Presidente, irei lhe disponibilizar duzentos dólares.

— Só isso? – ele afirma. — Melhor do que nada.

Coloquei a mochila nas costas e sai do escritório do meu pai logo encontrando Chad.

— Já podemos ir. – digo e ele afirma. Saímos da casa e entramos no carro com Leonard no banco do carona e outro segurança com a direção e Chad ao meu lado.

Ele me olhou por um momento me passando confiança e apenas agradeci mentalmente.

Minutos mais tarde já estávamos no aeroporto e subindo no jatinho. Me sentei de frente para Chad enquanto Leonard sentou no assento ao meu lado.

— Vamos ficar na casa em Nova York ou no hotel? – questionei.

— Hotel. Seu pai não acha uma boa ideia você ficar lá. – bufei.

É claro que não acha. Não depois de eu ter dado uma festa lá repleta de desconhecidos e strippers.

— Já fiz sua reserva no hotel. Assim que sair do orfanato irá direto para lá. — Leonard continuou sem retirar a atenção do tablet.

— Tanto faz. – dei de ombros e voltei a prestar a atenção no céu lá fora. Já estávamos nos ares e nem tinha percebido.

Uma jovem aeromoça se aproximou com uma bandeija com champanhes. Eu estava pronta para aceitar um e dar graças a Deus quando o robô idiota me impediu.

— Sem bebidas antes de ir. – ele disse.

— É só um champanhe. – argumentei.

— Ordens do presidente. Pode levar de volta. – a aeromoça afirma e volta com a bandeija. Olhei indignada para o assistente.

— Você só pode estar de brincadeira! – bufei e me levantei irritada.

— Onde vai? – Leonard questionou.

— Se der, para o inferno! – respondi indo até o pequeno quarto que há no interior do jato. Me joguei na cama e me debati como uma criança birrenta. 

Eu tenho 21 anos e ainda assim ficam mandando até onde eu devo ou não devo pisar. O tempo todo é assim, eu não tenho a oportunidade de respirar.

— Você está bem? – a voz de Chad soa no ambiente.

— Estou, só estou irritada! – digo com o rosto contra o travesseiro. — Vem aqui.

— Não mesmo. – revirei os olhos mentalmente.

— Chad, eu sou a sua chefe então me obedeça e entra aqui agora! – posso ouvir ele bufar e controlei a vontade de rir. Escuto quando ele fecha a cortina que servia de porta e se aproximou da cama. — Senta aqui. – bati no local onde ele deveria se sentar. Um pouco receoso – aposto eu – ele se sentou.

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