Capítulo 6

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Eu não deveria estar sorrindo tanto como eu estou, mas é como se algo dentro de mim tivesse se reacendido. Foi difícil para mim passar o dia todo sem falar com ele. Mas eu estava machucada, e nem deveria estar. Mas ele me faz bem de uma forma que ninguém me faz a muito tempo.

Mas vamos analisar a situação e compreender: uma garota de 21 anos, orfã de mãe, pai ausente, uma madrasta má e duas meia irmãs invejosas. Ninguém mais ao seu redor além de seguranças e empregados, carente de tudo e sem atenção e afeto.

Conhece um cara bonito, passa uma noite com ele, mete ele em enrascada, a vida dele fica em suas mãos, ele sorri e te da atenção e se interessa por você e seus assuntos. O que mais eu poderia sentir?

É compreensível não é?

Voltamos logo para a casa branca após passarmos em uma lanchonete e comermos no carro. Essa com certeza é uma das piores partes de ser uma pessoa pública com toda certeza. Não sei se serviria para viver nessa área.

Ao adentrar a casa, estou terminando de atacar minhas batatas fritas com refrigerante quando me deparo com um dos 12 assistentes do meu pai.

— O que é agora? – perguntei com desdém.

— Seu pai está em Chicago nesse momento, então me deixou para ficar a par de tudo. – revirei os olhos.

Ele parecia um robô programado para dizer as mesmas coisas. Não importa as circunstâncias, ele sempre vai dizer essas mesmas palavras mas apenas mudando o nome da cidade.

— E dai?

— Ele deixou um recado dizendo que a senhorita deve embarcar no jato particular na sexta feira com destino a Nova York.

— Para o que exatamente?

— Ele diz que devido a sua grande falta de senso com James no dia de hoje e sua saída no meio do evento provocando mais rumores e escândalos, está sendo  mandada para Nova York para visitar um orfanato e fazer caridade mostrando que você é uma boa pessoa e limpar sua imagem. – finalizou ajeitando o óculos de grau em seu rosto.

— O que? Eu não vou fazer isso! Ir lá enganar aquelas pobres criancinhas só para limpar a merda da imagem dele? Dispenso. – digo passando por ele e subindo as escadas.

— Ele diz que se a senhorita não cumprir com o seu dever, ficará por mais um bom tempo com a conta bloqueada. – petrifico no meio da escada.

— Filho de uma vaca! – susurrei e olhei para cima. — Sem ofensa vó. – me virei para o robô ambulante. — Meu segurança vai poder ir comigo, certo?

— Ele diz que não importa com quem você vá, apenas precisa limpar a sua imagem e a dele. – reviro os olhos.

Imagem. Imagem. Imagem.

— Certo. Eu vou!

— O jato está marcado para sair as onze horas da manhã de sexta feira. Você deverá ir diretamente para o orfanato.

— Tá. – bufei e subi correndo para o meu quarto. Abri a porta e me joguei na cama.

Só podia ser brincadeira eu ter um pai desses.

Acendi um cigarro e relaxei um pouco. Chad foi correndo até Beckett que deveria estar bem irritado com ele por ter me tirado do evento antes da hora.

Fazer o que se ele é um bom segurança e amigo?

Termino o cigarro e corro para tomar um banho. Enchi a banheira e acabei com três tubos de sabonete até fazer o tanto de espumas que eu desejava. Prendi o cabelo em um coque e me despi entrando na banheira logo em seguida. 

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