Capítulo 16 - part 1

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— Você me disse que iria contar a história do Beckett. – Chad me lembra se ajeitando na cama para me encarar.

— Tudo bem. – suspirei me ajeitando na cama também. — Beckett era amigo da minha mãe. Na verdade, ele era apaixonado por ela. Meu avô não permitia que os dois ficassem juntos por conta da classe social do Beckett que era baixa. Então minha mãe conheceu meu pai, ele seduziu ela. Na verdade, meu pai só se casou com ela por interesse já que meu avô sempre teve poder, mas esse não é o caso. Minha mãe continuou amiga do Beckett mesmo casada com meu pai, mas não sei como nem de que maneira meu pai contratou Beckett. A intenção dele era humilhar ele colocando-o como empregado do marido da mulher que ele amava. – revirei os olhos. — Mas foi ai, que meu querido pai não contava com a eficiência do Beckett. – sorri. — Beckett se tornou líder da equipe de segurança, todo mundo corria atrás dele para querer emprego ou para aprender com ele. Quando era pequena, eu sempre invadia o escritório dele no meio do trabalho. Então ele resolveu colocar um pote de doces por lá para que eu me destraisse. – sorri com a lembrança. — Quando minha mãe morreu ele quem me consolou, mas depois não tinha tempo para ficar comigo já que tinha que acompanhar meu pai nos lugares. Mas de alguma forma, ele sempre foi mais meu pai do que meu próprio pai. Tenho certeza que se não fosse por mim, ele já teria mandando meu pai para o inferno. Mas ele continua aqui por mim. Desde então seu único foco é a segurança do presidente e a minha. Ele não teve mais tempo para ele. – suspirei finalizando.

— E que história toda é aquela com sua tia?

— Eu não sei ao certo, mas acredito que minha tia tinha ou ainda tem uma queda por ele.

— Fariam um casal e tanto. – concordei rindo. — Agora eu entendo o motivo dele me maltratar tanto.

— Ele não te maltratava! Só queria ter certeza de que estava me protegendo.

— E como sabe de toda essa história?

— Tia Suzy me contou. Eu não fazia ideia de muitas coisas.

— Entendi. – ele disse e com isso aproveitei a minha brecha.

— Chad, você sabe basicamente tudo sobre mim e eu não sei quase nada sobre você. – aperto suas mãos. Ele soltou um pequeno suspiro antes de começar a falar.

— Tudo bem. Eu não sou americano, nasci na Irlanda. – lhe olho surpresa. — Fui adotado com 3 anos e trazido para cá. Meus pais sempre me deram tudo, sempre me apoiaram e sempre foram os anjos que eu lhe disse. Quando eu fiz 18 anos, fui para a faculdade fazer fotografia. Eu não tinha muitos amigos, meus pais sempre foram muito protetores. Eu me divertia como podia, ia em poucas festas. Por causa da faculdade e do trabalho eu não tinha muito tempo com meus eles, não sabia muito o que eles andavam fazendo. Eu estudava pela manhã e de tarde até a noite eu trabalhava como garçom em um restaurante. Eles não eram mais tão jovens, então eu me preocupava com a minha ausência. Um dia no trabalho, me disseram para ir para casa pois estava acontecendo um incêndio em casa. Eu fui o mais rápido possível mas... era tarde de mais. – os olhos dele marejam. — Eles dormiam cedo, logo que anoitecia, então não viram nada. A polícia disse que foi problemas com fios eletrônicos mas não fazia muito sentido, eles eram antentos a tudo. Mas não corri atrás, afinal nada que eu fizesse depois iria trazê-los de volta. – enxuguei as lágrimas que caíam. — Essa é a minha história triste. – lhe abracei forte. — Se não fosse você aparecendo do nada na minha vida e me metendo em confusão, eu não sei o que seria de mim.

— E nem eu sei o que seria de mim se eu não tivesse lhe enfiado nessa confusão. – acariciei seus cabelos.

— Se eles estivessem aqui, aposto que iriam gostar de você. Você é divertida, faria eles rirem.

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