CAPÍTULO 01

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Cadê meus sonhos?

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Cadê meus sonhos?

Só me restaram os pesadelos

Os pesadelos de uma vida real

"Para, por favor!"

E por mais que eu o pedisse-me força ficar em seu colo, não se importando com minhas lágrimas. E como se eu não pesasse nada, me levanta do sofá me jogando em cima da minha cama, rasgando minha calcinha de florzinhas.

"— Você agora é a minha putinha, filha."

"— Por favor, não."

E no segundo seguinte ele me invadiu tirando minha virgindade.

"— Socorro! Socorro!"

"— Cala boca minha putinha."

E assim, recebi um forte tapa em meu rosto e eu gritando...

— Socorro! Socorroooooo!

— Socorro

Acordei suando e tremendo como se sentisse tudo novamente.

— Acabou. _Repeti me abraçando como um mantra tentando acalmar a mim mesma.

Olho no relógio ao lado da minha cabeceira e ainda são 03:15 da manhã. Levanto e vou ate a cozinha, mas dessa vez nem meu chá de camomila preferido me acalma. Ligo o chuveiro na temperatura bem quente e entro ainda de pijama.

— Quando tudo isso vai me abandonar? Toda noite e isso. _Resmungo pra mim mesma, o ruim de morar sozinha e que quando você tem pesadelos, vai ser sempre você e você.

Saio do banho quando minha pele está toda vermelha de tanto ser esfregada na tentativa de tirar a sujeira que ha anos habita em mim. Já sem sono, sento na sala ligo a televisão pra cortar o silêncio ensurdecedor e pego meu notebook e decido trabalhar um pouco.

Creio que já amanhecia quando senti o notebook deslizando de meus dedos, juntamente o contrato que estava trabalhando caindo no tapete.
Não consegui me importar, apenas me deitei em posição fetal e dormi sem sonhos dessa vez.

Já eram 09:00 horas de um sábado frio de junho, quando despertei novamente, com minha campainha tocando desesperadamente. Toda descabelada, dou uma espiada no olho mágico e é Max. Abro a porta e pelos trajes dele, esqueci da nossa corrida.

— Bom dia. _Digo envergonhada.

Belo traje pra corrida.

Olhei pra baixo estava apenas de regata e calcinha.

— Desculpa.... 10 minutos e já vamos ok??

Ele assentiu me mostrando joinha e sai correndo em direção meu quarto. Eu poderia malhar na academia que tenho no subterrâneo, mas aos sábados era nosso dia de correr aos arredores do parque Ibirapuera.
Em 10 minutos exatos, já estava pronta, descemos de elevador, cumprimentei o porteiro, um senhor gentil.

(Completo) SINAL VERMELHOOnde histórias criam vida. Descubra agora