FELICIDADE - POR ANNE
"Felicidade não e questão de esperar, mais uma condição a ser buscada."
Como assim Liliana está metida nisso? Era sobre isso que ela estava falando com Max quando estava pedindo ajuda? Puts grila, eu estava no meio da corja de leões sem perceber.
— Ah você já chegou? Tem fome querida Anne?
— Só se for de enfiar a mão na sua cara.
— Eu sabia que aquela carinha e voz de boa moça não combinavam com você.
Respirei fundo três vezes e a calma não chegava até mim.
— Vem papai vamos colocar essa putinha imunda no lugar dela.
Anésio puxou meus braços com força e me pôs sentada numa cadeira de madeira. Com uma risada debochada, Liliana girava roda, passando a corda ao redor de mim com força, machucando minha carne.
— Sabe Anne, eu não ia precisar fazer isso só que o Max é muito frouxo, e então eu tive que ser mais drástica. Mais sabe o que é pior?
— Ser traída?
— Não, ver seu pai morrer, porque uma filha da puta se acha boa o bastante para comprar sua empresa, seu ganha pão e fazer dela um império. Meu pai era um bom homem Anne, ele era honesto e você tirou tudo dele.
— Você está errada Liliana, eu ofereci emprego a ele, assim como ofereci a todos, inclusive ofereci treinamento para a nova forma que eu iria trabalhar. Ele não quis e pelo que soube ele era viciado em algumas coisas ilícitas e ainda assim, ele me pediu mais dinheiro depois e eu dei. Ele foi o dono da minha primeira autopeças.
— É mentira, mentira.
Liliana pôs as mãos nos ouvidos enquanto gritava. Pior cego e aquele que não quer ver. Num ato impensado de raiva, lacrou minha boca com fita adesiva também. Só me restou rezar.
"Querido Deus, ilumine JP de tal forma que possa me encontrar."
E assim passou
01 dia e 01 noite;
02 dias e 02 noites;
03 dias e 03 noites;
04 dias e 04 noites.
Me acordavam aos tapas para beber água e comer pão cada vez mais duro.
— Está pronta para assinar o papel querida Anne?
∞∞∞∞
POR JP
Eu ia de um estabelecimento a outro quando tive duas ideias. Se o último lugar que Anne esteve com o celular foi no aeroporto, posso ir até lá e tentar ver as câmeras para tentar distinguir para que lado foi. E dois, a Anne provavelmente tem todos os dados no escritório, tudo o que ela faz e calculado milimetricamente, gastará menos tempo fazendo isso.
— Alô João Pedro? _Era um dos policiais presentes no caso.
— Sim sou eu, alguma notícia?
— O juiz liberou uma liminar para grampear os telefones de Max e Liliana e eles vêm mantendo contato... Conseguimos rastrear a localização. — Pirituba. Beco 05. Parece que às 22:00 da noite eles estarão lá reunidos. Peço que não faça nada.
— Estarei lá as 22:00 horas.
Maria disse que eu teria que resolver alguns assuntos importantes por Anne, mas o que mais fixou em minha cabeça a possibilidade de Anne estar grávida e presa. Eu preciso sentir seu cheiro para me acalmar.
Às 17:00 horas consegui em fim sair do escritório e fui me encontrar com Frank para ver como nós planejaríamos, porque não é uma opção eu ficar fora disso. Chamei a médica de Anne que é alguém que ela tem convívio há anos e aceitará ajuda para saber como ela está. Então as 21:30 da noite estava saindo da casa de Anne.
— João Pedro, pelo amor de Deus filho tenha cuidado e que Deus te abençoe.
— Obrigada mãe, fique com Deus.
Saímos no carro de Frank para não chamar atenção. Descobrimos que Max é na verdade filho biológico de Anésio que quase molestou o próprio filho. Vizinhos disseram que a mãe de Max descobriu antes do ato acontecer porque Max em sua inocência contou, quando a mãe dele confrontou Anésio, ele matou-a acusou suicídio. Um assassino e pedófilo a solta. Ao que parece Max bloqueou a informação da tentativa de abuso sexual. E fantasiou a imagem de uma Anne roubando seu papai.
22:00 horas em ponto, Max chega ao local. 22:05 minutos a policia está posicionada no local e uma ambulância está um pouco mais distante. Ouvimos uma discussão entre Max e Liliana e os dois saem do local sendo surpreendidos dois metros depois por quatro policiais. Sem aguentar mais, eu adentro o local seguido de Frank resmungando para que eu ficasse fora do plano. A imagem que vi provavelmente estava fora de qualquer script.
Anne está com o rosto vermelho e inchado de tapas e seu corpo aparentemente ferido por corpos. Anne estava desmaiada, porque sua cabeça estava tombada de uma forma impossível de estar dormindo. O idiota do padrasto me viu no mesmo momento que eu o vi. Meu nojo e ódio dele acabou de aumentar mais dez mil decibéis na escala da puta que pariu. E sem condições de pensar parti pra cima dele. Eu queria mata-lo na base de socos e arrebentar a cabeça dele para não corromper mais nenhuma criança.
Após quase desmaia-lo no soco Frank me tira de cima dele avisando que a policia deu sinal que ia entrar. Escutei um barulho de tiro e um dor no braço de raspão no mesmo segundo que Frank disparou outro tiro, não olhei para ver se era certeiro ou não, eu só queria tirar Anne desse pesadelo.
Com uma pequena faca que trazia no coturno, Frank me entrega para que eu pudesse cortar as cordas ao redor de Anne. Tirei a fita de sua boca e ela gemeu de alivio ainda desacordada.
— Desculpa meu amor, não vou mais deixar isso acontecer.
Mesmo com a bala queimando meu braço, não deixei que ninguém se aproximasse de Anne e consegui com um esforço sobrenatural carregá-la até a ambulância, quando momentaneamente ela abriu os olhos.
— JP é você meu amor?..
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(Completo) SINAL VERMELHO
Short StoryQual lição de moral um semáforo pode te trazer?? O sinal vermelho diz claramente que se deve parar, indica algo proibido, mas multas de trânsito e acidentes comprovam que nem todoseguem a risca o que o sinal vermelho pede. Ela está no final de um di...