FASES - POR ANNE
"Na vida, ha momentos de inicio meio, reinicio e finais."
Fiquei a uma distância que eu pudesse me certificar que as câmaras não pegassem. Já era estranho o suficiente eu no meio do dia de jaqueta de couro. Sabe aqueles 10 segundos que você conta lentamente pra não se precipitar? Tive que fazer isso nesse momento. Eu teria surtado se achasse ela beijando JP, mas ainda assim beleza. Agora meus filhos é tiro, porrada e bomba.
— Boa tarde querida Liliana, quantas saudades.
Deboche mandou lembranças, mas a cara de égua oxigenada que ela fez ao me ver, foi impagável.
— O-o-oi Anne.
— Tudo bem com você querida?
— Si-sim, o que você quer?
— Eu vim trazer o seu dinheiro oras. Deixei a uma pequena distância daqui para que ninguém descobrisse nosso segredinho.
Pisquei facilmente para que ela acreditasse no meu joguinho. Entreguei um capacete sem uso para ela, que mesmo receosa, me seguiu. Evitei ruas comercias até que chegamos a uma área ambiental. Descemos.
— Sabe qual o problema de pessoas gananciosas Liliana, elas não pensam. Arriscam a própria vida sem ter certeza do seu ganho. Você foi muita burra ameaçando minha filha. Tinha mil maneiras de tentar arrancar dinheiro de mim e você foi logo na minha família.
— Você ao menos investigou sua adversária?
— Não.
Eu realmente enxerguei o medo em Liliana, só que eu não estava para brincadeiras.
— Sabia que eu faço lutas de artes marciais, defesa corporal, já fiz capoeira e Jiu-Jítsu. Mas tem uma coisa que você sabe e desconsiderou. Eu tenho uma oficina e sei manusear perfeitamente uma chave de roda.
Em um provável momento de loucura Liliana veio pra cima de mim, na tentativa de puxar meu cabelo. Eu sabia que havia grandes probabilidades dela avançar sobre mim, já que da outra vez eu não fiz nada, nem mesmo tentei brigar com ela, por isso vim de luvas. Deixei que Liliana chegasse bem próximo de me atingir então peguei seu braço no ar e torci, arrancando um grito de dor da vagaranha.
Deixei-a de joelho na minha frente tentando falhamente, não ter pensamentos homicidas, mas tava foda, não por dinheiro, mas não posso deixar que algo aconteça. Acertei três socos de direita em seu rosto e Liliana começou a rir, um riso que morreu dois segundos após eu mostrar a chave de roda que estava comigo.
— Jamais duvide de uma mãe. Eu prometi dessa vez não errar pelo bem deles.. _E foi assim acertei a chave duas vezes na costela dela, arrancando gemidos de dor.
— Você bate igual mulherzinha.
— O que não me ofende. Alguém sentiria sua falta na vida Liliana?
— Por que a pergunta?
— Você fala demais...
E desmaiei-a acertando a chave de roda na lateral de sua cabeça. Eu sabia que se não executasse, esse pesadelo jamais chegaria ao fim. E assim, mesmo sabendo que me arrependeria, acertei um tiro no meio de sua testa. Um pouco mais a frente, enterrei o mais fundo possível à arma e dei partida na moto, que também não era minha. Sou totalmente contra violência, mais chega um momento de desespero na vida que você acaba fazendo merda, mesmo algumas pessoas falando que e justificável.
Cheguei em casa e fui direto para a banheira. Eu não me sentia digna de nada, mas eu disse que dessa vez eu não erraria. JP chegou e eu ainda estava na banheira.
— Ei pequena o que houve?
— Apenas me abrace, mesmo que seja pela última vez.
Eu contei a JP o que fiz, e mesmo furioso por ato tal extremo, ele ficou ao meu lado. Me apoiando. 06 dias depois encontraram o corpo. Ao que parece Liliana se envolvia com traficante e devia muito dinheiro a ele, o que arquivaram o caso, julgando ser acerto de contas e ninguém da família havido procurado a policia para maiores investigações.
01 mês depois foi confirmada minha gravidez. Apesar de tudo, eu fiquei muito feliz e os gêmeos também. E os controles excessivos de JP voltaram. Saímos nos dois para comemorarmos em um jantar nossa segunda gestação e terceiro filho. O problema é que as chaves simplesmente sumiram quando fomos pegar o carro para voltar para casa.
— JP quebra o vidro pequenino, por favor.
— Você já esgotou sua cota de fazer coisas erradas por uma vida amor.
— Não é nada ilegal.
— Tô sabendo.
JP como pedido quebrou o vidro pequeno e abriu a porta. Entrei e agachei meu corpo ficando de frente a pequena caixa de fiações.
— Você está fazendo ligação direta?
Os olhos verdes de JP estavam o dobro do tamanho me fazendo sentir uma criminosa.
— Sim meu amorzinho.
— Puta que pariu. ... Posso foder você assim que possível? Porque fazendo isso me deixou duro pra caramba.
Acionei o motor, fechei a porta e fomos para casa.
— Por enquanto vamos só fazer amorzinho para esse bebê nascer calminho.
E assim foi, lento e intenso nos levando a um orgasmo intenso, me inebriando ainda mais de amor pelo meu e somente meu JP.
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(Completo) SINAL VERMELHO
Short StoryQual lição de moral um semáforo pode te trazer?? O sinal vermelho diz claramente que se deve parar, indica algo proibido, mas multas de trânsito e acidentes comprovam que nem todoseguem a risca o que o sinal vermelho pede. Ela está no final de um di...