Capítulo 28

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 Arruma tudo de volta e coloca a caixa no lugar.

Dulce: Aqui Annie. – disse abrindo a embalagem. 

Não demora e logo Maite chega com o leite morno, as três dividem nas chuquinhas e alimentam os filhotes que estavam morrendo de fome. 

Dulce: Tadinhos parece que nunca viram comida na vida. – achando graça da gula dos animais.

Anahí: Eles são muito lindos! – maravilhada. – O que vamos fazer com eles? Eles não podem ficar aqui pra sempre Dulce.

Dulce: É tem razão. – murmurou. – Mas depois pensamos em algo.

Maite: Porque não os deixamos na sala dos instrumentos? – ela sugeriu animada.

Dulce: E se alguém encontrar eles? – arregalou os olhos. – Deus os livre!

Maite: Ninguém vai achar eles. – rolou os olhos. – Ninguém vai lá, é super seguro! - Dulce e Anahí se entreolharam.

Anahí: Tem certeza Maite? – Maite as encarou, aborrecida.

Maite: É claro que sim, não confiam em mim ou o que? – cruzou os braços.

Dulce: Está bem, vamos esperar eles terminarem de mamar. – as duas concordaram.

Depois de quinze minutos os filhotinhos terminaram de mamar, Dulce pegou uma caixa de um dos seus sapatos, já que era mais folgada do que a do rádio, forrou com uma toalhinha e colocou os dois dentro. Tamparam a caixa para não levantar suspeitas. Abriram a porta para sair e tomaram um susto ao ver Christopher parado, com a mão levantada.

Ucker: Eu já ia bater. – disse abaixando a mão. – Dulce, nós precisamos conversar, eu tenho algo sério pra te falar.

Dulce: Falar sobre o que Ucker? – disse nervosa com medo que ele descobrisse os cachorrinhos, antes de ele responder, ela retrucou. – Seja o que for esse não é o momento.

Ucker: Por favor, Dulce! – a olhou suplicante. – Eu preciso te falar algo, é importante.

Dulce suspirou e os cachorrinhos começaram a fazer barulho dentro da caixa, provavelmente estavam com medo do escuro.

Dulce: Droga. – sussurrou. Christopher notou seu nervosismo.

Ucker: O que tem dentro dessa caixa? – curioso. 

As três se entreolharam nervosas, que hora maravilhosa para Christopher aparecer. 

Ucker: Anda Dulce, diz logo o que tem aí! – ele retrucou tentando pegar a caixa. Ela protegia a caixa como podia. – Eu sei que tem alguma coisa aí, você não sabe mentir!

Maite: Ah meu saco! – disse irritada. – Fala logo pra ele, vai que ele sirva pra alguma coisa e ajude! – murmurou.

Dulce: Valeu Maite! – disse irônica e virou-se para Christopher que ainda esperava pra saber o que tinha na caixa. – São cachorrinhos.

Ucker: O que? – ele perguntou começando a rir. Dulce rolou os olhos, abriu a caixa e o viu ficar sério aos poucos. – Está de brincadeira Dulce? – olhando os filhotes. – Não podemos trazer animais para o campus, se te pegarem você está ferrada.

Anahí: Acontece é que a Dulce os encontrou abandonados e não podíamos deixar eles nas ruas, eles podiam morrer. – olhando os animaizinhos com afeição. – Eles não são lindos?

Ucker: É, são até bonitinhos. – sorriu acariciando um deles. – Mas eles não podem ficar aqui.

Dulce: Mas nós já estávamos levando para a sala dos instrumentos. – explicou, balançando a caixa, na tentativa de acalmar os cachorrinhos.

Precocemente MãeOnde histórias criam vida. Descubra agora