Carnaval na Casa de Praia

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No caminho pra casa da praia, fomos eu e minha mulher na frente do carro e Fernando atrás. Toda hora minha mulher me dava tascava um beijo e quase não conseguia dirigir direito. Eu tava com um short, sem cueca, com o pau duraço pra fora da calça. Teve uma hora que quase perdi o controle do volante na estrada.

Ficamos falando um monte de sacanagens no caminho e Fernando acariciando o pau dele no banco de trás. Maria contou sobre uma menina que ela ficava no início da adolescência, eu falei sobre os troca-troca e algumas namoradas. Fernando também falou sobre suas aventuras no interior do Brasil. Perguntei se ele nunca tinha dado a bundinha e ele disse que tinha maior tabu. Eu e Maria ficamos nos entreolhando, pensando várias besteiras.

Quando estávamos chegando na cidade, já tinha um engarrafamento do povo chegando pro Carnaval. O que eu mais queria era chegar logo em casa pra começar o festival de foda e aquele trânsito atrapalhava tudo. Nessa hora, Maria se abaixou e começou a me pagar um boquete. Fernando só faltou bater palmas e ficou todo empolgado no banco de trás. Acho que o carro do lado percebeu. Tinha um casal. O cara ficava olhando disfarçadamente e a mulher parecia que brigava com ele. Gozei na boca da Maria, mas ela não engoliu. Fez questão de abrir a porta e cuspir no chão. Levantou a cabeça e deu uma encarada no motorista do lado. Que tesão de mulher.

Chegamos em casa, tiramos as coisas do carro e fomos direto pro quarto. Ainda não tinha montado a cama e ficado no chão mesmo, em cima do colchão. Estávamos dando um beijo triplo, quando escuto uma voz:

- Maria-a-a!!! Abre aqui!

Fernando pegou suas roupas e correu pro banheiro. Eu vesti meu short de cueca mesmo e Maria ainda foi catar o vestido que estava usando.

- Maria, quem que tá te chamando? – eu perguntei.

- Sei lá! Não conheço ninguém aqui. Mas parece a voz da minha irmã.

Sim, era a irmã da Maria, a Mariana. Ela, o namorado e uma outra prima. Eu só não sabia o que eles estavam fazendo ali.

- SURPRESA, DUDA! Viemos te ajudar com a mudança e passar o Carnaval aqui!!! Ai, que saudades de você!!! Desde o Natal que você não volta pra casa. Só fica lá no fim de mundo, com o mestrado, mestrado, mestrado...

Minha vontade era de chorar. Como aquelas três pessoas resolveram aparecer de surpresa lá em casa? Acabaram com o meu Carnaval. A Mariana, que chamamos de Mari, é a irmã mais nova da Maria Eduarda. São 5 anos de diferença, mas a Mari definitivamente tem um parafuso a menos. Já tinha dado muito trabalho, se envolvido com drogas, já tinha bebido excessivamente, cheia de tatuagens, já tinha pintado o cabelo de todas as cores. E sempre estava namorando, ou com algum rolo. Se o cara fosse skatista, ela virava skatista também. Se fosse roqueiro, ela virara roqueira. O cara que ela estava agora era um cabeludo, todo bicho-grilo. Mariana é loira e mais magra que Maria. Ela não tem peito, nem bunda, é bem magrinha mesmo. Mas o seu rosto é bem bonito, e assim como Maria também tem os olhos amendoados, mas um pouco esverdeados. Seu namorado era o Júlio, que ela chamava de Lanzo. Não sei como um cara que se chama Júlio tem o apelido de Lanzo. Enfim, ele era bem bonito, forte, com tatuagens coloridas, cabelos ondulados e grandes. E ainda tinha a prima das meninas, a Letícia, que era um pouco mais nova que a Mariana, mas parecia ter um pouco mais de juízo.

Já foram entrando, a Mari falando sem parar e tirando as coisas do Fusca.

- Olha, você não imagina que a gente fez quatro horas! Quatro horas dentro de um Fusca! Que loucura, né Duda? O Lanzo já tava quase se estressando. E olha que ele é muito tranquilo.

Uns 10 minutos depois deles chegarem, o Fernando saiu o banheiro e eu disse que ele era um amigo da faculdade que ia passar o Carnaval lá com a gente. Depois, eu até me desculpei com ele por toda a situação. Mas o Fernando é bem tranquilo e faz amizade bem fácil.

Bom, vou resumir como foi o Carnaval: Os intrusos estragaram todos os nossos planos sacanas; O Fernando acabou ficando a Letícia, a prima das meninas; o Lanzo fumava maconha o dia inteiro e não me ajudou em porra nenhuma com a mudança; Maria teve que ficar cozinhando e eu na churrasqueira nos dias que comemos em casa; Lavamos o triplo de louça do que estávamos habituados e ainda tinha que aturar a tagarela da Mari falando o dia todo.

Pra não dizer que foi todo ruim, aconteceram algumas situações excitantes que valem a pena compartilhar.

No primeiro dia, pela manhã, antes do Fernando começar a ficar com a Letícia, fomos comprar cerveja. A cidade já estava cheia e pegamos um engarrafamento. Enquanto esperávamos o trânsito fluir, ficamos numa punheta coletiva, eu tocando pra ele e ele tocando pra mim. Não deu pra gozar, mas foi bem gostosinho.

Também não podia reclamar que todo mundo ali era bonito. Mesmo a Mari sendo magrinha, ela tinha uma graça no andar. A Letícia era tipo violão, com peito, bunda e uma pele morena avermelhada. O Fernando e a Maria eu já tava acostumado, e o Lanzo também era bem gostoso. Tipo um deus grego. Como fazia o calor típico de fevereiro e a casa não tinha ar condicionado, nem ventilador suficiente pra todo mundo, a gente passava o dia inteiro de sunga, biquíni, short, blusinha. A Letícia tinha um biquíni que nem era tão pequeno, mas desaparecia dentro da bunda dela. A Mari nunca usava sutiã e dava pra ver sempre os biquinhos do peito dela furando a blusa.

Outra coisa excitante era o barulho de foda de noite. Ficamos eu e Maria no quarto. Mari e Lanzo no outro quanto e Fernando e Letícia na sala. O Lanzo gemia bem alto enquanto fodia, sem se importar muito com os outros. O Fernando e a Letícia eram bem silenciosos. Não sei se eles estavam transando desde o primeiro dia, mas no último eu tenho quase certeza que rolou, pois acordei de manhã e eles estava dormindo abraçadinhos e a bunda do Fernando meio de fora. A Maria gemia alto também e soltava aqueles gritinhos abafados dela. Se tivesse silêncio na casa, dava pra ouvir certo.

Mas acho que a melhor contribuição do Carnaval foi uma conversa que eu tive com o Lanzo sobre naturalismo. Ele, como eu já tinha falado, era bem bicho-grilo, natureba. Tinha dias que ele usava turbante, colares, cheio de tatuagens de árvores, símbolos místicos, natureza, enfim, todo maluco beleza. Ele contou sobre algumas experiências que teve em comunidades alternativas. Uma delas, era uma comunidade naturalista, onde todo mundo ficava nu. Era um sítio, não muito longe dali. Ele nem falou com intenção de sacanagem. O lance dele era curtir o naturalismo mesmo. Mas eu fiquei bem curioso em visitar esse local depois e essa visita acabou rolando logo depois do Carnaval.

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João & Maria - e os universitáriosOnde histórias criam vida. Descubra agora