Cap 16. Surpresa!

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Carolina Montes

Minha cabeça não para de latejar e logo constato que dessa vez não me livrei da bendita ressaca. Quando finalmente abro meus olhos a claridade me incomoda, mas logo consigo ver que já passa das dez da manhã. Me surpreendi ao ver que Matt deixou aspirina e água para mim no criado mudo.

- Meu marido está muito atencioso. -Falo para o quarto vazio depois de tomar o remédio.

Me encaminho para o banheiro e faço minha higiene, em seguida vou para cozinha matar minha fome que parece ser infinita.

- Eu fiz chá de camomila do jeito que você gosta menina. - Mary se tornou uma segunda mãe para mim, mas infelizmente ela estava de férias durante o gelo que eu levei do Matt. - Ele me falou que você não estava se sentindo muito bem, mas pediu que você fosse para a empresa quando se sentisse melhor.

- Obrigada Mary, já estou melhorando só com sua presença aqui. - Adorei o chá e a comida que Mary fez com carinho para mim, mas detestei ter que ir até a empresa.

...

- Por qual motivo você me fez vir até aqui? - Pergunto a Matt assim que adentro sua sala.

- Precisamos conversar. - Ele fala em um tom nada agradável. - Sente-se por favor. - Ele aponta para a cadeira a sua frente e me sento desconfiada. - Eu sei que estive muito ausente esses tempos, mas isso não é motivo para você encher a cara em um bar qualquer no meio da semana.

Tive que rir, o que ele pensa que é?

- Você acha que bebi porque você estava me evitando? - Ironizei. - Pois saiba que o mundo não gira em torno de você. - Agora estou consumida pela raiva. - Você sabe como era a minha vida no Brasil?

- Não. - Ele responde distante.

- Eu trabalhava sem parar, pegava vários plantões de vinte e quatro e quarenta e oito horas. Agora eu só fico assistindo TV ou malhando na sua academia. - Fixo meus olhos nos seus. - São quase dois meses de casamento, dois meses parada olhando para o nada, tudo porque você não quer que eu trabalhe. Eu me sinto sufocada, uma completa inútil. - Abaixo minha cabeça me sentindo totalmente sem ânimo. - Olha, eu sei que beber daquele jeito foi imprudente, mas não sou nenhuma criança que precisa ouvir sermão.

- Eu não sabia que você se sentia assim. - E como ele poderia saber se nunca estava presente? - Eu não quero que você passe vinte e quatro ou quarenta e oito horas fora de casa. - Ele inspira pesadamente como se o que ele fosse falar fosse doloroso. - Mas se você quiser posso colocar você em algum cargo aqui na empresa.

UAU! Não posso recusar, pois sei que vai ser melhor que ficar sozinha em casa e aqui eu fico próxima da Vanessa e posso almoçar todos os dias com a Emilly.

- Mas é claro que eu quero. - Falo com os olhos brilhando.

Parece que o rosto dele ganha mais um pouco de vida quando ele olha para mim e me ver sorrindo. Hoje ele está um pecado ambulante, seu cabelo está um pouco despenteado o deixando sexy, reparei também que ele não estava usando gravata e deixou os dois primeiros botões da camisa abertos. Já faz um mês que não transo e isso me deixa louca.

- Tenho um convite a lhe fazer. - Ele chama minha atenção me tirando do meu transe. - Vai haver uma exposição de jóias de um cliente importante da empresa. Gostaria de saber se você irá me acompanhar.

- Você está me convidando e não me intimando? - Ele afirma coma cabeça dando um sorriso de lado. - Sim eu irei, mas quando será o evento? - Ele hesita um pouco.

- No sábado. - Logo no meu aniversário, que droga!

- Ok. - Ele percebe que fico um pouco decepcionada, mas acredito que ele não saiba o motivo. - Então.. em que setor você vai me colocar a qui na empresa?

O ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora